Seminário Interinstitucional das CPAs debate histórico das Comissões e expansão do ensino superior

Integração, troca de experiências e muito debate: esses foram os objetivos que reuniram instituições públicas no 1º Seminário Interinstitucional das Comissões Próprias de Avaliação (CPA) das Instituições de Ensino Superior (IES) de Santa Catarina. Durante um dia inteiro, o Campus Camboriú recebeu os representantes do Instituto Federal Catarinense (IFC), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) e do Universitário Municipal de São José (USJ) para assistir a palestras e à mesa-redonda a respeito da temática.

Para a abertura do evento, o reitor em exercício, José Luiz Ungericht Júnior, destacou a importância das CPAs para o aprimoramento das instituições. A reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, e o representante da UFSC Sérgio Luiz Ferreira também abordaram a relevância do Seminário para estabelecer uma rede de aprendizado e compartilhamento de informações a respeito das CPAs.

Após a abertura, Dilvo Ristoff, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ministrou a palestra: “Avaliação institucional do tabu ao totem”.

Da resistência à evolução das CPAs

De acordo com Dilvo, a aceitação das CPAs dentro das universidades não foi imediata quando as Comissões iniciaram os seus trabalhos. “Antigamente havia muita resistência ao ‘ser avaliado’. A avaliação era percebida como inoportuna e intrusa dentro das universidades”, frisou.

O panorama mudou duas décadas depois do surgimento, segundo Ristoff. “Hoje é muito fácil falar em defesa da avaliação e alinharmos as CPAs com a expansão do ensino superior no Brasil”, destacou. Com a nova visão, Dilvo apontou seis estratégias que contribuíram, em 2001, com a perspectiva: 1) expansão; 2) inclusão; 3) garantia de qualidade, credenciamento e acreditação; 4) uso de novas tecnologias; 5) formação de professores; e 6) internacionalização. Para o palestrante, ainda vale acrescentar a questão da sustentabilidade.

A visão de 2001, segundo Ristoff, foi basicamente transferida para os Programas de Democratização: Programa Universidade para Todos (ProUni), Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), novas universidades, Financiamento Estudantil (FIES), Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e Institutos Federais (IFs).

De acordo com Dilvo, os Programas contribuíram com a expansão das IES no Brasil e com a inclusão. “Tudo isso mudou drasticamente o perfil dos estudantes no país : renda, origem, trabalho, cor etc.”, finalizou.

À tarde, o Seminário apresentou um panorama sobre as avaliações institucionais no Brasil e finalizou com uma mesa-redonda com a participação dos integrantes das CPAs das Universidades e dos Institutos do estado.

Texto e fotos: Cecom/Camboriú / Marília Massochin