Setembro Amarelo promove conscientização sobre a prevenção ao suicídio

Conscientizar a população sobre a prevenção ao suicídio é o objetivo da campanha Setembro Amarelo – campanha criada, no Brasil, por uma parceria entre o Centro Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O mês foi escolhido para coincidir com o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, lembrado em 10 de setembro.

Durante o Setembro Amarelo, empresas, instituições de ensino, órgãos públicos, organizações não-governamentais (ONGs) e a própria sociedade civil organizada promovem ações de conscientização e prevenção ao suicídio em todo o país – como palestras, oficinas, distribuição de material informativo, caminhadas e passeios ciclísticos, entre outras. Mesmo a utilização de roupas amarelas ou do laço amarelo no peito que simboliza a campanha já contribuem para o movimento.

O suicídio é um problema de saúde pública global, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Dados do órgão apontam que 800 mil pessoas tiram a própria vida por ano – uma a cada 40 segundos, de acordo com relatório divulgado na segunda-feira (9). É a segunda causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos, ficando atrás somente dos acidentes de trânsito. A OMS ressalta que este número não retrata fielmente a realidade, já que existem muitas outras tentativas e óbitos que não são contabilizados como suicídio. No Brasil, a situação também é grave; dados do CVV apontam que uma pessoa comete suicídio a cada 45 minutos – ou seja, 32 mortes por dia.

A OMS alerta que nove entre cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. Por isso, é importante estimular as pessoas a discutir o problema a fundo e se mobilizarem pela prevenção. No entanto, o assunto ainda encontra resistência. “A morte em si já é um tabu. Morte por suicídio é ainda mais complicado, pois toca em questões de escolhas, crenças e barreiras sociais”, explica a voluntária e porta-voz do CVV, Leila Herédia.

“Pensar em suicídio faz parte da natureza humana. Uma pesquisa da Unicamp que diz que 17% dos brasileiros, em algum momento da vida pensaram em morrer por suicídio e que 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso”, elabora a voluntária do CVV Blumenau, Zita Darugna. “No entanto, na maioria das vezes é possível evitar que esses pensamentos virem realidade.  É importante que a pessoa que está em sofrimento se sinta aceita e compreendida, que ela tenha uma oportunidade de desabafar, falar das suas dores, angústias, tristezas,sem interferências, críticas, julgamentos e cobranças”. Diante desse quadro, a principal medida preventiva é a educação. Quebrar tabus, compartilhar informações, estimular o o diálogo e abrir espaço para campanhas de prevenção.  Muitas vezes, a pessoa em sofrimento sequer sabe que pode procurar ajuda, que existem estruturas – como o CVV, por exemplo – preparadas e capacitadas para oferecer apoio. Por outro lado, amigos e familiares de um potencial suicida às vezes não sabem reconhecer os sinais de alerta – como piora de desempenho escolar ou no trabalho, isolamento, falta de interesse por atividades antes apreciadas, alterações no sono e no apetite e frases como “quero desaparecer” ou “preferia estar morto”.

É justamente para adereçar essas questões que o movimento Setembro Amarelo existe. “É uma iniciativa para permitir que toda a população se engaje na causa e possa se capacitar para identificar sinais, pedir e oferecer ajuda”, afirma Leila Herédia.

“Quando um familiar ou amigo menciona o suicídio, é importante que ele  tenha o oportunidade de falar dessa dor. Porque a pessoa que morre por suicídio não quer morrer; quer  acabar com o sofrimento, que parece  não ter fim”, completa Zita Darugna. “A pessoa que está em crise suicida se sente sozinha, isolada. Se alguém se aproximar e perguntar ‘tem alguma coisa que eu possa fazer para te ajudar?’, a pessoa pode sentir abertura para desabafar. Nessa hora, ter alguém para ouvi-la pode fazer toda diferença.” E qualquer pessoa pode ser esse ombro amigo, sem fazer criticas, julgamentos ou dar conselhos”.

