Mestrado em Educação promove aula inaugural sobre relação teoria-prática na formação de profissionais

Com o auditório formado por professores da região e alunos do Campus Camboriú, a coordenadora do mestrado acadêmico em Educação, Filomena Lucia Gosller Rodrigues da Silva, participou da abertura da aula inaugural da pós-graduação e contou o percurso institucional para a conquista do primeiro curso nesse formato e área, presente em um Instituto Federal (IF). A docente destacou também a importância da pós-graduação lato sensu em Educação, ofertada pelo campus, na contribuição do processo de verticalização até a chegada do mestrado.

Na oportunidade, a diretora de desenvolvimento educacional, Sirlei Albino, ressaltou o papel dos Institutos Federais no atendimento aos arranjos produtivos locais. “É um compromisso muito grande formar profissionais da educação. Esse é um daqueles momentos em que percebemos que valeu a pena toda a nossa dedicação. Tenho certeza que é somente um início de um stricto sensu no campus. Vocês vão ajudar a construir a história da educação aqui”, disse.

A reitora do IFC, Sônia Fernandes, também destacou o papel dos IFs na verticalização do ensino e a importância da interiorização do ensino para ampliação do acesso à população. “Os IFs trouxeram a oportunidade para aqueles que estavam longe da oferta pública de educação presente somente nas universidades”, falou. A reitora ressaltou a relevância da pós-graduação lato sensu para a aprovação do mestrado. “Temos muita responsabilidade social por meio deste stricto sensu. Vamos produzir conhecimento e contribuir com o desenvolvimento do país. Temos que valorizar esse espaço de educação pública, gratuita e de qualidade referenciada. Os IFs valem a pena: educação é investimento”, disse.

Sobre a palestra – Para aula inaugural do mestrado acadêmico em Educação do IFC, a instituição recebeu a professora Maria Isabel Cunha, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), para palestrar sobre “A relação teoria-prática na formação de profissionais: implicações para a pedagogia universitária”.

Para iniciar o debate, Maria Isabel questionou os participantes sobre a escolha da profissão docente. Os motivos que induziram a essa profissão, a construção e inserção do “lugar como professor(a)”, pedagogia, entre outros pontos nortearam a conversa. “Hoje o professor é muito mais um organizador dos processos de aprendizagem do que um transmissor do conhecimento. E para organizar é muito complexo, exige compreender a estrutura cognitiva dos estudantes, da cultura onde estamos e muito mais. Envolve múltiplos saberes”, ressaltou a docente.

A palestrante destacou também os estudos do canadense Maurice Tardif a respeito da formação dos professores. “A formação docente vai além do currículo acadêmico, ela também é pautada nas experiências do percurso enquanto estudante e durante toda prática pedagógica, história de vida, cultura, entre outros fatores”, destacou.

Texto e imagens: Cecom/Camboriú/Marília Massochin

Estudante do Campus Rio do Sul representa IFC no IX Ciepe

O estudante Hemerson Zwang Pereira, do curso técnico em Agropecuária integrado ao Ensino Médio do Campus Rio do Sul,  apresentou o trabalho “Benefícios e Malefícios do uso de Plantas Medicinais” no IX Congresso Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (Ciepe), promovido pelo Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí – Unidavi. O evento, realizado em maio, reuniu projetos de Iniciação Científica de estudantes de diversas instituições de ensino da região.

O trabalho de Hemerson, que tem como público-alvo estudantes de Bacharelado em Enfermagem, trata do uso de plantas medicinais como terapia complementar ou medicina alternativa. “Em sua pesquisa, ele constatou que, diante da utilização em grande escala dessas plantas, é necessário promover iniciativas de esclarecimento da população em geral e, principalmente, dos profissionais da Saúde sobre as reações adversas e interações medicamentosas perigosas que elas podem apresentar”, explica a orientadora do aluno, professora Claudia Cambruzzi.

