Consuper realiza 8ª reunião ordinária

O Conselho Superior (Consuper) do IFC – Biênio 2017/2019 realizou, no último dia 5, sua oitava reunião ordinária. O encontro foi promovido na Sala dos Conselhos da Reitoria, das 8h30 até as 17h30.

Na reunião, os membros do Consuper deliberaram sobre diversos pontos importantes. Um deles foi a aprovação do Projeto Pedagógico de Curso (PPC) do novo Bacharelado em Agronomia do Campus Camboriú – o que permite o início das aulas já para 2020. Confira mais detalhes sobre a aprovação do curso aqui.

Outra decisão importante foi a aprovação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFC para o período 2019-2023. O PDI é o documento que identifica a instituição no que diz respeito à sua filosofia de trabalho, à missão a que se propõe, às diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, à sua estrutura organizacional e às atividades acadêmicas que desenvolve.  Clique aqui e saiba mais sobre o PDI

Os membros do Conselho aprovaram também o texto do Plano de Integridade do Instituto. Trata-se de um documento que apresenta as atribuições das estruturas de gestão de Integridade do IFC e delimita uma conjunto de ações para evitar ocorrências de fraudes e corrupção na Instituição. Saiba mais sobre o Plano de Integridade aqui.

O Consuper aprovou ainda o Plano de Logística Sustentável do IFC. Elaborado pelo Núcleo de Gestão Ambiental do IFC – NGA Institucional, o plano estabelece um conjunto de ações institucionais de promoção da sustentabilidade ambiental, atendendo diretrizes para uma gestão mais eficiente e sustentável estabelecidas pelo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), com a racionalização dos gastos públicos e institucionalização da responsabilidade socioambiental.

O documento será publicado em breve, na íntegra, na próxima semana, na página do NGA

Durante a reunião, o Conselho Superior deflagrou o Processo de Consulta 2019 para Reitor(a), Diretor(a) e membros do próprio Consuper. O órgão determinou a data de 24/06 como início do processo e determinou que a consulta seja realizada em turno único – além de aprovar a escolha das comissões eleitorais Central e Locais.

O Conselho debateu também as normas de regulamentação de residências funcionais sob a guarda do IFC, decidindo pela criação de uma comissão multidisciplinar e multicampi, para avaliar as presentes demandas e os pontos de contenda na atual redação, e uma alteração no artigo 8 na Resolução 013/2018 – Estatuto do IFC, para consertar uma divergência no documento em relação ao Regimento Interno do Consuper quanto à composição do Conselho – mais especificamente, sobre a representação de órgãos externos ao IFC.

Sobre o Conselho – O Consuper é o órgão máximo do IFC e tem caráter consultivo e deliberativo. As reuniões do órgão são transmitidas ao vivo pela Internet e, depois, disponibilizadas na página do Conselho – permitindo-se, assim, que a comunidade tenha acesso às discussões e decisões tomadas pelos conselheiros.

Assista abaixo à integra da oitava reunião ordinária do Consuper: 

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Cecom/Reitoria/Carlos Pieri

1º Congresso Nacional do Contestado busca lançar olhar científico para a história de um povo

De 12 a 15 de junho, a cidade de Caçador sediou o 1º Congresso Nacional do Contestado, evento científico e cultural sobre a guerra que envolveu disputa territorial, desmatamento, expansão capitalista, morte e esquecimento – temas que emolduram uma das revoltas populares mais sangrentas do Brasil ocorrida no Oeste Catarinense de 1912 a 1916.

As nuances culturais, históricas, políticas e geográficas que marcaram essa guerra foram tema de 80 trabalhos científicos apresentados por pesquisadores de todo o país no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) – Campus Caçador, organizador do evento em parceria com a Prefeitura da cidade e o Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Videira. Além dos trabalhos apresentados, foram realizadas uma conferência e cinco mesas-redondas, todos os atos permeados por momentos culturais e místicas que remontam à simbologia e a tradições dos caboclos da região.

O Congresso é a coroação de uma série de atividades que vêm sendo desenvolvidas desde outubro de 2018 em Caçador. As ações fazem parte do projeto “Semana do Contestado: um olhar científico sobre a história de um povo”, que propõe a criação de uma agenda de reconhecimento e empoderamento acerca da história da região.

Além de pesquisadores e estudantes, o Congresso reuniu também diversas autoridades locais, especialmente na noite quarta-feira (12), quando foi realizada a solenidade de abertura oficial do evento. Na ocasião, o IFC foi representado pelo professor Wanderson Rigo, que destacou a importância do Congresso. “Esta terra é regada a sangue, suor e lágrimas. Que este evento sirva para que possamos dar voz a quem não teve”, destacou.

