Estudantes do curso técnico em Segurança do Trabalho integrado ao ensino médio e servidores do IFC Luzerna participaram nesta quarta, dia 20, de uma apresentação com os bombeiros militares, do 11º Batalhão de Joaçaba/SC, Tenente Franz, responsável pela equipe do 11º Batalhão na Operação, e os soldados Rodrigues e Cheine. Estes militares integraram a missão em Brumadinho, Minas Gerais, após o rompimento de barragem da Mina Córrego do Feijão, pertencente à empresa Vale, ocorrido em 25 de janeiro de 2019.
Considerada a maior operação de busca e salvamento interagências, as equipes na cidade mineira contaram com cerca de 1.800 bombeiros, sob a doutrina do sistema de comando e operações, com integração de mais de 55 órgãos públicos de nível municipal, estadual e federal. Cães também trabalharam na operação, como foi o caso da cadela Zara e do cão Hunter. “O uso dos animais foi de extrema importância para localização das vítimas. O cão consegue farejar o cheiro e sinalizar o local do seguimento”, explicaram os bombeiros de Joaçaba.
De acordo com os militares, uma das ferramentas de grande importância para o controle da operação foi um aplicativo, desenvolvido no estado de Santa Catarina, na cidade de Tubarão. O aplicativo auxiliava no controle e registro da localização e dos itens encontrados, como documentos, automóveis, corpos e seguimentos de humanos e animais.
“Nossa maior recompensa foi o apoio da população, cada abraço recebido e cada carta entregue pelas crianças e adultos como uma forma de gratidão”, destacou o soldado Cheine ao responder o questionamento de uma das alunas do IFC sobre se eles esperam algum reconhecimento por parte da Vale.
Tragédia em Brumadinho
Segundo dados da Defesa Civil de Minas Gerais, até o momento, 210 mortes foram confirmadas e 96 pessoas continuam desaparecidas. Por isso, as operações de buscas continuam. Além das centenas de mortes, o rompimento causou a contaminação do Rio Paraopeba, um dos afluentes do Rio São Francisco.
Rompimento da barragem promoveu um volume de rejeito de aproximadamente 10,5 milhões de m³, o que equivale a cerca de 4,2 mil piscinas olímpicas de rejeito (uma piscina olímpica tem capacidade de 2.500m³). Os rejeitos devastaram a área administrativa da mineradora, incluindo o refeitório, onde muitos trabalhadores almoçavam na hora do rompimento. Depois de arrasar a área da Vale, a lama da mineradora atingiu comunidades de Brumadinho, destruindo casas, uma pousada e propriedades rurais.
Texto: Cecom/Reitoria/Rosiane Magalhães
com informações das Cecoms do Campus e da Prefeitura Municipal de Luzerna
Fotos: IFC Campus Luzerna