Além de ser apresentado e debatido no evento, o projeto foi também publicado no Caderno de Resumos do IX Ciepe. “Participar desse evento foi uma experiência ótima, pois além de divulgarmos o conhecimento adquirido ao longo do projeto, conseguimos realizar uma análise do nosso público-alvo sobre o tema abordado”, diz Hemerson, que participa ainda de outos projetos científicos no IFC.

O jovem pesquisador ressaltou ainda a importância da prática da extensão dentro do curso. “A produção científica dentro de nossa instituição é enorme, e muitas vezes as pesquisas colaboram para o desenvolvimento da comunidade. Por isso, oportunidades como esta, de divulgação acadêmica, são muito importantes para a dispersão de conhecimentos”.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem:  Claudia Cambruzzi

Campus Blumenau é destaque em desempenho no Enem

O Instituto Federal Catarinense Campus Blumenau obteve o quarto melhor desempenho entre as escolas públicas de Santa Catarina no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) em junho, mas as informações foram tabuladas, organizadas em listas e publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo.

No Enem 2018, os estudantes do Campus Blumenau obtiveram média de 616.19 nas provas objetivas e 594.06 na redação. Considerando as escolas públicas e privadas de Blumenau, o campus também fica com o quarto melhor desempenho. Observando todas as escolas públicas e privadas de Santa Catarina, ocupa as posições 49ª, na média das provas objetivas, e 170ª na redação. Dentre os campi do IFC, o campus Blumenau fica em primeiro lugar.

A Diretora de Desenvolvimento de Ensino, Rita de Cássia da Silveira Cordeiro, ressalta que os estudantes das redes federais de ensino sempre se destacaram nos exames de ingresso ao ensino superior no país, e, em Blumenau, não poderia ser diferente. “Com apenas sete anos de existência na região, o campus Blumenau já ocupa posição de destaque. Temos muito a celebrar e parabenizamos nossos estudantes e nosso quadro de servidores por essa conquista. Também agradecemos a confiança depositada pelas famílias que nos escolheram para auxiliá-las na formação de seus filhos. Sigamos em frente, certos de que estamos cumprindo nosso compromisso com a sociedade”, acrescenta.

Texto: Cecom/Campus Blumenau/Gisele Silveira

Codir promove quarta reunião ordinária

Os membros do Colégio de Dirigentes (Codir) do IFC realizaram, nos dias 25 e 26 de junho, a quarta reunião ordinária do órgão. O encontro foi realizado noa Sala dos Conselhos da Reitoria, em Blumenau.

Os principais assuntos discutidos foram os seguintes:

Organograma dos campi pré-existentes

Foram apresentados modelos de organogramas dos campi pré-existentes do IFC – tanto aqueles que possuem regime de internato quanto os que não possuem. Os ajustes nos organogramas passam a valer em 2020, e foram realizados conforme pactuado com a Setec em 2013, por meio da portaria 246 do MEC – que dispõe sobre a criação do modelo de dimensionamento de cargos efetivos, cargos de direção e funções gratificadas e comissionadas, no âmbito dos Institutos Federais.

Regimentos Internos dos Campi

Ainda em cumprimento à portaria 246, foi proposta a criação de modelos padronizados de regimentos internos para os campi, de acordo com sua categoria.

Caminhão-contêiner E-TEC

O Colégio deliberou sobre o destino do caminhão-laboratório do Programa Escola Aberta do Brasil (E-Tec) cedido pelo Ministério da Educação ao IFC. O equipamento está sem utilização desde 2013, no Campus Camboriú. Após uma série de discussões sobre o melhor uso para o contêiner, ficou acordado que Camboriú entrara em contato com  a E-Tec para solicitar a descaracterização do caminhão, para que seja usado em um projeto em parceria com a Defesa Civil – que deverá ser apresentado até o fim do ano.

Caso isso não seja possível,   caminhão será levado em 2020 para o Campus Avançado Abelardo Luz, onde será utilizado como laboratório de Física e Química até 2021, quando serão finalizadas as obras no campus. Após esse período, a estrutura passaria a ser itinerante.