O professor agradeceu e parabenizou os idealizadores e o Núcleo de Estudos do Contestado (NEC) do Campus Videira, que atuou em parceria para a organização do Congresso. O Núcleo será o responsável por coordenar o próximo Congresso em 2020, que será sediado pelo Campus Videira.

Eduardo Pires, diretor do IFSC Campus Caçador, ressaltou a captação de recursos feita pelo Museu do Contestado por meio de projeto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O diretor parabenizou a equipe do Museu do Contestado, que, em parceria com o IFSC, conseguiu captar cem mil reais para a realização do evento. “A brutalidade da guerra impossibilitou que ela fosse contada de forma justa. Precisamos discutir como a guerra afetou e afeta as relações sociais, incentivando as publicações científicas sobre o tema e permitindo a melhoria de vida das pessoas”.

O 1º Congresso Nacional do Contestado teve a coordenação-geral do diretor de relações externas do IFSC Campus Caçador, servidor William Peres. Ele conta que a organização de um evento desta complexidade o deixou com ‘cabelos brancos’ aos 26 anos de idade, mas que está feliz e emocionado em poder colaborar para a realização do Congresso. William destacou que ninguém faz nada sozinho e elencou todos os apoiadores do evento, em especial dos servidores do Museu do Contestado. “Devemos conhecer o passado para entender o presente e prospectar o futuro. O Contestado é mais do que uma história, é um sentimento”, afirmou.

Conferência de Abertura – A conferência de abertura foi ministrada pelo doutor Donaldo Schuler, professor Emérito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), escritor, tradutor e conferencista, Schüler coleciona dezenas de premiações, entre elas um prêmio Jabuti (2004) pela tradução de Finnegans Wake.

Natural de Videira, Schüler é autor do romance “Império Caboclo”, que escreveu a partir de memórias de contatos com caboclos que frequentavam a bodega de seu pai e por meio de pesquisas em livros e conversas com conhecidos. Ele afirma que a Guerra do Contestado, apesar de ser um dos maiores conflitos civis brasileiros, maior que a Guerra de Canudos, ainda não tem seu lugar devido na história, por isso a importância da pesquisa acadêmica e a realização de congressos sobre o tema.

Segundo Donaldo Schüler, o Brasil ainda não superou o processo de exclusão que deu origem à Guerra do Contestado, o que se constata nos altos índices de pobreza e baixa escolarização. “A estrada de ferro que ligou o centro ao sul do País provocou o desmatamento e a desapropriação de pessoas que estavam morando há milênios na floresta. Eles ficaram sem alimentação, sem abrigo, sem emprego, sem a possibilidade de serem absorvidos pela nova sociedade que estava se formando”.

Segundo o professor, o grande número de pessoas analfabetas e com baixo grau de instrução representa a exclusão na atualidade, por isso a sociedade e, especialmente, o poder público, precisa atuar para que esta população não fique “à margem” do mercado de trabalho. “Incluir essas pessoas é muito difícil, pois não tiveram escolaridade suficiente para desempenhar as funções exigidas atualmente. Mesmo em Santa Catarina, um dos estados mais ricos, ainda há um alto índice de pobreza e de fome. Então, coisas que provocaram o conflito do Contestado continuam existindo”, ressalta. “Evoluímos, mas ainda estamos longe da meta que devemos atingir”.

O professor alerta que, o mais importante, porém, é abordar a questão humana, o combate à concentração de capital e à marginalização de grande parte da população. “Em um paralelo com o Contestado, o problema da sociedade atual não é policial, mas um problema social. Naquela época, não se deu atenção às necessidades das pessoas que foram afetadas por esse processo civilizatório que beneficiou uns e prejudicou outros, com as consequências que teve. Então, o erro está se repetindo: está se considerando um problema policial aquilo que é um problema social”.

A dor traduzida em cor – A professora do IFC e coordenadora do NEC, Márcia Schüler, também é artista plástica. Suas aquarelas foram expostas no hall de entrada do Congresso, no Parque das Araucárias. Também é de sua autoria o retrato de Maria Rosa, que foi transformado em identidade visual do evento.

Natural de Videira e prima de Donaldo Schüler, inspirou suas obras no livro “Império Caboclo”, que a estimulou a conhecer mais sobre a história da região e também a pintar. Assim, foi descobrindo histórias de muito sofrimento, que acabou traduzindo em cor, nas suas aquarelas. “A gente pisa em sangue caboclo e eu não tinha noção disso. Então, cada aquarela representa uma dor minha, uma dor colorida, agora”, conta.