Sobre o CVV – Fundado em 1962, o Centro de Valorização da Vida é uma das Organização Não-Governamentais (ONGs) mais antigas do país. O CVV presta serviço voluntário e gratuito de prevenção do suicídio e apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. o serviço é prestado por meio do telefone 188 (ligação gratuita) e também por chat online (cvv.org.br) e pessoalmente, nos postos de atendimento. O CVV oferece ajuda até mesmo por e-mail; o formulário para envio da mensagem está disponível no endereço cvv.org.br/e-mail.

A entidade conta hoje com cerca de 3 mil voluntários que realizam por volta de 3 milhões de atendimentos por ano. O CVV promove ainda ações presenciais, como palestras, Curso de Escutatória e grupos de apoio a sobreviventes do suicídio.

Setembro Amarelo no IFC – O Instituto Federal Catarinense também faz parte deste movimento. A Coordenação-Geral de Comunicação desenvolveu materiais gráficos de divulgação da campanha, como cartazes para serem afixados nos murais de todos os campi e imagens para postagens nas redes sociais. Além disso, os campi promovem uma série de atividades, conforme você confere a seguir:

  • O Campus Santa Rosa do Sul organiza, no próximo dia 16, a palestra “Cuidar de Si – Prevenção Contra o Suicídio”, com o psicólgo Maicol de Oliveira Brognoli. A atividade será realizada no auditório da unidade, em dois horários: às 13h, para os alunos dos terceiros anos e servidores, e às 15h15, para estudantes dos segundos anos e servidores. Há ainda um mural no pátio com informações sobre o tema e espaço para recados de apoio.As ações são desenvolvidas pela Coordenação-Geral de Assistência Estudantil,  pela Diretoria de Desenvolvimento Educacional e pela estudante Bruna Paganini, do terceiro ano do curso técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio.

  • No Campus Blumenau, o Setembro Amarelo será marcado por uma série de palestras que começa na próxima quinta-feira (12). A programação oferece uma visão multidisciplinar sobre o assunto, abordando temas como depressão e ansiedade, apoio emocional e prevenção, o uso apropriado de medicamentos e o autoconhecimento e promoção de bem-estar pessoal por meio da yoga. Confira o cronograma completo das ações abaixo:

  • O Campus Araquari preparou uma gama diversificada de atividades para o movimento. Uma delas é a Árvore da Vida, na qual os estudantes vão pendurar recados e bilhetes com frases motivacionais de força de otimismo. Durante a Semana do Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepe) do campus, dia 19, ocorre a oficina “Importância de Falar e Entender o tema Suicídio”, ministrada pela equipe de Saúde da Prefeitura de Araquari; o evento também contará com um estande com materiais informativos e um profissional da área da Saúde à disposição. Haverá ainda um momento, no dia 25, com os pais/responsáveis dos estudantes, durante a reunião Família e Escola, conduzido pelo Núcleo Pedagógico.A campanha prossegue no dia 26, os psicólogos Tatiane Felício e Gabriel de Oliveira ministram uma palestra sobre a Valorização da Vida, no auditório da unidade, a partir das 13h30, voltada principalmente para os estudantes do Ensino Médio. Os interessados podem mandar perguntas e sugestões para serem abordadas durante a conferência pelo link http://bit.ly/amareloIFC. Além disso, os professores da comissão organizadora do Setembro Amarelo no campus vão abordar a temática do suicídio de forma integrada em sua aulas. O Grêmio Estudantil também está elaborando cartazes e atividades próprias.
  • A comunidade acadêmica do Campus Videira vai participar da Caminhada Pela Vida, promovida pelo Centro de Atenção Psicosocial (Caps) do município no próximo dia 25 . O evento conta com apoio do CVV e contará também com atividades culturais.
  • A Reitoria do Instituto promove, por meio do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass), a distribuição de material informativo sobre o Setembro Amarelo e os serviços de orientação disponíveis por meio do Siass – que conta com médico, psicólogo e assistente social para o atendimento.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller, com informações do CVV-Blumenau e colaboração das Cecoms de Araquari, Blumenau, Santa Rosa do Sul e Videira