Bloqueios Orçamentários

Os membros do Codir debateram sobre os bloqueios orçamentários impostos nas verbas discricionárias das instituições federais de ensino pelo Ministério da Educação, definindo a priorização de custeio de programas de assistência estudantil, restaurante universitário, contas de água e energia, serviços de vigilância e limpeza e pagamento servidores terceirizados e aluguéis.

Diante disso, foram propostas as seguintes medidas:

    • Organização de fluxo padronizado entre Proad e Proen para pagamento das bolsas de assistência estudantil, enfatizando a institucionalização e padronização dos procedimentos;
    • Publicização das ações do Conif e da Andifes frente aos bloqueios

Além disso, foi encaminhado ofício à Setec demonstrando detalhadamente o real impacto dos bloqueios nos campi – em especial os agrícolas que, devido à natureza de suas atividades, sofrem mais com as restrições orçamentárias.

A pauta da reunião incluiu ainda os seguintes assuntos:

    • Alterações na Matriz Orçamentária da Rede Federal para 2020;
    • Programa de Incentivo à Qualificação – PROBIQ/IFC
    • Definições sobre a Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar (Micti) e o IFCultura – incluindo o próximo campus a realizar os eventos (Concórdia)
    •  Necessidade de socialização de ações do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) e da Lei 11.196/05, conhecida com Lei do Bem, que cria a concessão de incentivos fiscais para empresas que realizarem pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica.

Sobre o Codir – O Colégio de Dirigentes é um órgão de caráter consultivo, que tem como objetivo dar apoio ao processo decisório da Reitoria. É composto pelos pró-reitores e diretores-gerais dos campi, além da reitora.

As reuniões do Codir são transmitidas ao vivo; o link para acompanhamento é enviado por e-mail a todos os servidores. Todos vídeos de transmissões e as atas das reuniões são disponibilizados na página do órgão, no portal do IFC.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Cecom/Reitoria/Carlos Pieri

Estudante do Campus Blumenau conquista medalhas de ouro no Jogos Escolares de Santa Catarina

A estudante do curso técnico de Informática integrado ao ensino médio do Campus Blumenau Yasmin Jandre Piske é a atual campeã no lançamento de disco e no arremesso de peso dos Jogos Escolares de Santa Catarina (Jesc), voltados a estudantes de 15 a 17 anos, que ocorreram em junho, em São Miguel do Oeste. Com o resultado, Yasmin segue para a fase nacional do Atletismo, que ocorrerá em Timbó, em novembro.

Ela leva as medalhas de ouro com orgulho e fala que ser campeã de duas provas é uma sensação muito boa. “Além de fazer o que gosto, ainda vejo que minha dedicação ao esporte gera resultados positivos, e representar o IFC e Santa Catarina em um campeonato nacional, é um frio na barriga ainda maior”. Ela explica que seu foco é o arremesso de peso, e, para o nacional, tem boas expectativas. “Baseando-me no ranking sub18 da CBAT (Confederação Brasileira de Atletismo), atualmente, encontro-me na segunda posição, mas pretendo me preparar ainda mais para melhorar a marca e quem sabe conseguir o título de campeã da prova”, adianta.

Além de Yasmim, o Campus Blumenau foi representado pelos estudantes do médio técnico integrado Gabriel Juswaski Ternes, que ficou em 9° lugar no salto em altura, e Matheus Juliano Teixeira Guaitanelle, que alcançou o 8° lugar no lançamento de dardo.
Sob orientação técnica do professor de Educação Física Deivis Frainer, os três alunos foram campeões nas fases municipal e microrregional dos Jesc, ambas realizadas em Blumenau, o que os levou à fase estadual. Cerca de 1.500 atletas participaram da etapa das modalidades coletivas desta 11ª edição dos Jesc. Os jogos são uma promoção do Governo de Santa Catarina, por intermédio da Fesporte, em parceria com a prefeitura de São Miguel do Oeste.