Segundo Márcia, muito dessa história foi esquecida, não houve interesse em que se perpetuassem. Agora, as pesquisas estão resgatando essa história de dor do povo caboclo. “A ideia das aquarelas é trazer um colorido, uma nova esperança, para que possamos transcender e criar uma nova história, fazer novos dias, a partir de eventos como esse. Precisamos fazer aflorar essa nossa identidade, afinal, todos somos caboclos do Contestado. Quem tem na sua identidade a nacionalidade brasileira não é alemão, não é italiano, é caboclo, que o povo originário da região”.

Associações contribuem com a preservação histórica – Além da pesquisa científica, a própria comunidade regional preocupa-se com a preservação da história do Contestado. Um dos exemplos é a Associação Cultural Coração do Contestado, de Lebon Regis. O presidente, Carlos Nedir Veiga da Silva, explica que alguns amigos reuniram-se para preservar a história do município, onde encontram-se alguns dos maiores sítios históricos do conflito.

Assim, alguns locais estão recuperados e preservados, objetos históricos preservados e registro de depoimentos de pessoas da região. A maior conquista, segundo Neri, é a criação da logomarca “Coração do Contestado” e criação da Lei Estadual que nomeia Lebon Régis como o “Município Coração do Contestado”.

A Associação realiza ainda várias atividades culturais, como a Semana do Contestado, especialmente em parceria com escolas. Algumas delas vão se apresentar durante o Congresso do Contestado.

A intenção agora é criar um museu em Lebon Régis. Segundo Neri, ainda há muita coisa a se descobrir sobre o Contestado, o que precisa do envolvimento de todos. “A partir da Semana do Contestado que realizamos, o povo de Lebon Régis ganhou uma autoestima, não tem mais vergonha de se sentir caboclo e de se vestir como caboclo”.

Texto: Cecom/Videira/Juliana  Peretti e Carla Algeri (IFSC)
Fotos: Cecom/Videira/Juliana  Peretti

Campus Araquari realiza 11ª Olimpíada Interna

No dia 04 de junho de 2019, aconteceu o encerramento da 11ª edição da Olimpíada Interna do IFC Campus Araquari.  O evento teve início no dia 30 de maio de 2019, com a abertura oficial na área de convivência do Bloco E.

O objetivo da atividade é a integração de servidores, docentes, técnico-administrativos, funcionários terceirizados e alunos dos cursos técnicos, proporcionando maior socialização dentro da instituição, estimulando assim o espírito de equipe e a prática desportiva, criando um ambiente de diversão, descontração e criatividade entre os competidores.

A competição contou a com a participação de sete equipes:

  • Vermelha (WILDCATS), formada pelas turmas 1AGRO2, 2INFO3 e 3INFO1;
  • Laranja (Guarás), formada pelas turmas 1AGRO3, 2QUIMI e 3INFO2;
  • Azul (Tritões), formada pelas turmas 1INFO2, 2AGRO3 e 4QUIMI;
  • Preta (Krisis), formada pelas turmas 1INFO1, 2AGRO1, 3QUIMI e 3AGRO1;
  • Rosa (Wandalizados), formada pelas turmas 1AGRO1, 2AGRO2 e 3INFO3;
  • Branca (Branquelas); formada pelas turmas 1INFO3, 2INFO2 e 3AGRO3;
  • Verde (Serpentes), formada pelas turmas 1QUIMI, 2INFO1 e 3AGRO1;

Durante a abertura as equipes realizaram performances diversas — dança, luta e teatro — em comemoração ao início dos jogos. Alunos de todos os times formaram uma plateia animada e fervorosa enquanto assistiam ao espetáculo.

O primeiro dia de competições condensou a maior parte dos jogos de mesa – como canastra, uno, general, truco, dominó, entre outros – e dos jogos digitais, como Pokémon Go e Clash Royale, entre outros.

O segundo dia foi destinado, em grande parte, aos esportes de quadra coletivos, como futsal, vôlei e handebol. Devido ao grande quantitativo de equipes, as finais e semifinais planejadas para o sábado não puderam ser realizadas, prolongando as competições até a terça-feira, dia 04 de junho.

Um dos destaques nas competições foi a Gincana de conhecimentos culturais, que teve como tema em 2019 os “60 anos do Campus Araquari”. As equipes também pontuaram por arrecadação de kits para Festa Junina e doação de sangue.

A maior de todas – Como marco histórico do campus, a 11ª edição da Olimpíada Interna do IFC, e a 26ª edição dos jogos neste campus, foi a maior de todos os tempos, tanto em número de inscrições (aproximadamente 700) quanto em modalidades esportivas (cerca de 30 diferentes competições). O evento também obteve a maior participação online, assim como a maior duração em dias.

