Muito mais do que apenas um estilo musical, o Rock and Roll foi a marca de uma geração que revolucionou estilos de vida e modos de ver a sociedade. Resistência, crítica e rebeldia compunham os elementos presentes nas letras das canções que embalaram a juventude dos anos de 1970 e 1980 no Brasil e no mundo.
Com o objetivo de difundir a história do Rock e permitir aos estudantes analisarem como este movimento influenciou a organização da sociedade, da cultura e da política é que surgiu o Projeto “Escola do Rock: um olhar sociológico sobre a história do Rock’n’Roll. O Projeto de Extensão do Campus Videira iniciou no 1º semestre deste ano com encontros semanais e, a partir de setembro, foi levado para a Escola Adelina Régis em parceria entre professores das áreas de Ciências Humanas.
Coordenado pelo professor Marcos Roberto Mesquita, docente de Sociologia no IFC, o Projeto envolve ainda os professores Gabriel Schmitt (Sociologia) e Edneide Santanta (Artes), além dos alunos Karen Sabrina Matos de Oliveira e Jean Chaves. O público-alvo do Projeto são estudantes do IFC e moradores de Videira que gostem de Rock e se interessem em estudar o tema sob a perspectiva sociológica.
Mesquita explica que o Projeto traz uma conexão entre Rock e Ciências Humanas, em especial a Sociologia. “Dentro da disciplina, buscamos compreender e analisar como a sociedade se estrutura, quais são suas bases e seus elementos de mudança. O Rock foi um destes elementos que impactou a forma de ver o mundo das pessoas e a maneira como os jovens se expressavam em relação aos problemas do Brasil”, explica.
O Projeto consiste em análises expositivas, debates entre os participantes e apreciação de obras musicais que foram referência neste estilo, abrangendo os gêneros Punk, Heavy Metal, Hard Rock e Pop Rock.
Na Escola de Educação Básica Adelina Régis, o primeiro encontro do Projeto ocorreu no dia 04 de setembro com estudantes do segundo ano do ensino médio. A professora Valéria Guedes, que ministra Sociologia no Adelina Régis, comenta que a ideia é integrar professores de várias disciplinas, em especial os de Filosofia e Língua Portuguesa, pois ela vê a música como uma oportunidade de trabalhar diversos temas ligados a estas áreas.
Sentados na primeira fila e atentos às discussões do Projeto, os estudantes Pablo da Silva Carneiro e Vitor Batistela May gostaram da atividade e se programaram para tocar seus instrumentos favoritos no próximo encontro. Pablo toca violão e guitarra, e Vitor toca violão, gaita e teclado. “Achamos muito interessante e acreditamos que nos próximos encontros a tendência é ter mais discussões e até ‘polêmicas’, pois a nossa turma é bastante participativa”, comentam.
Até o final de 2019, estão programados mais quatro encontros, dois em outubro e dois em novembro. Para 2020, há expectativa de dar continuidade ao Projeto, por isso, futuros alunos e demais interessados também terão oportunidade de participar da iniciativa.
Texto e fotos: Cecom/Videira/Juliana Motta