Mais de 300 pessoas aprovaram, em audiência pública realizada no auditório nobre do Campus Camboriú no último dia 13, a criação de curso superior em Engenharia Agronômica na unidade.
Durante o evento, os participantes conferiram a justificativa e a formatação da proposta para criação do curso. Para justificar a importância do curso para a região, o professor Luis Ivan Martinhao Souto trouxe dados sobre o crescimento do agronegócio no país e a necessidade de investimento na ampliação e profissionalização do conhecimento na área. Entre os dados, Luis Ivan destacou a presença do Brasil entre os maiores exportadores mundiais da área de Agropecuária e alimentos, abaixo da União Européia e Estados Unidos. Além da exportação, o docente destacou o potencial da região e a necessidade do aumento da produtividade. “Com a criação do curso, conseguiremos contribuir com as pesquisas na área, treinamento de produtores da região, além da formação de profissionais para o mercado. Tudo isso contribui para o aumento da produtividade e traz resultados econômicos positivos para o país”, destacou.
Logo após, a presidente da comissão, Cláudia Damo Bértoli, apresentou a formatação do curso e destacou o papel dos Institutos Federais (IFs), de acordo com a Lei nº 11.892/2008, na verticalização do ensino. O diretor-geral do Campus Camboriú, Rogério Luís Kerber, também disse que desde 2008 temos a lacuna de um curso assim na região. No mesmo sentido, a diretora de desenvolvimento educacional, Sirlei Albino, ressaltou que os IFs foram criados para atender os arranjos produtivos locais. Sirlei explicou também a questão da consulta pública e destacou que o curso ainda passará por aprovação do Conselho Superior do IFC (Consuper) para criação. “Caso a proposta seja aprovada também no Consuper, nosso curso iniciará em fevereiro de 2020”, afirmou.
Representantes das entidades da região, prefeito e vice de Camboriú também estiveram presentes e apoiaram a proposta. Após a apresentação, a comunidade foi unânime e votou pela aprovação do curso superior em Engenharia Agronômica.
Sobre o curso superior em Engenharia Agronômica
O curso será gratuito, ofertado em período integral e com duração de cinco anos. De acordo com Cláudia, a previsão para início da primeira turma será no ano de 2020. “A grade curricular será composta por disciplinas de Produção Vegetal, Produção Animal, Economia e Gestão, Tecnologia de produção de alimentos, entre outras”, afirmou a professora.
O curso tem como objetivo formar engenheiros agrônomos para atuar em produção agropecuária, urbanização e paisagismo, agricultura urbana, avaliação e licenciamento ambiental, produção de alimentos orgânicos, gestão de negócios agropecuários, entre outros.
O exercício da profissão é regulamentado pela Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
Texto e Imagem – Cecom/Camboriú/ Marília Massochin