Boa parte da organização do evento — bem como a realização das modalidades — só foi possível graças a participação ativa do Grêmio Estudantil, entidade estudantil representativa dos alunos do Ensino Médio e que vem ganhando cada dia mais força e destaque no campus.

Texto e imagens: Cecom/Araquari – Laís Tedesco e Raquel Rybandt

Campus Videira desenvolve projeto que ensina Lógica e Programação no ensino fundamental

O Instituto Federal Catarinense (IFC), Campus Videira, tem atualmente 19 projetos de Pesquisa ou Extensão desenvolvidos entre professores e estudantes bolsistas. Um destes projetos em andamento objetiva fortalecer o aprendizado de Informática, especialmente nas áreas de Lógica e Programação. O foco é incentivar alunos do Ensino Fundamental II a desenvolverem habilidades relacionadas ao universo tecnológico. Com isso, o conhecimento produzido no IFC pode ser compartilhado com as outras esferas educacionais, neste caso, com as escolas municipais de Educação Básica.

Coordenado pelos professores de Informática do IFC Videira Diego Krohl, Maurício Natanael Ferreira e Taynara Dutra, o projeto é desenvolvido pelos alunos do curso de Ciência da Computação e aplicado nas Escolas de Educação Básica Municipais Criança do Futuro (CAIC), Paulo Fioravante Penso e na Escola de Educação Básica Padre Bruno Pokolm, todas no município de Videira.

A ideia principal desse projeto é de aproximar os alunos do meio tecnológico e aprimorar conhecimento na área de informática, que compreende um mercado de trabalho em prospecção. Durante as aulas ministradas pelos acadêmicos do IFC Videira nas escolas municipais onde o projeto acontece, os alunos do ensino fundamental aprendem desde ideias básicas sobre como desenvolver um software até a compreensão sobre como funciona a Lógica Informacional.

Segundo o professor Diego Krhol, o projeto é trabalhado de maneira interdisciplinar. Embora a Computação envolva mais domínio da área de Exatas, o professor destaca que também são envolvidos conhecimentos que exigem interpretação de texto e resolução de problemas. Ele explica que as crianças e adolescentes aprendem a resolver questões através do uso de ferramentas.

“Os exercícios que realizamos com eles auxiliam na resolução de atividades de Matemática, Física, e Química, por exemplo. No entanto, não se limita a isso, de modo que essas atividades podem também auxiliar no dia a dia daqueles que são o público beneficiado pelo projeto”.

O objetivo é dar continuidade ao projeto de Extensão onde ele já acontece e, também, expandi-lo a outras escolas do município. O professor destaca a importância do projeto para os estudantes envolvidos. “Os alunos do IFC se beneficiam com a experiência prática que é adquirida através do contato que eles desenvolvem com as escolas. Com isso, são compartilhados conhecimentos adquiridos no IFC para a comunidade externa. Os alunos bolsistas também auxiliam na manutenção dos laboratórios de Informática destas escolas, mantendo esses computadores funcionais para o uso de todos”. O professor explica que também há o ganho para os alunos das escolas atendidas que têm a oportunidade de desenvolverem o pensamento computacional e perceberem, na Informática, uma alternativa para a resolução dos problemas e desafios do cotidiano.

Uma das instituições contempladas com esse projeto é a Escola Paulo Penso, no bairro Dois Pinheiros, que atende mais de 600 alunos de Videira. Nessa instituição, o projeto é desenvolvido desde 2018 e a professora do IFC Taynara Dutra acompanha os acadêmicos na elaboração das atividades. A professora comenta que através do trabalho realizado na escola as crianças têm a oportunidade de trazer as tarefas diárias para a Programação. Algumas atividades são realizadas fora do ambiente virtual, ou seja, nem sempre o aluno necessita estar em frente ao computador para desenvolver as tarefas de Lógica. A professora cita o exemplo de uma atividade lúdica chamada “caça ao tesouro”, em que os alunos precisavam desvendar o esconderijo de um tesouro através da criação de um algorítimo.

Uma das seis estudantes bolsistas do IFC é Camilla Pozer de Matos, que cursa o Bacharelado em Ciência da Computação. Camilla comenta que, ao participar deste projeto, conhece a realidade dos professores em sala de aula, aprende muito com isso e que este projeto é de grande importância na sua formação acadêmica.