Estudantes do Campus Camboriú são destaque na XVII Feira Regional de Matemática

A matemática ainda é vista por muitos estudantes como uma das disciplinas mais complicadas. Quem nunca teve dificuldades para resolver uma equação? Para despertar o interesse da comunidade com a disciplina e proporcionar a troca de experiências metodológicas, a XVII Feira Regional de Matemática, realizada na Escola de Educação Básica Nereu Ramos, em Itajaí/SC, convidou o Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Camboriú e outras instituições para expor trabalhos e promover a divulgação e a popularização dos conhecimentos matemáticos.

Com essa missão, cinco acadêmicos e professores do curso de Licenciatura em Matemática do campus tiveram a oportunidade de relatar as experiências de três trabalhos desenvolvidos para o “Programa de Residência Pedagógica”, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Dos trabalhos apresentados, o intitulado “Progressões: um relato de experiência no ensino médio” recebeu indicação para participar da XXXV Feira Catarinense de Matemática, que será realizada em outubro, em Campos Novos/SC. O relato foi desenvolvido pelos acadêmicos Caroline de Paula Lima e Jackson de Oliveira, sob a orientação da professora Carla Mörschbächer.

Confira os títulos que participaram da XVII Feira Regional de Matemática:

1) Progressões: um relato de experiência no ensino médio, apresentado pelos acadêmicos Caroline de Paula Lima e Jackson de Oliveira, sob a orientação da professora Carla Mörschbächer;

2) Experiências didáticas na residência pedagógica, apresentado pelos acadêmicos Letícia Santos da Silva Saraiva e Luis Filipe Russi, sob a orientação da professora Araceli Gonçalves;

3) Proposta de avaliação: confecção de jogos didáticos realizado por alunos do sétimo ano do ensino fundamental, apresentado pela acadêmica Luana Tayná Borba, sob a orientação da professora Jéssica Pokrywecki da Costa.

Texto/Imagem: Cecom/Camboriú/Marília Massochin

Trote Solidário do Campus São Bento do Sul promove visita a Lar de Idosos

O projeto de Extensão Trote Solidário, do Campus São Bento do Sul, organizou uma visita ao Lar de Idosos São Luís, na cidade de Campo Alegre, no último dia 20. A ação contou com a participação dos calouros do curso de Engenharia da Computação e também de servidores da unidade e moradores da comunidade, que levaram flores (doadas por floriculturas da cidade), interagiram e conversaram com os moradores do local. O Coral do Campus também fez uma apresentação especial para os idosos do lar.

“Essa foi a quarta visita ao Lar de Idosos, mas a primeira vez com a participação do Coral”, conta a coordenadora do projeto, professora Ranúzy Neves. “A troca entre o grupo, os estudantes e os idosos foi muito rica. A empatia sempre gera bons aprendizados”. O estudante Felipe Veidz, bolsista do projeto, reforça esse sentimento. “Foi uma experiência incrível para todos; era nítido notar a alegria no olhar de cada um”.

O Trote Solidário é um projeto de extensão que promover ações sociais com o objetivo de sustentar a prática da cidadania e promover a integração dos calouros dos cursos de Engenharia de Controle e Automação e Engenharia de Computação com os demais colegas e servidores do ​Campus São Bento do Sul. Além da visita ao Lar de Idosos, o projeto promoveu este ano campanhas de doação de sangue e arrecadação de roupas de inverno.

