A Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) do IFC desenvolveu, com o auxílio da Coordenação-Geral de Ingresso (GCI), um software destinado ao gerenciamento dos processos seletivos da Instituição. O trabalho resultou em um sistema que administra todas as etapas do certame, desde as inscrições até o resultado final e as chamadas subsequentes. Assim, o Exame de Classificação 2019 do IFC foi o primeiro da história do Instituto a ser realizado de forma totalmente informatizada.
Antes da implantação do sistema, todo o trabalho era feito manualmente pela CGI, com auxílio da DTI. “Por volta de 2013, foi solicitada a criação de um sistema de formulário eletrônico para inscrições via internet, que ficou em uso até o ano passado”, explica o coordenador de Sistemas de Informação da DTI, Emerson Saldanha. “Isso gerava uma série de dificuldades; era muito trabalho manual por parte das equipes dos dois departamentos. Um funcionário e TI ficava praticamente designado o ano todo para esse trabalho, o que atrasava outras demandas da Diretoria. Então, conversando com a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional (Prodin), à qual os dois setores são ligados, entendeu-se que era necessário um sistema estruturado para gerenciar todo o processo”.
Diante dessa necessidade, algumas alternativas foram avaliadas. A primeira era adquirir um sistema pronto, mas nenhum atendia as especificidades do IFC sem adaptações extensas e demoradas. Também ponderou-se utilizar um sistema criado por outros institutos; o IFSULDEMINAS nos cedeu o programa criado por eles, mas a ferramenta também precisaria de modificações para ser utilizada no IFC. “Então a gente partiu para o plano C: desenvolver um sistema próprio, tomando como base aquele pequeno sistema de formulários criado em 2013”, conta Saldanha. “Montamos uma equipe composta por mim e pelos técnicos de Tecnologia da Informação do Campus Videira, Tiago Heineck, e do Campus Blumenau, André Zuconelli. E chegamos a um protótipo funcional, que engloba todas as fases do certame e atende plenamente a coordenação de ingresso”.
O resultado é um processo seletivo mais rápido e seguro, segundo a coordenadora-geral de Ingresso do IFC, Carolina Bergmann. “Muita coisa que a gente fazia manualmente hoje é realizada por meio do sistema. Procedimentos que, muitas vezes, dependiam não só de nós aqui da Coordenação de Igresso, mas também de servidores da DTI. E agora, fazemos tudo por aqui: análises de pedido de condições especiais de prova, relatórios, homologações de pagamento e tantos outros serviços. Por exemplo, estamos nesse momento trabalhando com as chamadas, que eram uma tarefa também manual e que exigia muito esforço e pessoal; com o sistema, a classificação é organizada com o apertar de um botão”.
Carolina conta ainda que a CGI colaborou ativamente com a DTI para a criação do sistema. “Nós sentamos com a equipe e pensar no processo como um todo, nas suas etapas. Primeiro fizemos uma descrição do certame como um todo e, conforme a seleção foi transcorrendo, nós fazíamos os testes devidos no sistema.
Essa proximidade entre os dois setores, segundo o coordenador de Sistemas da DTI, é parte essencial do método por meio do qual o software foi criado, denominado Agilismo. “É um paradigma de desenvolvimento em que você desburocratiza o processo para desenvolver o software em menos tempo e com apoio constante do usuário final. A CGI, por meio da Carol, esteve o tempo inteiro auxiliando os programadores. O cronograma que nós elaboramos foi seguido à risca, e o trabalho, com exceção de algumas reuniões presenciais, foi todo feito de forma remota, com cada um dos integrantes da equipe – Carolina, Thiago, André e eu – trabalhando de seu respectivo setor. Esse projeto foi um sucesso devido à dedicação dos profissionais envolvidos, tanto da TI quanto da CGI, e também ao apoio da gestão a esse modelo de atuação”.
A meta agora é estender a utilização do sistema para os outros processos seletivos do IFC. “O sistema foi feito tendo em mente a seleção para o Ensino Médio Integrado. Algumas implementações ainda precisam ser feitas. No entanto, com as devidas adaptações, já é possível que ele atenda todos os níveis de ensino do IFC”, conclui Saldanha.
Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Reprodução