Uma simulaA�A?o tA?o realista que o cenA?rio parecia de filme de terror: mais de 40 estudantes feridos gritando por socorro, sirenes soando alto e bombeiros correndo para socorrer as vA�timas de um acidente de trA?nsito envolvendo um A?nibus escolar, um carro e uma caminhonete. O rigor e o profissionalismo da a�?encenaA�A?oa�? exigiram meses de treino e planejamento por parte dos estudantes que cursam o ensino mA�dio integrado ao tA�cnico em SeguranA�a do Trabalho do Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Luzerna.
A simulaA�A?o de socorro A�s vA�timas de trA?nsito ocorreu na terA�a-feira (28) e mobilizou 25 bombeiros militares de Herval dA?Oeste, Catanduvas, A?gua Doce, Capinzal e Piratuba, alA�m do Samu de JoaA�aba. Desde o inA�cio do ano, a professora, do curso de SeguranA�a do Trabalho, Giordana Caramori e a tA�cnica de seguranA�a do IFC Rosilene Pires trabalharam na organizaA�A?o da atividade em disciplinas tA�cnicas que discutem seguranA�a, prevenA�A?o, sinistros e primeiros socorros.
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Para simular o acidente, foram utilizados o A?nibus escolar do Campus Luzerna e dois veA�culos em situaA�A?o de descarte, para que os bombeiros pudessem treinar o corte das ferragens para retiradas das vA�timas presas. A atividade serviu a vA?rios objetivos e pA?blicos. Para os profissionais do Corpo de Bombeiros e do Samu, foi uma excelente oportunidade de treinamento.
De acordo com o Tenente Lazarin, esta foi a primeira vez que os Bombeiros tiveram a oportunidade de participar de uma simulaA�A?o de um acidente de grandes proporA�A�es. a�?Um dos principais desafios em acidentes como este A� o gerenciamento das pessoas, especialmente porque envolve Bombeiros e Samu, duas equipes com prA?ticas distintas, mas que precisam trabalhar juntas e coordenadasa�?, explica. Outra dificuldade A� conter os A?nimos das vA�timas e dos curiosos, que muitas vezes podem atrapalhar o serviA�o de socorro.
A� preciso agilidade e controle emocional para fazer a triagem dos casos mais graves. Por isso, os feridos sA?o separados em quatro grupos de risco, cada um recebe uma fita com uma cor especA�fica indicando o grau de gravidade. O preto indica vA�timas fatais, vermelho sA?o ferimentos gravA�ssimos com prioridade mA?xima de atendimento e transporte, amarelo sA?o vA�timas com ferimentos graves, mas que podem aguardar e, por fim, o verde indica pessoas com ferimentos leves. Como havia muitas vA�timas, os bombeiros estenderam lonas com essas quatro cores e acomodaram os feridos de acordo com a classificaA�A?o de risco. Havia tambA�m um mA�dico do SAMU para os primeiros socorros e a triagem final das vA�timas.
EmoA�A�es reais
A caracterizaA�A?o dos estudantes somada A� atuaA�A?o dos bombeiros serviram para criar um clima muito realA�stico de tragA�dia, desespero e pA?nico. A simulaA�A?o causou mal-estar atA� mesmo nos participantes. As alunas Emanuele Heckler, Larissa Eduarda Correia e Regiane Bordignon relataram que sentiram o nervosismo A� flor da pele: a�?A tremedeira foi real, nA?o era encenaA�A?oa�?. O servidor Igor Regalin, que tambA�m participou da simulaA�A?o, comentou que por pouco nA?o passou mal de verdade, pois o clima de tensA?o afetou a todos.
Para saber como se comportar na simulaA�A?o, todos os participantes receberam previamente uma folha com orientaA�A�es individualizadas, para que cada aluno representasse um nA�vel de gravidade. TambA�m foram orientados a dificultar ao mA?ximo o trabalho dos bombeiros, simulando desespero e dor. Tudo para aproximar o treino da realidade, aumentando a eficA?cia da aA�A?o.
Durante toda a simulaA�A?o, os bombeiros sA?o avaliados, para que, apA?s o treinamento, sejam feitas anA?lises dos erros e acertos, com o objetivo de melhorar o atendimento de socorro, conforme explica o Tenente Lazarin, que acompanhou a simulaA�A?o, anotando as falhas ocorridas. Ele avalia que a atividade foi de extrema importA?ncia para a capacitaA�A?o dos profissionais.
A coordenadora da atividade, professora Giordana Caramori, falou da necessidade de construA�A?o de uma cultura prevencionista, necessA?ria a todo cidadA?o. a�?Para os futuros profissionais formados pelo IFC, a atividade representa uma vivA?ncia riquA�ssima. O impacto disso serA? sentido na qualidade da formaA�A?o, na possibilidade de ampliar vivA?ncias, desenvolver o espA�rito de lideranA�a e a cultura prevencionista, alA�m da formaA�A?o cidadA?. Estas situaA�A�es de acidentes sA?o frequentes, e A� comum a populaA�A?o estar despreparada para lidar com isso, o que evidencia a importA?ncia desta formaA�A?oa�?, avalia.
Dados alarmantes
Os nA?meros sobre mortes no trA?nsito demonstram a gravidade do problema. De acordo com dados do ObservatA?rio Nacional de SeguranA�a ViA?ria, apenas em 2015 o Brasil registrou 30.568 mortos, dos quais 1.511 foram registrados em Santa Catarina. Analisando-se as mA�dias de mortos nos A?ltimos anos, os nA?meros sobem: a mA�dia A� de cerca de 40 mil mortes anuais, alA�m das milhares de vA�timas que ficam com sequelas, que causam sA�rios prejuA�zos pessoais, sociais e econA?micos.
Veja todas as fotos desta simulaA�A?o no site do Campus Luzerna.
*Texto e fotos: Juliana B. Motta/CECOM Videira.