Na próxima semana, os calouros visitam o Hospital Infantil de Joinville. “Os estudantes irão conhecer as crianças que estão fazendo quimioterapia. Vamos propor uma atividade lúdica, que envolve a empatia, na qual as crianças irão brincar de cabeleireiro, raspando o cabelo dos estudantes que se voluntariaram para isso”, explica a coordenadora do projeto. “A raspagem da cabeça é uma prática ainda comum nos trotes aos calouros das instituições de ensino superior; porém, essa terá um significado maior, pois vai envolver a realidade pela qual as crianças que têm câncer lidam durante o tratamento”.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Divulgação/Projeto Trote Solidário

Campus Camboriú promove recreação para crianças de Centro Municipal de Apoio à Família

Os alunos do curso Técnico em Hospedagem do Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú promoveram uma tarde de atividades lúdicas para crianças participantes do Programa de Erradicação do Trabalho infantil, do Centro Municipal de Apoio à Família Adão da Rosa, da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social de Camboriú/SC.

De acordo com a coordenadora do curso, Ivanna Schenkel Fornari Grechi, a ação é realizada todos os anos e integra a disciplina de Técnicas de Lazer e Recreação. “O objetivo do trabalho é a vivência de atividades socioculturais e recreativas voltadas a diferentes públicos, visando o lazer, a melhoria das relações interpessoais e a inclusão social”, destacou Ivanna.

Durante o evento, realizado no dia 21/08, as crianças tiveram a oportunidade de participar de brincadeiras, oficinas, peças de teatro e muita diversão, organizada pelos estudantes e professores do Campus Camboriú.

Confira as fotos da ação:

Texto: Cecom/Camboriú/Marília Massochin
Imagens: Arquivo/Ivanna Schenkel Fornari Grechi

Projeto de pesquisa do Campus Blumenau analisa qualidade da água

Será que a água de bebedouros é realmente potável? E qual a qualidade da água de rios? O projeto de pesquisa “Análises Fisioquímicas de Águas e Águas Residuais”, do Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Blumenau, vem justamente para analisar parâmetros como cloro residual livre, turbidez e pH de águas potáveis (como de bebedouros) de escolas da região, e de águas residuais (como do Rio Itajaí-Açu).

A estudante Helena Heloisa Hoffmann, bolsista do projeto, explica que o pH indica acidez, neutralidade ou alcalinidade da água, já a turbidez, indica a quantidade de sólidos insolúveis na água, como areia, terra, óleo. Além de Helena, o grupo é formado pelos estudantes dos cursos técnicos de Informática e Eletromecânica integrados ao ensino médio Matheus Bissoloti Bueno, Vanessa de Souza e Priscila Lemke. Eles se reúnem às quintas-feiras, no Laboratório de Multiciências.

O projeto está dividido em duas fases. Na primeira fase, o grupo aprendeu a fazer análises e a usar equipamentos como Phmetro, Espectrofotômetro, Turbidímetro, Medidor de cloro e flúor e Oxímetro. Para esse estudo inicial, eles colheram amostras de águas do campus. Segundo o coordenador do projeto, o professor de Química Hélvio Silvester, o estudo contribui para a formação dos estudantes, que, para além da teoria, aprendem na prática a fazer análises que, geralmente, são feitas em cursos superiores de Química. “Os encontros promovem aprendizagem mais completa, com participação ativa, o que resulta em conhecimento mais sólido em relação a métodos puramente expositivos de ensino”, argumenta.

Projeto prevê coleta de amostras em escolas da região – A segunda fase do projeto começará em setembro, e prevê a coleta de amostras de águas dos bebedouros de cinco escolas públicas de Blumenau e região, e de águas residuais de rios, como do Rio Itajaí-Açu. No caso da análise de efluentes, a ideia é fazer amostragem em estações de tratamento de água, e ver se elas batem com os resultados já obtidos pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). “Assim, saberemos se estamos no caminho certo nas nossas análises”, acrescenta Silvester.

O professor Amarildo Otávio Martins, do Departamento de Ciências Exatas e Educação da UFSC, parceira do projeto, chama a atenção para a publicização de dados das amostragens feitas em escolas da região. “Os dados não serão publicados. Como não serão emitidos laudos, consideraremos apenas um exercício interlaboratorial. Se, por acaso, as análises das amostras nas escolas der um resultado distante do esperado, poderá servir como alerta, como orientação” observa ele.