Texto: Cecom/Campus Blumenau/Gisele Silveira
Foto: Antonio Prado/Fesporte

Estudante do Campus Camboriú apresenta trabalho no 13º Fórum internacional de Turismo

A estudante Larissa Carolina Rosário Medeiros, do curso Técnico em Hospedagem do Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Camboriú, apresentou o estudo sobre “A influência da gastronomia no turismo: Festa da tainha de Itajaí”, durante o 13º Fórum internacional de Turismo do Iguassu, realizado em junho em Foz do Iguaçu/PR. O trabalho foi desenvolvido na disciplina de pesquisa aplicada à hospedagem por Larissa e pela estudante Gabrieli Mendes, sob orientação da professora Andréa Cristina Gomes Monteiro.

O Fórum é considerado o principal evento técnico-científico do turismo nacional e movimenta diversos setores da economia, como a hotelaria e a gastronomia local. O evento é promovido pela De Angeli Feiras, em parceria com o Programa de Mestrado e Doutorado em Turismo e Hotelaria da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), com apoio da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e diversas universidades e institutos brasileiros.

Texto: Cecom/Camboriú
Imagem: arquivo pessoal

Consuper realiza 8ª reunião ordinária

O Conselho Superior (Consuper) do IFC – Biênio 2017/2019 realizou, no último dia 5, sua oitava reunião ordinária. O encontro foi promovido na Sala dos Conselhos da Reitoria, das 8h30 até as 17h30.

Na reunião, os membros do Consuper deliberaram sobre diversos pontos importantes. Um deles foi a aprovação do Projeto Pedagógico de Curso (PPC) do novo Bacharelado em Agronomia do Campus Camboriú – o que permite o início das aulas já para 2020. Confira mais detalhes sobre a aprovação do curso aqui.

Outra decisão importante foi a aprovação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFC para o período 2019-2023. O PDI é o documento que identifica a instituição no que diz respeito à sua filosofia de trabalho, à missão a que se propõe, às diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, à sua estrutura organizacional e às atividades acadêmicas que desenvolve.  Clique aqui e saiba mais sobre o PDI

Os membros do Conselho aprovaram também o texto do Plano de Integridade do Instituto. Trata-se de um documento que apresenta as atribuições das estruturas de gestão de Integridade do IFC e delimita uma conjunto de ações para evitar ocorrências de fraudes e corrupção na Instituição. Saiba mais sobre o Plano de Integridade aqui.

O Consuper aprovou ainda o Plano de Logística Sustentável do IFC. Elaborado pelo Núcleo de Gestão Ambiental do IFC – NGA Institucional, o plano estabelece um conjunto de ações institucionais de promoção da sustentabilidade ambiental, atendendo diretrizes para uma gestão mais eficiente e sustentável estabelecidas pelo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), com a racionalização dos gastos públicos e institucionalização da responsabilidade socioambiental.

O documento será publicado em breve, na íntegra, na próxima semana, na página do NGA

Durante a reunião, o Conselho Superior deflagrou o Processo de Consulta 2019 para Reitor(a), Diretor(a) e membros do próprio Consuper. O órgão determinou a data de 24/06 como início do processo e determinou que a consulta seja realizada em turno único – além de aprovar a escolha das comissões eleitorais Central e Locais.

O Conselho debateu também as normas de regulamentação de residências funcionais sob a guarda do IFC, decidindo pela criação de uma comissão multidisciplinar e multicampi, para avaliar as presentes demandas e os pontos de contenda na atual redação, e uma alteração no artigo 8 na Resolução 013/2018 – Estatuto do IFC, para consertar uma divergência no documento em relação ao Regimento Interno do Consuper quanto à composição do Conselho – mais especificamente, sobre a representação de órgãos externos ao IFC.

Sobre o Conselho – O Consuper é o órgão máximo do IFC e tem caráter consultivo e deliberativo. As reuniões do órgão são transmitidas ao vivo pela Internet e, depois, disponibilizadas na página do Conselho – permitindo-se, assim, que a comunidade tenha acesso às discussões e decisões tomadas pelos conselheiros.