A aluna Laura Rigo, que cursa o 9º ano do ensino fundamental, participa das aulas de Lógica e Programação ministradas pelos acadêmicos do IFC e diz que o projeto é uma ferramenta importante para o aprendizado, além de estimular, ainda mais, a vontade dela em ingressar no Instituto Federal Catarinense quando for cursar o Ensino Médio. O Campus Videira oferece cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, cujas inscrições iniciam em meados de Julho de 2019 para ingresso em 2020.

Texto: Cecom Videira/ Juliana B. Motta e estagiário Vanderlei Pires
Imagem: Cecom Videira/ estagiário Vanderlei Pires

Professor do IFC recebe premiação em Ensino Profissional do Sebrae

O professor Fabio Alexandrini, do Campus Rio do Sul, foi agraciado com o terceiro lugar na categoria Ensino Profissional da Etapa Estadual do Prêmio Sebrae Educação Empreendedora. O docente, que leciona no curso técnico de Informática e no bacharelado em Ciência da Computação, nos quais é responsável pelas disciplinas de Empreendedorismo, recebeu a premiação pelo caso “Implantação de empreendedorismo no curso técnico de informática no IFC – Campus Rio do Sul”.

A entrega do troféu ocorreu no último dia 12, na sede do Sebrae Rio do Sul. A cerimônia de premiação foi realizada na mesma data de uma visita do professor e seus alunos ao Sebrae e ao Centro de Inovação Norberto Frahm, programada com antes do recebimento do prêmio. A atividade tem como objetivo proporcionar aos alunos a oportunidade de conhecer de perto a realidade de empresas e as ações das entidades de fomento à inovação e ao empreendedorismo.

O objetivo do Prêmio Sebrae Educação Empreendedora, voltado para os profissionais da Educação, é identificar, estimular, reconhecer e divulgar as melhores práticas da educação empreendedora no Brasil. As iniciativas premiadas serão divulgadas como práticas bem sucedidas para desenvolver, aperfeiçoar ou fomentar o comportamento empreendedor nos alunos das instituições de ensino em que atuam.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: arquivo pessoal/Fábio Alexandrini

Campus São Bento do Sul realiza 3ª edição do Fórum JIAL

O Campus São Bento do Sul promoveu, nos 10 e 11 de junho,  a terceira edição do Fórum Jovens Ideias da América Latina – JIAL. Realizado desde 2017, o evento é espaço para os estudantes exporem seus projetos de pesquisa e de extensão, projetos integradores, ideias que pretendem colocar em prática e propostas com fundamentação social e relevância científica que possam agregar coisas positivas para a sociedade.

A palestra de abertura foi realizada pelo professor Paulo Cesar de Jesus, da Fundação Universidade Regional de Blumenau – Furb. Doutor em Química, seus estudos têm como áreas de interesse Síntese Orgânica, Físico-Química Orgânica, Estrutura, Conformação e Estereoquímica, Cinética Química e Catálise.

O tema da palestra foi “A importância da pesquisa científica na formação acadêmica”. Em sua explanação, o professor trouxe para os participantes um pouco da evolução da Ciência, apresentando pesquisadores renomados e seus os estudos e descobertas realizados por eles  – além de mostrar o quanto a pesquisa é essencial no processo de construção do conhecimento. Ele apresentou também alguns de seus projetos como pesquisador.

Na manhã de terça-feira, tiveram início as apresentações orais dos estudantes, que seguiram até o fim da tarde. A banca de avaliadores foi composta pelos docentes Maria Flávia Carvalho, Diego Witt, Rodrigo Schroer, Rosana Cuba, Henrique Valadão de Oliveira, Alessandro Iavorski e Roni Fuckner, com mediação da professora Ana Paula Villela. Foram apresentados os seguintes projetos:

  • Projeto Escola Segura: Análise de riscos em Segurança do Trabalho no Ambiente Escolar – Maisa Eduarda Neidert e Lilian Nardo Pires
  • Literatura e leitura literária no ensino médio: quebrando barreiras, ampliando fronteiras: Fernanda Rank de Souza, Rafael Stein, Maria Eduarda Verbinenn e Camila Martins de Souza
  • Borboletas: polinizadoras, auxiliadoras e educadoras ambientais – Keise Cris Dreveck e Caroline Chabovsky (Escola Lebon Régis/Campo Alegre)
  • Curso preparatório para pais – Ana Julia Sanocki, Katherine Veiss, Andressa Chave e Sthefani Bianca Demetrio Martins Rodrigues
  • DTPOCR – Dispositivo para Transposição de Pequenos Obstáculos para Cadeira de rodas – Lucas Henrique Fleischmann e Henrique Eduardo Schoeffel
  • Gerador de biogás – Leticia Pereira e Adriane Nogueira
  • Greentech – Nathan Herbert Ribas Vellasques, Luis Felipe Tureck e Gabriel Martins da Costa
  • A literatura e a leitura literária no Ensino Médio Integrado e Engenharias no IFC – Julia Alves Rackow e Leticia Pereira
  • Clube de Programação – João Victor Prestes da Cruz
  • Círculos de Leitura e CRAS – Transformação e Literatura – Maria Antônia Fagundes dos Santos e Amanda Farias de Nissola
  • JRS – Juntos no Refúgio dos Sentimentos – Thifany Mendes
  • Ergonomia em hortas comunitárias – Silvio Favoreto Neto
  • Análise quantitativa da mistura diesel através da plataforma de fluorescência – Agatha
  • Maria Wiatek, Gabriele Buchmann, Maria Luiza Fagundes dos Santos e Erick Carvalho Amaral
  • Embarcados Brasil – Lucca Gian Kolenez
  • A ciência na fotografia: processos usados por fotógrafos brasileiros – Sabrina da Silva e Matheus Ernan Reichert
  • Cofradía Latinoamericana – Vanessa Galvão de Souza Lima e Matheus Machowsky
  • Mulheres que mudarão o mundo – Nalanda Cristina Pacheco, Maria Luiza Machado Silva e Alana Staschack

Durante o III JIAL, foi possível conhecer também os talentos artísticos presentes entre os jovens. Foram realizadas apresentações culturais organizadas pelos participantes, com dança, canto, apresentações instrumentais e a presença da banda marcial da escola Denise Christhiane Harms para o encerramento.

O grande objetivo do JIAL é proporcionar aos jovens oportunidade de demonstrar suas capacidades, ideias e aspirações relacionadas ao conhecimento, fortalecendo seu protagonismo e vontade de avançar em suas pesquisas, de modo crítico e consciente da responsabilidade envolvida no processo. Com essa iniciativa, o Campus São bento do Sul reforça a missão de dar aos seus alunos, e também aos de outras instituições, incentivo e respaldo para acreditarem nas transformações que o conhecimento torna possíveis.

Texto e imagens: Cecom/São Bento do Sul/Clara Malheiros

Projeto de Informática Básica muda vida de adultos e idosos em Blumenau

Mandar e receber e-mails, digitar textos e fazer planilhas parecem ações simples para quem ou nasceu inserido nas novas tecnologias ou tem facilidade com elas. Mas para Elésia Schefer Constante, 37 anos, são um desafio. Depois de oito anos trabalhando como talhadeira em uma fábrica de tecidos, ela foi promovida a encarregada. Motivo para comemoração, não fosse o fato de ela não saber usar o computador e da necessidade de muitas das funções do novo cargo passar pelo sistema digitalizado.

Elésia é uma dos 27 participantes do projeto de extensão Informática Básica com internet e o uso das Mídias para adultos e idosos, promovido pelo Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Blumenau. Além das noções básicas, os alunos, que têm entre 24 e 82 anos, aprendem a utilizar redes sociais e a acessar outras ferramentas, como Word e Excel.

Afastada do trabalho por causa de um acidente de trânsito, Elésia aproveita para se capacitar. “Este projeto está sendo importante para minha vida, não só pelo conhecimento adquirido, mas recuperar a minha autoestima. Agora, posso dizer que sei fazer. Porque ver todo mundo sabendo usar, menos você, é excludente. Eu me sentia mal dentro da empresa, sabendo que aquele serviço dependia de mim e que eu dependia de outra pessoa para acessar o computador, era muito frustrante”, relata.

Segundo dados de uma pesquisa feita com o grupo no início do projeto – que na época contava com 33 participantes – cerca de 61% afirmaram conhecer, mas não usar o computador. Quanto à ferramenta de editor de texto, cerca de 64% alegaram que não conheciam. Já na pesquisa com mídias sociais, chamou a atenção o acesso ao YouTube, cerca de 70% alegaram conhecer e acessar a maior plataforma de vídeos do mundo.

Com 82 anos, dona Dulcemar Telles Pereira Gomes é fã de canais do YouTube. “Gosto de assistir meus cantores favoritos. Também já usei para procurar como fazer crochê”. Ela também faz pesquisas no Google e usa o e-mail para conversar com os filhos. Ela conta que comprou um notebook e resolveu que era hora de voltar a acessar a internet. “Eu tinha um computador, mas há dois anos ele parou de funcionar, então, fiquei sem usar o equipamento todo este tempo. Decidi que hora de voltar, mas já não sabia mais como mexer, anda mais porque é uma tecnologia diferente da que eu estava acostumada”, diz ela, que antes tinha um computador de mesa.