Já os resultados obtidos na análise da água do campus e a metodologia adotada serão compartilhados com os alunos do 1º e 2º anos dos cursos de ensino médio integrado, dentro do conteúdo de Educação Ambiental, nas disciplinas de Química e Biologia. Também pretende-se apresentar esses resultados em mostras/congressos da região. O projeto deve ser concluído em novembro.

Texto/Fotos: Cecom/Campus Blumenau/Gisele Silveira

Mestrandos em Educação do Campus Camboriú participam do “1º Seminário Catarinense – Escola é Lugar de Ciências”

Na última quinzena de agosto, os alunos do Mestrado em Educação do Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Camboriú participaram do “1º Seminário Catarinense – Escola é Lugar de Ciências”, promovido pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC) e com o apoio de diversas instituições de ensino do Estado.

Com um público de mais de 500 pessoas, o evento contou com a presença de importantes pesquisadores da educação brasileira de distintas áreas, como: Gaudêncio Frigotto, Leda Scheibe, Odilon Luiz Poli, Ildeu de Castro Moreira, Antônio Inácio Andrioli e Joris Pazin. “A escola e a sociedade contemporânea” e “A escola em debate: o papel das Ciências e de outros saberes” foram alguns dos temas debatidos no Seminário.

De acordo com a coordenadora do Mestrado do IFC, Filomena Lucia Gosller Rodrigues da Silva, durante a discussão dos temas, os palestrantes afirmaram que a escola é um espaço constituinte e constituído da sociedade, bem como suas características tais como pública, universal, gratuita e laica e científica; portanto deve acolher a diversidade da sociedade em contraposição às ideias e poderes absolutos. “Como lugar de construção e concentração da ciência como patrimônio da humanidade deve estender esse direito a todos. A escola figura como espaço de construção da democracia, de esperanças e oportunidades para a grande maioria da juventude brasileira, considerando sua função de construção de uma cidadania dupla, nos aspectos de contribuir para que os sujeitos possam ser “leitores do mundo”, mas também “fazer política” no sentido de despertar para a organização que contribua para a instalação de uma agenda pública que contemple os direitos sociais da população, em contraposição aos ideais meritocráticos, que extirpam as políticas de inclusão”, destacou.

O evento contou também com a mesa “Ciência na escola: relatos de práticas educativas”, na qual pesquisadores e professores da Educação Básica expuseram projetos que estão sendo desenvolvidos em parceria e que aproximam as universidades da educação básica.

“Foi um dia de estudo significativo, no qual nossos estudantes do mestrado em educação acessaram discussões ímpares ao seu processo formativo enquanto pesquisadores. Além disso, tivemos a oportunidade de participar de um debate sobre a posição da escola como lugar de ciência e como espaço público, no qual os direitos e a democracia devem ser construídos em detrimento de uma sociedade que pauta suas ações em um fundamentalismo econômico”, finalizou a coordenadora.

Texto: Cecom/Camboriú, com informações do Programa de Pós-graduação em Educação

Estudante do Campus Rio do Sul representa o IFC em Workshop de Invariância de Escala em Sistemas Dinâmicos da Unesp

O estudante Jaderson Polli, do curso de Licenciatura em Física do Campus Rio do Sul, apresentou o trabalho Power Laws and Algebraic Investigations at Bifurcation Points in Logistic and Cubic Maps (Leis de Potência e Investigações Algébricas em Pontos de Bifucarção nos Mapas Logístico e Cúbico) no I Workshop em Invariância de Escala em Sistemas Dinâmicos da Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (Unesp). O evento, realizado nos dias 29 e 30 de agosto, contou com seminários, palestras, lançamento de livro, comunicações orais e apresentação de pôsteres sobre pesquisas realizadas sobre a tema.

