Fórum de Formação de Professores e Seminário Integrado Pibid e Residência Estudantil apostam no protagonismo estudantil

O Instituto Federal Catarinense realizou, nos dias 3 e 4 de outubro, o III Fórum de Formação de Professores e I Seminário Institucional Integrado Pibid e Residência Pedagógica. Os eventos, promovidos pela Pró-Reitoria de Ensino (Proen),  ocorreram concomitantemente ao 1º Siprotec – Seminário Integrado de Educação Profissional e Tecnológica – Desafios e Perspectivas, realizado nas dependências da Furb.

O objetivo do Fórum de Formação de professores foi promover a discussão sobre a formação de professores para a Educação Básica e socializar os trabalhos desenvolvidos nos cursos de Licenciaturas Pibid, Residência Pedagógica, estágios, prática como componente curricular e pesquisa e processo educativos.

Já o Seminário Institucional Integrado teve como meta promover a troca de experiências entre estudantes e docentes do IFC e das redes de ensino envolvidos e também avaliar e reavaliar o desenvolvimento das atividades, por meio da participação coletiva, objetivando a qualificação das ações quanto a formação inicial e inserção profissional.

Além de comunicações orais, rodas de conversa e reuniões dos cursos de Licenciatura, a programação dos eventos teve ainda apresentações culturais, com a palestra “O Papel da Educação Básica e do Professor na atualidade”, ministrada pela professora Débora Cristina Jeffrey (Unicamp) e a mesa-redonda “A Educação Profissional e Tecnológica no Brasil Atual”, com os professores Ivo Theis (Furb), Sílvio Ancisar Sánchez Gamboa (Unicamp) e Tânia Regina Raitz (Univali). O cronograma contou também com o lançamento do livro “Tempos e Espaços de Formação Docente e Inovação Pedagógica”, organizado pelas professoras Solange Aparecida Zotti e Deise Nivia Reisdoefer.

“O Fórum foi organizado de maneira a dar maior protagonismo para os estudantes”, explica a diretora de Ensino da Proen, Iris Weiduschat. “Nas edições anteriores, víamos principalmente os relatos de experiências dos docentes em relação ao próprio currículo ou à dinâmica da oferta do curso na formação desses alunos enquanto licenciados. Para esta edição, por proposta dos próprios professores, nós invertemos esses papéis, para buscar a percepção dos estudantes em relação à própria formação”.

Os discentes apresentaram seus trabalhos no formato de roda de conversa, relatando suas experiências práticas com componentes curriculares e a disciplina de Pesquisas e Processos Educativos, em relação ao estágio e nas atividades inerentes aos componentes curriculares de seus cursos.

Iris Weiduschat conta quais foram os resultados dessa nova abordagem nos trabalhos do Fórum. “A oferta de um curso deve ser baseada nas demandas das escolas de educação básica nas quais os nossos estudantes vão atuar como docentes. Quando o nosso aluno está no campo de estágio ou realizando uma atividade prática como componente curricular, ele cria, a partir daquelas metodologias e aulas que executa e da observação que faz da própria escola, oportunidades para se repensar o próprio currículo de formação de professores”, diz. “Iniciamos, em 2017, uma nova proposta de cursos de formação de professores do IFC,  que termina agora em 2020 – e ações como o Fórum permitem que esse trabalho seja feito não apenas com base na fundamentação teórica, mas também retroalimentada pela prática”.

O sistema de protagonismo estudantil também foi aplicado ao Seminário Institucional Integrado do Pibid e da Residência Pedagógica, que contou contou com mais de 70 trabalhos apresentados. Os programas discutidos pelo evento são de alcance nacional, vinculados à Capes, e têm como objetivo fazer a inserção formal dos estudantes nas escolas de educação básica. “São projetos que contribuem para a melhoria do processo educativo dentro destas escolas. Por meio do Seminário, os alunos participantes tiveram a oportunidade de fazer o relato de suas experiências e atividades formativas nas instituições – e, dessa forma, os discentes aprendem entre si e os professores também, por meio da troca, da socialização dessas experiências”, ressalta Iris.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagens: Proen/Divulgação