Assista abaixo à integra da oitava reunião ordinária do Consuper: 

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Cecom/Reitoria/Carlos Pieri

1º Congresso Nacional do Contestado busca lançar olhar científico para a história de um povo

De 12 a 15 de junho, a cidade de Caçador sediou o 1º Congresso Nacional do Contestado, evento científico e cultural sobre a guerra que envolveu disputa territorial, desmatamento, expansão capitalista, morte e esquecimento – temas que emolduram uma das revoltas populares mais sangrentas do Brasil ocorrida no Oeste Catarinense de 1912 a 1916.

As nuances culturais, históricas, políticas e geográficas que marcaram essa guerra foram tema de 80 trabalhos científicos apresentados por pesquisadores de todo o país no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) – Campus Caçador, organizador do evento em parceria com a Prefeitura da cidade e o Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Videira. Além dos trabalhos apresentados, foram realizadas uma conferência e cinco mesas-redondas, todos os atos permeados por momentos culturais e místicas que remontam à simbologia e a tradições dos caboclos da região.

O Congresso é a coroação de uma série de atividades que vêm sendo desenvolvidas desde outubro de 2018 em Caçador. As ações fazem parte do projeto “Semana do Contestado: um olhar científico sobre a história de um povo”, que propõe a criação de uma agenda de reconhecimento e empoderamento acerca da história da região.

Além de pesquisadores e estudantes, o Congresso reuniu também diversas autoridades locais, especialmente na noite quarta-feira (12), quando foi realizada a solenidade de abertura oficial do evento. Na ocasião, o IFC foi representado pelo professor Wanderson Rigo, que destacou a importância do Congresso. “Esta terra é regada a sangue, suor e lágrimas. Que este evento sirva para que possamos dar voz a quem não teve”, destacou.

O professor agradeceu e parabenizou os idealizadores e o Núcleo de Estudos do Contestado (NEC) do Campus Videira, que atuou em parceria para a organização do Congresso. O Núcleo será o responsável por coordenar o próximo Congresso em 2020, que será sediado pelo Campus Videira.

Eduardo Pires, diretor do IFSC Campus Caçador, ressaltou a captação de recursos feita pelo Museu do Contestado por meio de projeto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O diretor parabenizou a equipe do Museu do Contestado, que, em parceria com o IFSC, conseguiu captar cem mil reais para a realização do evento. “A brutalidade da guerra impossibilitou que ela fosse contada de forma justa. Precisamos discutir como a guerra afetou e afeta as relações sociais, incentivando as publicações científicas sobre o tema e permitindo a melhoria de vida das pessoas”.

O 1º Congresso Nacional do Contestado teve a coordenação-geral do diretor de relações externas do IFSC Campus Caçador, servidor William Peres. Ele conta que a organização de um evento desta complexidade o deixou com ‘cabelos brancos’ aos 26 anos de idade, mas que está feliz e emocionado em poder colaborar para a realização do Congresso. William destacou que ninguém faz nada sozinho e elencou todos os apoiadores do evento, em especial dos servidores do Museu do Contestado. “Devemos conhecer o passado para entender o presente e prospectar o futuro. O Contestado é mais do que uma história, é um sentimento”, afirmou.

Conferência de Abertura – A conferência de abertura foi ministrada pelo doutor Donaldo Schuler, professor Emérito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), escritor, tradutor e conferencista, Schüler coleciona dezenas de premiações, entre elas um prêmio Jabuti (2004) pela tradução de Finnegans Wake.

Natural de Videira, Schüler é autor do romance “Império Caboclo”, que escreveu a partir de memórias de contatos com caboclos que frequentavam a bodega de seu pai e por meio de pesquisas em livros e conversas com conhecidos. Ele afirma que a Guerra do Contestado, apesar de ser um dos maiores conflitos civis brasileiros, maior que a Guerra de Canudos, ainda não tem seu lugar devido na história, por isso a importância da pesquisa acadêmica e a realização de congressos sobre o tema.