Projeto é coordenado por pedagoga e psicóloga – O projeto é coordenado pela pedagoga Rosângela Amorim e pela psicóloga Mariélli Oliveira. Para Rosângela, os relatos mostram que medo, insegurança, sentimento de incapacidade e dependência de outras pessoas para desenvolver atividades aparentemente simples foram alguns dos motivos que os instigaram a procurar um curso na área tecnológica. “A partir da oferta do curso, eles perceberam a oportunidade de romper com o desconhecimento e com as dificuldades na utilização de recursos tecnológicos, e viram um caminho de superação em seus receios relacionados ao mundo digital. Eles buscam conhecimento das tecnologias digitais, inclusão digital e também autonomia para fazerem as tarefas sem necessidade de ajuda de outros”, avalia ela.

O curso iniciou em março e tem previsão de término em outubro. O grupo se reúne todas as terças e quintas-feiras à tarde, em um dos  Laboratórios de Informática do campus. O projeto de extensão conta ainda com a parceria de 18 servidores – entre técnicos administrativos e professores – e um bolsista.

Texto e Imagem: Cecom/Blumenau/Gisele Silveira

Professor do Campus Camboriú conta experiência sobre palestra em Guiné-Bissau

Depois de ter palestrado em várias escolas de Guiné-Bissau, o professor Marcelo da Silva conta como foi a experiência de seis dias no continente africano. “Vivi intensamente a educação”, disse. Durante a jornada, o docente do Campus Camboriú realizou debates sobre a educação na atualidade para professores universitários do país, na Universidade Lusófona da Guiné, e também para docentes de escolas de educação básica. “Palestrei sobre o tema “Gestão de sala de aula, aprendizagem e como potencializar o ensino”, na Embaixada brasileira em Guiné”, contou.

Além das palestras para professores, Marcelo também circulou pelas cidades do interior para conversar com alunos e ministrar aulas de Geografia. “A experiência foi incrível, além de partilhar experiências aprendi muito com o povo de Guiné-Bissau. Recebemos a homenagem máxima do país, “a roupa de Pente”, feita artesanalmente e de grande valor patrimonial dos guineenses”, disse. O traje, segundo o docente, é utilizado apenas em ocasiões especiais, como homenagens a chefes de Estado, casamentos tradicionais e homenagens para quem eles demonstram grande respeito e admiração.

No Brasil, o professor já desenvolve algumas ações assim – ligadas aos projetos de extensão -ministrando palestras em escolas públicas e aulões especiais para o exame do ENEM. “Buscarei realizar todos os anos ações deste tipo. Irei recrutar mais professores para que juntos possamos ir realmente onde mais precisam. Como no sertão nordestino, na região amazônica, entre outros locais”, finalizou.

Confira o vídeo do professor sobre as “Dez lições que aprendi em Guiné-Bissau”:

Texto: Cecom/Camboriú/Marília Massochin
Imagem: Arquivo Pessoal/Marcelo da Silva

Visitas técnicas complementam formação de estudantes do Campus Blumenau

As visitas técnicas proporcionam ao estudante o acesso a atividades que contribuem para a formação geral, ética, cultural e para o desenvolvimento do senso crítico, da responsabilidade social e da cidadania. No Campus Blumenau, as visitas técnicas fazem parte da formação do estudante do ensino médio técnico à pós-graduação. Do segundo semestre de 2018 a abril de 2019, foram cerca de 10 visitas.

Uma aula prática de Segurança do Trabalho no Corpo de Bombeiros de Blumenau. Foi assim para os calouros dos cursos técnicos integrados ao ensino médio. Na teoria, eles estudaram “classes de incêndios” e “tipos de agentes de extintores para cada incêndio”. Na prática, participaram de técnicas de combate, conheceram a dinâmica do batalhão no uso de equipamentos de proteção individual e coletiva. Para a professora Fernanda Zendron, a visita técnica permite ao aluno mais proximidade com o tema estudado. “Além de ser instrumento de motivação para os estudantes, é uma forma dinâmica de vivenciar o conteúdo pedagógico”.

O acadêmico de Engenharia Elétrica Igor Henrique Firmino de Deus, que foi com a turma para a Usina Hidrelétrica Salto Pilão, em Apiúna, diz que já tinha estudado sobre o fornecimento de energia elétrica, mas nada foi tão grandioso quanto ver na prática uma unidade geradora de energia. “É impactante e certamente mudou nossa visão enquanto engenheiros”. Ele diz que foi possível desenvolver trabalhos a partir de conhecimentos adquiridos na visita. “Recentemente, tivemos que elaborar para uma disciplina o orçamento de uma Central Geradora Hidrelétrica, e o conhecimento complementar à teoria foi o que guiou a equipe no desenvolvimento do trabalho”, conta.