“Invariância de Escala trata de comportamentos universais em diferentes ordens de grandeza dos fenômenos analisados”, explica o orientador de Jaderson, professor Antônio Fidélis. “Podem ser observados em modelos que descrevem dinâmica populacional, fenômenos eletromagnéticos, comunicação entre neurônios ou modelos puramente matemáticos ou físicos, sem interesse em aplicações imediatas. Mas, mesmo estes últimos, podem mostrar-se como ferramentas úteis em aplicações práticas em momentos futuros, em outras áreas, como é comum na área de Sistemas Dinâmicos.”

De acordo com Fidélis, os Sistemas Dinâmicos são estudados há mais de 200 anos. No entanto, a área do conhecimento foi popularizada apenas na segunda metade do século XX, com o advento da facilidade de acesso aos computadores e tecnologias computacionais – devido à elevada quantidade de operações matemáticas necessárias para que se obtenha informações úteis. Hoje, o estudo é baseado em modelos de simulação computacional.

O modelo estudado pelo acadêmico do IFC é o Mapa Logístico, que descreve a dinâmica de populações e é usado como um paradigma para toda a área de sistemas dinâmicos. “É um modelo muito simples matematicamente, mas que apresenta comportamentos muito robustos e que aparecem em modelos muito mais complicados e aplicáveis nas mais diversas áreas”, conta Jaderson.

Este modelo também apresenta invariância de escala para alguns de seus comportamentos. Baseado em um estudo sobre invariância de escala em uma variação do Mapa Logístico, Jaderson, orientado pelo professor Fidélis, estuda a dinâmica de pontos de bifurcação através de um formalismo não usual para replicar resultados e estender os conhecimentos desta dinâmica.

O orientador ressalta a importância da participação em eventos sobre o assunto. “Como não temos com quem conversar sobre o trabalho que desenvolvemos aqui no campus, a interação com pesquisadores da mesma área é essencial para que tenhamos uma melhor percepção do nosso estudo e conheçamos trabalhos correlatos. Não podemos fazer ciência sozinhos, precisamos conversar e compartilhar o que fazemos com outros grupos de pesquisa, a fim de melhorar a qualidade de nossa produção intelectual”, diz Fidélis. “Foi uma experiência muito proveitosa poder participar de um evento sobre o estudo específico que venho fazendo na Iniciação Científica. O Workshop contribuiu muito para minha formação”, completa Jaderson.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Arquivo pessoal/Antônio Fidélis

Inscrições abertas para III Fórum de Formação de Professores e I Seminário Institucional Integrado PIBID e RP

Estão abertas as inscrições para o III Fórum de Formação de Professores e o Seminário Institucional Integrado PIBID e RP do IFC. Os eventos integram o “I Seminário IFC-FURB de Educação Profissional e Tecnológica: Desafios e Perspectivas” realizado em conjunto pelo Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (IFC) e o grupo de pesquisa Educação e Emancipação da Ciência e da Tecnologia (Furb), e estão marcadas para os dias 3 e 4 de outubro.

As inscrições são feitas na página do evento: http://inscricao.eventos.ifc.edu.br/index.php/ffp2019/ffp2019

A chamada para submissão de trabalhos está aberta até o dia 25 de setembro, e será feita de duas formas:

  • Para os trabalhos dos participantes do Pibid e Residência Pedagógica, há um template disponível no link do evento com orientação para o tipo de trabalho, número de páginas etc. É necessário, antes, que o estudante ou professor estejam inscritos no evento.

  • Relatos de experiência/rodas de conversa de socialização de trabalhos desenvolvidos nos cursos de Licenciaturas como os estágios, prática como componente curricular, pesquisa e processo educativos devem ter seus resumos enviados para e-mail: den@ifc.edu.br, conforme modelo enviado às coordenações dos cursos de licenciaturas do IFC.

Sobre os eventos – O Fórum de Formação de Professores tem como objetivos promover a discussão sobre a formação de professores para a Educação Básica e socializar os trabalhos desenvolvidos nos cursos de Licenciaturas PIBID, Residência Pedagógica, estágios, prática como componente curricular e pesquisa e processo educativos.

