A segunda palestra proferida no primeiro dia do I SeminA?rio de EducaA�A?o Profissional Integrada ao Ensino MA�dio do Instituto Federal Catarinense (IFC), realizado de 16 a 18 de agosto no Campus CamboriA?, foi conduzida por Ramon de Oliveira, professor/pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O tema da mesa foi Perspectiva e desafios para o ensino mA�dio integrado no A?mbito dos Institutos Federais com a reforma do Ensino MA�dio (Lei 13.415).
OuA�a o A?udio da entrevista com Ramon e Alessandro abaixo.
Ramon falou sobre a importA?ncia e a necessidade de pensar o Ensino MA�dio e, tambA�m, pensar o novo Ensino MA�dio que se apresenta. a�?Sou contra a reforma do Ensino MA�dio, contra o inA�cio, o meio e o fim. Discutir essa reforma A� mostrar como, na histA?ria do contexto brasileiro, o projeto de uma prA?tica autoritA?ria A� retomado com um discurso de consensoa�?, reflete ele.
Para Ramon existe uma falsa ideia de flexibilizaA�A?o e de liberdade de escolha do jovem, pois quem expulsa o estudante A� o Ensino Fundamental. a�?NA?o A� o Ensino MA�dio que evade com o estudante, A� no Ensino Fundamental que o aluno nA?o vA? atrativos. A reclamaA�A?o desse estudante nA?o estA? na base curricular, mas sim na falta de estrutura fA�sica e de professores. 34% dos jovens mais pobres de 19 anos que nA?o estudaram, evadiram da escola antes de terminar o Ensino Fundamental, sendo que o total para o Ensino MA�dio A� de 24%a�?.
Mostrando uma tabela com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnA�sio Teixeira (Inep), Ramon aponta que 32% dos professores lecionam em disciplinas que nA?o sA?o da sua A?rea de formaA�A?o. a�?HA? um dA�ficit de 213.965 professores de Sociologia, 171.168 de FA�sica, 169.355 de Filosia, e por aA� vaia�?.
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Outro ponto discutido pelo professor foi a intenA�A?o histA?rica do brasileiro de tentar chegar ao Ensino Superior, pois, conforme ele, hA? uma pequena parcela da populaA�A?o que deseja se profissionalizar no Ensino MA�dio. a�?Essa perspectiva da populaA�A?o de chegar A�s universidades precisa ser observada, porque essa reforma nos faz regredir 60 anos, uma vez que a sua funA�A?o A� a de conter o acesso dessas pessoas ao Ensino Superiora�?, diz Ramon.
A reforma traz impactos para a Rede Federal, isso porque nA?o dA? para pensar a Rede Federal e a Rede Estadual da mesma forma. a�?SA?o experiA?ncias e perspectivas diferentes entre o aluno que vivenciou o ensino federal daquele que vivenciou o ensino estadual. Aqui ele A� o senhor das suas escolhas, e isso sim A� investimento em educaA�A?o. A� temeroso observar os valores que vA?o deixar de ser investidos na educaA�A?o dos IFsa�?.
Uma das alternativas levantadas pelo professor durante a sua fala, como forma de preservar a identidade dos IFs, A� manter a qualidade e o nA�vel de ensino, para que isso irradie para as redes estaduais e municipais do Brasil. a�?O nosso desafio A� trabalharmos em conjunto para evitar o reducionismo que a reforma pretende trazer ao ensino brasileiroa�?, finaliza ele.
Em seguida, o mediador da mesa e professor do Campus Araquari, Alessandro PaixA?o, fez a abertura, para que os presentes realizassem questionamentos e observaA�A�es. Foram realizadas duas rodadas, contendo 3 perguntas cada uma.
*Texto, A?udio e fotos: Cecom/Reitoria, por Nicole Trevisol | Jornalista MTE 02499 JP-SC.