A visita técnica permite observar a realidade de uma empresa em pleno funcionamento, ver como é a dinâmica dos setores e a tecnologia aplicada pela organização em seus produtos e processos. Na visita à empresa Karsten, de Blumenau, a aluna do terceirão do curso técnico de Eletromecânica Ana Carolina Tozatti pôde ver toda a base teórica sobre máquinas elétricas, instalações elétricas e peças. “Tive a oportunidade de ver o funcionamento dos equipamentos que nós estudamos durante esses três anos. Cada etapa, com uma máquina diferente, com diferentes tipos de aços para que se tenha o melhor resultado nos produtos. Ver o trabalho sincronizado das inúmeras máquinas durante o processo de tecelagem, é fascinante”, relata.

Para o professor de Empreendedorismo Eduardo Villar, as visitas técnicas servem como instrumento para o professor ligar aos conteúdos que trabalhou em sala. “A importância está em dar vida ao conteúdo, mostrar a aplicabilidade do conhecimento e também quebrar a rotina da sala de aula. No caso do ensino médio integrado ao técnico, recebo relatos de estudantes que, por meio de visitas técnicas, motivaram-se para estudar algumas matérias percebidas como mais difíceis e que também se identificaram com a profissão ou atividade técnica que estão estudando”, observa ele.

Além das visitas ao Corpo de Bombeiros, à Karsten e à Usina Hidrelétrica Salto Pilão, houve ainda visitas técnicas à Rota das Cachoeiras de Corupá, à Termoelétrica Jorge Lacerda, à UFSC de Florianópolis, à empresa de Tecnologia AMcom.

Visitas técnicas no IFC – As visitas técnicas no IFC são regulamentas pela Resolução nº 21/2017. Dentre os objetivos estão promover integração teoria e prática, contextualizando saberes; proporcionar a interação dos discentes do IFC com o mundo do trabalho, processos e serviços in loco; propiciar o aprimoramento da formação profissional e pessoal; promover a ampliação do conhecimento de mundo e oportunizar o contato dos discentes com outros espaços de aprendizagem. A viabilidade financeira para as saídas é analisada pela Direção-geral do campus, de acordo com a dotação orçamentária.

Texto e Imagens: Cecom/Blumenau/Gisele Silveira

Comissão de Ética organiza visitas educacionais aos campi

A Comissão de Ética do IFC realiza, desde o ano passado, uma série de visitas aos campi da Instituição com o objetivo de orientar a comunidade acadêmica as atribuições e o funcionamento do órgão.

Até agora, quatro unidades já foram visitadas pelo projeto: Concórdia, Blumenau, Abelardo Luz e Brusque. os próximos encontros, que serão marcados em breve, serão nos campi de São Francisco do Sul e Araquari.

As atividades incluem uma apresentação ministrada pela equipe da Comissão e o posterior adereçamento de perguntas propostas pelos participantes. “Nós colocamos qual o papel da Comissão, seus objetivos, como é o nosso funcionamento interno, exemplificando cada ponto com casos específicos. Assim, fica mais palpável para a comunidade acadêmica entender o que é o Código de Ética e como agir de forma a atender suas disposições”, diz a secretária executiva do órgão, Márcia Xavier. “Com esses encontros, o órgão cumpre não só sua função educativa, como também a preventiva”.

A secretária executiva da Comissão de Ética explica quais as dúvidas mais frequentes apresentadas durante as reuniões. “Uma questão comum é relativa à atuação de servidores em setores externos – ou seja, em que casos é possível atuar profissionalmente de forma concomitante ao serviço público. Também há muitas perguntas sobre o comportamento correto nas redes sociais. Notamos ainda que há confusão sobre as atribuições da Comissão de Ética, da Ouvidoria ou da Corregedoria; ao conhecer mais a fundo a Comissão e seu funcionamento, as pessoas passam a entender melhor que tipo de demandas devem ser encaminhadas a nós”

De acordo com Márcia, a iniciativa prevê visitas a todos os campi; no entanto, o bloqueio de verbas impingido pelo Governo Federal ao IFC e às demais instituições federais de Ensino Superior fizeram com que o projeto sofresse uma pausa em seu cronograma. “A intenção era dividir a Comissão em equipes de dois ou três membros e visitar cada uma das unidades. Mas, devido a essa questão do contingenciamento, tivemos que desacelerar o projeto”. Mesmo diante desse quadro, estão mantidas visitas aos campi de São Francisco do Sul e Araquari. 

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Divulgação/Comissão de Ética