Já o Seminário Institucional Integrado visa promover a troca de experiências entre estudantes e docentes do IFC e das redes de ensino envolvidos e também avaliar e reavaliar o desenvolvimento das atividades, por meio da participação coletiva, objetivando a qualificação das ações quanto a formação inicial e inserção profissional.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller

Campanha nacional celebrará os 110 anos da Rede Federal

No dia 23 de setembro de 2019 a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica completará 110 anos. A partir desta semana, a data será comemorada com uma campanha idealizada pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) em parceria com comunicadores das instituições.

O objetivo da iniciativa é relembrar um pouco da história iniciada com a publicação do Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909, que criou as 19 escolas de aprendizes artífices, abordar as transformações pelas quais passaram essas unidades até os dias atuais, falar sobre o presente e o futuro de um modelo de ensino que oferta educação profissional pública, gratuita e de qualidade para centenas de milhares de estudantes em todo o Brasil.

“São 110 anos da educação profissional no Brasil que precisam ser comemorados. E a Rede Federal, neste momento, em função da sua capilaridade, é a grande responsável pela formação de milhares de cidadãos qualificados para mundo do trabalho, proporcionando o desenvolvimento de todas as regiões do País. Para mim é um prazer fazer parte de um terço dessa história”, afirmou o presidente do Conif, Jerônimo Rodrigues da Silva.

Selo comemorativo – A peça que será utilizada no decorrer da campanha foi criada pelo profissional multimídia João Augusto Tavares Rodrigues, atual assessor de Comunicação Social do Instituto Federal do Pará (IFPA). “Eu me inspirei nas cores da bandeira nacional, em formas que remetem às florestas, no efeito glitch (relativo à inovação tecnológica) e no formato da engrenagem. Sintetizo a marca em cinco palavras: projeto, velocidade, dinamismo, habilidade e inovação”, disse.

A campanha também incluirá um site comemorativo, que será lançado durante a 43ª Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), e o uso das mídias sociais para compartilhar a trajetória da Rede Federal, resultados, tecnologias, pesquisas aplicadas e casos de sucesso incentivados pelas instituições como o da estudante Juliana Estradioto, egressa do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e que está entre as grandes promessas da ciência mundial na atualidade.

A mais recente conquista da jovem, de 19 anos, foi ter sido uma das vencedoras, na categoria Ciências Materiais, durante a International Science and Engineering Fair (Intel Isef) em 2019 – uma das maiores feiras de ciências do mundo, realizada em Phoenix, nos Estados Unidos.

Juliana também figurou entre os finalistas do Prêmio Jovem Cientista de 2018, na categoria Ensino Médio, e foi destaque na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) de 2019. Ainda neste ano, a gaúcha vai representar o Brasil no Seminário Internacional de Ciências Juvenis de Estocolmo (SIYSS, na sigla em inglês).

Rede Federal – A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é formada por 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia; dois centros federais de educação tecnológica (Cefets); 22 escolas técnicas vinculadas às universidades federais; e pelo Colégio Pedro II.

As instituições são referências nacional e mundial em suas áreas de atuação, com desempenho comprovado pelos resultados dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA).

Números da Rede – Atualmente a Rede Federal contabiliza quase um milhão de estudantes que frequentam um dos 11.766 cursos ofertados desde o nível básico até a pós-graduação. Para isso, a estrutura nacional conta com mais de 75 mil servidores nas 661 unidades espalhadas em 578 municípios do País.

Além do ensino verticalizado, outro diferencial é o alinhamento dos projetos de ensino, pesquisa e extensão aos arranjos produtivos locais e às demandas do mundo do trabalho, potencializando o desenvolvimento regional e gerando empregabilidade dos egressos, além de promover a inclusão.

Dados sobre a Rede Federal podem ser obtidos na Plataforma Nilo Peçanha do Ministério da Educação (MEC).

Acesse o manual de aplicação da marca

Texto e fotos: Assessoria de Comunicação do Conif/Bárbara Bomfim