NAPNE INFORMA: Diversidade Docente

Completar a EducaA�A?o BA?sica e a GraduaA�A?o, prestar um concurso pA?blico e, finalmente, assumir uma sala de aula. A trajetA?ria que todo professor enfrenta ganha mais obstA?culos no caso das pessoas que possuem alguma deficiA?ncia. Problemas como a falta de rampas para os cadeirantes, a ausA?ncia de IntA�rpretes de Libras para os Surdos, a escassez de materiais para os cegos e o nA?o-atendimento A�s necessidades de quem possui deficiA?ncia intelectual a�� entre outras dificuldades a�� acabam, muitas vezes, dificultando o avanA�o desses educadores.

O Censo Escolar de 2012 indica que hA? apenas 6.149 docentes com deficiA?ncia em instituiA�A�es da EducaA�A?o BA?sica. Entre eles, quase 90% estA?o na rede pA?blica e 60% sA?o mulheres. A diretora de PolA�ticas de EducaA�A?o Especial da Secretaria de EducaA�A?o Continuada, AlfabetizaA�A?o, Diversidade e InclusA?o (Secadi), do MinistA�rio da EducaA�A?o (MEC), Martinha Clarete Dutra dos Santos, reconhece que hA? muito por fazer, e o primeiro passo A� garantir que mais alunos e professores com deficiA?ncia estejam nas escolas.

Segundo o Censo da EducaA�A?o Superior, em 2010, havia 5.037 pessoas com necessidades educacionais especA�ficas (NEE) matriculadas nos cursos de Pedagogia e nas demais Licenciaturas. Isso faz da EducaA�A?o uma das A?reas que apresenta mais estudantes com essas especificidades, mas ainda A� pouco. “O impacto que o aumento da presenA�a de estudantes com NEE na EducaA�A?o BA?sica pode representar no Ensino Superior e na carreira docente depende da nossa capacidade de garantir a eles a devida acessibilidade e uma formaA�A?o de qualidade”, diz RogA�rio Diniz Junqueira, doutor em Sociologia e pesquisador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnA�sio Teixeira (Inep).

A contrataA�A?o de pessoas com deficiA?ncia estA? prevista na ConvenA�A?o da OrganizaA�A?o das NaA�A�es Unidas (ONU) sobre Direitos das Pessoas com DeficiA?ncia e na DeclaraA�A?o de Salamanca, que cita especificamente os educadores. AlA�m disso, a ConstituiA�A?o de 1988 reserva de 5 a 10% das vagas em cargos e empregos pA?blicos, mas essas orientaA�A�es nA?o sA?o suficientes para garantir a inserA�A?o profissional das pessoas com deficiA?ncia. Para JA?lio CA�sar Botelho, promotor do MinistA�rio PA?blico do Estado de SA?o Paulo, as barreiras aparecem nos editais de concursos pA?blicos, que muitas vezes trazem a necessidade de garantir condiA�A�es de igualdade para a realizaA�A?o da prova, mas nA?o especificam como isso deve ocorrer. Segundo ele, sA?o vA?rias as queixas contra instituiA�A�es que realizam as provas e nA?o fornecem o suporte necessA?rio. Em muitos casos, no entanto, as adaptaA�A�es demandariam aA�A�es simples, como assegurar a presenA�a de um IntA�rprete para os Surdos, dar mais tempo a quem comprovar essa necessidade ou providenciar um computador com software leitor de tela para o candidato cego.

Como exemplo, pode-se observar o que acontece com a comunidade Surda, pois “HA? muitos Surdos formados em Pedagogia, MatemA?tica e outras A?reas, mas sem oportunidade de atuar porque o processo seletivo nA?o leva em conta as dificuldades deles em escrever, pois utilizam mais a LA�ngua Brasileira de Sinais (Libras)”, lamenta Sonia Regina de Oliveira, que A� Surda, leciona libras na FundaA�A?o GetA?lio Vargas (FGV) e A� diretora-presidente da AssociaA�A?o de Professores Surdos do Estado de SA?o Paulo (APS-SP).

critical thinkings, order clomid.

Por fim, ressalta-se que a presenA�a de educadores com deficiA?ncia na sala de aula contribui para ampliar o respeito A� diversidade e serve como modelo e referA?ncia para todos os estudantes.

Texto: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/.