Segundo Donaldo Schüler, o Brasil ainda não superou o processo de exclusão que deu origem à Guerra do Contestado, o que se constata nos altos índices de pobreza e baixa escolarização. “A estrada de ferro que ligou o centro ao sul do País provocou o desmatamento e a desapropriação de pessoas que estavam morando há milênios na floresta. Eles ficaram sem alimentação, sem abrigo, sem emprego, sem a possibilidade de serem absorvidos pela nova sociedade que estava se formando”.

Segundo o professor, o grande número de pessoas analfabetas e com baixo grau de instrução representa a exclusão na atualidade, por isso a sociedade e, especialmente, o poder público, precisa atuar para que esta população não fique “à margem” do mercado de trabalho. “Incluir essas pessoas é muito difícil, pois não tiveram escolaridade suficiente para desempenhar as funções exigidas atualmente. Mesmo em Santa Catarina, um dos estados mais ricos, ainda há um alto índice de pobreza e de fome. Então, coisas que provocaram o conflito do Contestado continuam existindo”, ressalta. “Evoluímos, mas ainda estamos longe da meta que devemos atingir”.

O professor alerta que, o mais importante, porém, é abordar a questão humana, o combate à concentração de capital e à marginalização de grande parte da população. “Em um paralelo com o Contestado, o problema da sociedade atual não é policial, mas um problema social. Naquela época, não se deu atenção às necessidades das pessoas que foram afetadas por esse processo civilizatório que beneficiou uns e prejudicou outros, com as consequências que teve. Então, o erro está se repetindo: está se considerando um problema policial aquilo que é um problema social”.

A dor traduzida em cor – A professora do IFC e coordenadora do NEC, Márcia Schüler, também é artista plástica. Suas aquarelas foram expostas no hall de entrada do Congresso, no Parque das Araucárias. Também é de sua autoria o retrato de Maria Rosa, que foi transformado em identidade visual do evento.

Natural de Videira e prima de Donaldo Schüler, inspirou suas obras no livro “Império Caboclo”, que a estimulou a conhecer mais sobre a história da região e também a pintar. Assim, foi descobrindo histórias de muito sofrimento, que acabou traduzindo em cor, nas suas aquarelas. “A gente pisa em sangue caboclo e eu não tinha noção disso. Então, cada aquarela representa uma dor minha, uma dor colorida, agora”, conta.

Segundo Márcia, muito dessa história foi esquecida, não houve interesse em que se perpetuassem. Agora, as pesquisas estão resgatando essa história de dor do povo caboclo. “A ideia das aquarelas é trazer um colorido, uma nova esperança, para que possamos transcender e criar uma nova história, fazer novos dias, a partir de eventos como esse. Precisamos fazer aflorar essa nossa identidade, afinal, todos somos caboclos do Contestado. Quem tem na sua identidade a nacionalidade brasileira não é alemão, não é italiano, é caboclo, que o povo originário da região”.

Associações contribuem com a preservação histórica – Além da pesquisa científica, a própria comunidade regional preocupa-se com a preservação da história do Contestado. Um dos exemplos é a Associação Cultural Coração do Contestado, de Lebon Regis. O presidente, Carlos Nedir Veiga da Silva, explica que alguns amigos reuniram-se para preservar a história do município, onde encontram-se alguns dos maiores sítios históricos do conflito.

Assim, alguns locais estão recuperados e preservados, objetos históricos preservados e registro de depoimentos de pessoas da região. A maior conquista, segundo Neri, é a criação da logomarca “Coração do Contestado” e criação da Lei Estadual que nomeia Lebon Régis como o “Município Coração do Contestado”.

A Associação realiza ainda várias atividades culturais, como a Semana do Contestado, especialmente em parceria com escolas. Algumas delas vão se apresentar durante o Congresso do Contestado.

A intenção agora é criar um museu em Lebon Régis. Segundo Neri, ainda há muita coisa a se descobrir sobre o Contestado, o que precisa do envolvimento de todos. “A partir da Semana do Contestado que realizamos, o povo de Lebon Régis ganhou uma autoestima, não tem mais vergonha de se sentir caboclo e de se vestir como caboclo”.

