O Instituto Federal Catarinense (IFC) –Campus Camboriú e a Universidade de Bedfordshire, do Reino Unido realizaram o segundo workshop sobre “Implementação de soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável da Pesca e Aquicultura artesanais em Santa Catarina (TAF)”. O evento, promovido no Campus Camboriú, reuniu toda equipe integrante do projeto para debater o andamento dos trabalhos até o momento.
Durante o workshop, o professor do campus e coordenador do projeto no Brasil, Joaquim Valverde, explicou o uso de ambientes virtuais inteligentes em comunidades de pesca artesanal e como podem ser utilizados no projeto TAF. Para viabilizar toda a troca de informação entre aquicultores, pesquisadores e equipe do TAF, a professora Silma Battezzati Valverde, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), destacou as contribuições do ensino a distância nesse processo. “Além da interação, também poderemos disponibilizar conteúdos digitais para a comunidade”, afirmou.
Os pesquisadores, da Universidade de Bedfordshire, Tahmina Ajmal e Samuel van Ransbeeck apresentaram os estudos já realizados pela instituição e destacaram tecnologias para melhorar a capacidade de apoio à pesca artesanal, tendo em vista que algumas utilizadas atualmente são de alto custo e carecem de suporte.
Para o projeto TAF, resultado da parceria entre as duas instituições, foi escolhido o uso do sensor “Seneye”, que é de baixo custo e fácil manuseio. “Entre os desafios encontrados, ainda enfrentamos a carência de internet em alguns locais”, destacou Samuel. O próximo passo do projeto é realizar a instalação e treinamentos para capacitar os produtores com relação ao uso equipamento. “Com uma base de dados maior, será possível relacionar parâmetros coletados com o Seneye, conectar os agentes do processo e demonstrar os resultados obtidos com a análise dos dados”, explicou o pesquisador.
Para demonstrar o andamento do projeto, o aluno, do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação do IFC Camboriú, Alan Felipe Miranda apresentou a proposta para automatização de sistemas de aeração em viveiros de cultivo, monitorados via Internet das Coisas (IoT). “A ideia é que cada tanque tenha um sensor (Seneye), um aerador e um dispositivo IoT. Acionando por aplicativo no celular, o aquicultor poderá regular o funcionamento do aerador de acordo com a necessidade dos peixes. Eles terão economia de tempo e mão de obra com a utilização do sistema”, finalizou Alan.
Parcerias – O projeto TAF, desenvolvido pelo IFC Camboriú e pela Universidade de Bedfordshire, é financiado pelo Newton Fund (Reino Unido) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Também conta com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
Texto e Imagens: Cecom/Camboriú /Marília Massochin