A escrita se faz presente na ausA?ncia do emissor da mensagem. Isso quer dizer que o texto, para ser compreendido, precisa estar organizado e bem estruturado, pois a sua compreensA?o dependerA? da relaA�A?o entre o dito e o leitor. Na fala, diferentemente da escrita, as pessoas que interagem podem fazer adendos e retificaA�A�es a respeito do que dizem, e questionar aquilo que A� dito pelo seu interlocutor. NA?o hA? possibilidade de diA?logo na leitura, por isso, para evitar desentendimentos, o trabalho do revisor de texto A� tA?o importante.
O IFC conta, desde fevereiro de 2015, com o cargo de revisor de textos, na CoordenaA�A?o-Geral de ComunicaA�A?o (CECOM/Reitoria), que realiza essa atividade. Atualmente a revisA?o textual A� realizada pela servidora Kamila Caetano Almeida, que esclarece alguns pontos importantes.
a�?Engana-se quem pensa que o revisor de textos realiza apenas ‘correA�A�es ortogrA?ficas’. Na verdade, isso A� o que ele menos faz. A ortografia A� o conjunto de convenA�A�es grA?ficas, ou seja, A� ela que determina a correta grafia das palavras, registro este que A� feito pelos dicionA?rios de uma determinada lA�ngua. As pessoas familiarizadas com editores de texto podem perceber que o prA?prio software, na maioria das vezes, realiza essa correA�A?o automaticamente, porque se trata apenas de um mecanismo decorrente de um banco de dados, uma memA?ria que traz A� tona a forma socialmente aceita de cada palavra. NA?o hA? dA?vidas de que essa atenA�A?o A� ortografia A� importante, mais ainda quando o texto apresenta palavras que tA?m semelhanA�as com outra da lA�ngua, tal como o par ‘retificaA�A?o/ratificaA�A?o’, mas que possuem sentidos diferentes. Em casos como esse, o papel do revisor A� de suma importA?ncia: A� preciso compreender o contexto em que se insere o vocA?bulo para depreender sua correta utilizaA�A?oa�?, explica ela.
AlA�m das questA�es vocabulares, o estudo da lA�ngua abrange unidades maiores, como a frase e o texto em sua completude. Segundo Kamila, quando estudamos as oraA�A�es e os perA�odos, estamos no nA�vel da sintaxe da lA�ngua, parte da gramA?tica que tem por objeto de estudoA�o modo como combinamos as palavras, a fim de produzir sentidos. a�?VA?rios conhecimentos linguA�sticos precisam ser agenciados para que os significados das sentenA�as sejam apreendidos. E o revisor tambA�m interfere nessas construA�A�es quando necessA?rioa�?.
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Veja-se um exemplo de reflexA?o linguA�stica:
(1) A educaA�A?o formal, que A� promovida pelas escolas, importantes locais de socializaA�A?o.
(2) A educaA�A?o formal, que A� promovida pelas escolas, importantes locais de socializaA�A?o, precisa considerar a realidade dos sujeitos em seus processos de ensino e aprendizagem.
A� possA�vel notar que, em (1), o autor do texto apresentou uma oraA�A?o incompleta. Ele iniciou o perA�odo com o sujeito, ‘a educaA�A?o formal’, acrescentou uma oraA�A?oA�para adjetivA?-lo (que A� promovida pelas escolas) e, depois, caracterizou ‘escolas’ com um aposto – importantes locais de socializaA�A?o. Apesar de conter todas essas informaA�A�es, a oraA�A?o ficou incompleta, porque aquele que a escreveu nA?o apresentou o predicado da oraA�A?o, o que poderia levar o leitor a se questionar: a�?O que, de fato, ele queria dizer sobre a educaA�A?o formal?a�?.
JA? em (2), percebe-se que a estrutura estA? completa, ou seja, entendemos que educaA�A?o formalA�precisa considerar a realidade dos sujeitos em seus processos de ensino e aprendizagem. Nesse caso, o problema estrutural A� facilmente perceptA�vel, porque se trata de um perA�odo curto. Muitas vezes, entretanto, esse tipo de equA�voco acontece dentro de um extenso parA?grafo, quandoA�aquele que escreve perde a ideia principal sobre o que se propA?s a dissertar e delonga-se em ideias secundA?rias.
a�?Portanto, em certas ocasiA�es, o revisor precisarA? entrar em contato com o autor do texto, a fim de dirimir certas dA?vidas, tal como a originada desse exemplo. O trabalho de revisA?o precisa ser cuidadoso para que os sentidos pretendidos por aquele que escreveu o texto nA?o sejam perdidos ou alteradosa�?, ressalta ela.
AlA�m do nA�vel sintA?tico, A� preciso pensar no nA�vel do texto como um todo, atentando para questA�es de coesA?o e coerA?ncia, de modo que exista uma sequenciaA�A?o de ideias inteligA�vel ao leitor. NA?o A� possA�vel, por exemplo, que a conjunA�A?o adversativa ‘contudo’, que contA�m em si a ideia de oposiA�A?o, seja aposta para relacionar dois parA?grafos que nA?o se contradizem, mas se complementam.
HA?, ainda, muitas outras nuances desse trabalho. UmaA�delas diz respeito A� relaA�A?o entre conhecimento de mundo e escrita, como nos casos em que as correA�A�es textuais dependem da compreensA?o do assunto tratado no texto. TambA�m por esse motivo, A� muito importante que o revisor esteja em contato com aquele que redigiu o escrito, ou envie para ele o arquivo, ainda em processo de revisA?o, com questionamentos e anotaA�A�es, visto que muitos dos textos revisados, principalmente em A?mbito institucional, versam sobre assuntos tA�cnicos, prA?prios de determinadas A?reas, nem sempre conhecidas pelo profissional especializado em lA�nguas.
Esses sA?o apenas alguns dos aspectos contemplados pela atividade de revisA?o textual. Caso queira saber mais sobre o trabalho ou tirar dA?vidas de redaA�A?o, A� possA�vel entrar em contato com a CoodernaA�A?o-Geral de ComunicaA�A?o (CECOM/Reitoria) por meio do contato atendimentocecom.reitoria@ifc.edu.br
Para solicitar o serviA�o de RevisA?o Textual, acesse http://cecom.ifc.edu.br/solicitacao-de-revisao-textual/
*Texto e foto: CECOM/Reitoria.