Texto: Cecom/Videira/Juliana  Peretti e Carla Algeri (IFSC)
Fotos: Cecom/Videira/Juliana  Peretti

Campus Araquari realiza 11ª Olimpíada Interna

No dia 04 de junho de 2019, aconteceu o encerramento da 11ª edição da Olimpíada Interna do IFC Campus Araquari.  O evento teve início no dia 30 de maio de 2019, com a abertura oficial na área de convivência do Bloco E.

O objetivo da atividade é a integração de servidores, docentes, técnico-administrativos, funcionários terceirizados e alunos dos cursos técnicos, proporcionando maior socialização dentro da instituição, estimulando assim o espírito de equipe e a prática desportiva, criando um ambiente de diversão, descontração e criatividade entre os competidores.

A competição contou a com a participação de sete equipes:

  • Vermelha (WILDCATS), formada pelas turmas 1AGRO2, 2INFO3 e 3INFO1;
  • Laranja (Guarás), formada pelas turmas 1AGRO3, 2QUIMI e 3INFO2;
  • Azul (Tritões), formada pelas turmas 1INFO2, 2AGRO3 e 4QUIMI;
  • Preta (Krisis), formada pelas turmas 1INFO1, 2AGRO1, 3QUIMI e 3AGRO1;
  • Rosa (Wandalizados), formada pelas turmas 1AGRO1, 2AGRO2 e 3INFO3;
  • Branca (Branquelas); formada pelas turmas 1INFO3, 2INFO2 e 3AGRO3;
  • Verde (Serpentes), formada pelas turmas 1QUIMI, 2INFO1 e 3AGRO1;

Durante a abertura as equipes realizaram performances diversas — dança, luta e teatro — em comemoração ao início dos jogos. Alunos de todos os times formaram uma plateia animada e fervorosa enquanto assistiam ao espetáculo.

O primeiro dia de competições condensou a maior parte dos jogos de mesa – como canastra, uno, general, truco, dominó, entre outros – e dos jogos digitais, como Pokémon Go e Clash Royale, entre outros.

O segundo dia foi destinado, em grande parte, aos esportes de quadra coletivos, como futsal, vôlei e handebol. Devido ao grande quantitativo de equipes, as finais e semifinais planejadas para o sábado não puderam ser realizadas, prolongando as competições até a terça-feira, dia 04 de junho.

Um dos destaques nas competições foi a Gincana de conhecimentos culturais, que teve como tema em 2019 os “60 anos do Campus Araquari”. As equipes também pontuaram por arrecadação de kits para Festa Junina e doação de sangue.

A maior de todas – Como marco histórico do campus, a 11ª edição da Olimpíada Interna do IFC, e a 26ª edição dos jogos neste campus, foi a maior de todos os tempos, tanto em número de inscrições (aproximadamente 700) quanto em modalidades esportivas (cerca de 30 diferentes competições). O evento também obteve a maior participação online, assim como a maior duração em dias.

Boa parte da organização do evento — bem como a realização das modalidades — só foi possível graças a participação ativa do Grêmio Estudantil, entidade estudantil representativa dos alunos do Ensino Médio e que vem ganhando cada dia mais força e destaque no campus.

Texto e imagens: Cecom/Araquari – Laís Tedesco e Raquel Rybandt

Campus Videira desenvolve projeto que ensina Lógica e Programação no ensino fundamental

O Instituto Federal Catarinense (IFC), Campus Videira, tem atualmente 19 projetos de Pesquisa ou Extensão desenvolvidos entre professores e estudantes bolsistas. Um destes projetos em andamento objetiva fortalecer o aprendizado de Informática, especialmente nas áreas de Lógica e Programação. O foco é incentivar alunos do Ensino Fundamental II a desenvolverem habilidades relacionadas ao universo tecnológico. Com isso, o conhecimento produzido no IFC pode ser compartilhado com as outras esferas educacionais, neste caso, com as escolas municipais de Educação Básica.

Coordenado pelos professores de Informática do IFC Videira Diego Krohl, Maurício Natanael Ferreira e Taynara Dutra, o projeto é desenvolvido pelos alunos do curso de Ciência da Computação e aplicado nas Escolas de Educação Básica Municipais Criança do Futuro (CAIC), Paulo Fioravante Penso e na Escola de Educação Básica Padre Bruno Pokolm, todas no município de Videira.

A ideia principal desse projeto é de aproximar os alunos do meio tecnológico e aprimorar conhecimento na área de informática, que compreende um mercado de trabalho em prospecção. Durante as aulas ministradas pelos acadêmicos do IFC Videira nas escolas municipais onde o projeto acontece, os alunos do ensino fundamental aprendem desde ideias básicas sobre como desenvolver um software até a compreensão sobre como funciona a Lógica Informacional.

Segundo o professor Diego Krhol, o projeto é trabalhado de maneira interdisciplinar. Embora a Computação envolva mais domínio da área de Exatas, o professor destaca que também são envolvidos conhecimentos que exigem interpretação de texto e resolução de problemas. Ele explica que as crianças e adolescentes aprendem a resolver questões através do uso de ferramentas.

“Os exercícios que realizamos com eles auxiliam na resolução de atividades de Matemática, Física, e Química, por exemplo. No entanto, não se limita a isso, de modo que essas atividades podem também auxiliar no dia a dia daqueles que são o público beneficiado pelo projeto”.

O objetivo é dar continuidade ao projeto de Extensão onde ele já acontece e, também, expandi-lo a outras escolas do município. O professor destaca a importância do projeto para os estudantes envolvidos. “Os alunos do IFC se beneficiam com a experiência prática que é adquirida através do contato que eles desenvolvem com as escolas. Com isso, são compartilhados conhecimentos adquiridos no IFC para a comunidade externa. Os alunos bolsistas também auxiliam na manutenção dos laboratórios de Informática destas escolas, mantendo esses computadores funcionais para o uso de todos”. O professor explica que também há o ganho para os alunos das escolas atendidas que têm a oportunidade de desenvolverem o pensamento computacional e perceberem, na Informática, uma alternativa para a resolução dos problemas e desafios do cotidiano.

Uma das instituições contempladas com esse projeto é a Escola Paulo Penso, no bairro Dois Pinheiros, que atende mais de 600 alunos de Videira. Nessa instituição, o projeto é desenvolvido desde 2018 e a professora do IFC Taynara Dutra acompanha os acadêmicos na elaboração das atividades. A professora comenta que através do trabalho realizado na escola as crianças têm a oportunidade de trazer as tarefas diárias para a Programação. Algumas atividades são realizadas fora do ambiente virtual, ou seja, nem sempre o aluno necessita estar em frente ao computador para desenvolver as tarefas de Lógica. A professora cita o exemplo de uma atividade lúdica chamada “caça ao tesouro”, em que os alunos precisavam desvendar o esconderijo de um tesouro através da criação de um algorítimo.

Uma das seis estudantes bolsistas do IFC é Camilla Pozer de Matos, que cursa o Bacharelado em Ciência da Computação. Camilla comenta que, ao participar deste projeto, conhece a realidade dos professores em sala de aula, aprende muito com isso e que este projeto é de grande importância na sua formação acadêmica.

A aluna Laura Rigo, que cursa o 9º ano do ensino fundamental, participa das aulas de Lógica e Programação ministradas pelos acadêmicos do IFC e diz que o projeto é uma ferramenta importante para o aprendizado, além de estimular, ainda mais, a vontade dela em ingressar no Instituto Federal Catarinense quando for cursar o Ensino Médio. O Campus Videira oferece cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, cujas inscrições iniciam em meados de Julho de 2019 para ingresso em 2020.

Texto: Cecom Videira/ Juliana B. Motta e estagiário Vanderlei Pires
Imagem: Cecom Videira/ estagiário Vanderlei Pires