ZimbA?bwe OsA?rio Santos. Estudante do 3A? ano no curso TA�cnico Integrado em AgropecuA?ria do IFC CA?mpus Araquari. Olhos escuros, sorriso acanhado, prestativo. As palavras desta entrevista sA?o do prA?prio, finalista da OlimpA�ada de LA�ngua Portuguesa com o artigo de opiniA?o a�?A�s margens do Rio Paratia�?, tem apenas 17 anos.
writing a review, buy clomid. CECOM/Reitoria: Como e quando surgiu o seu interesse pela escrita?
ZimbA?bwe OsA?rio Santos: Nunca me interessei muito pela escrita, mas comecei a me aproximar desta A?rea na 8A? sA�rie, quando minha escola se inscreveu em um concurso de oratA?ria, tA�nhamos que escrever textos relacionados A� Acessibilidade para a seleA�A?o dos representantes da escola. Foi meu primeiro texto crA�tico/opiniA?o. Minha professora de portuguA?s, Maria Aparecia (agradeA�o muito a ela por ter chegado atA� aqui), disse que meu texto ficou bom, mas eu nA?o fui selecionado pois quase desmaiei na hora da apresentaA�A?o.
CECOM: Qual o papel do IFC (disciplinas e professores) para que vocA? desenvolvesse a sua escrita?
ZimbA?bwe: Acho que o talento da escrita estA? dormente dentro de todos nA?s, o que o IFC me proporcionou foi a oportunidade expressar e lapidar esta habilidade. Adorava as aulas de produA�A?o de texto, pois A� um momento A?nico, em que vocA? pode expressar uma parte do seu interior em algo tA?o banal quanto uma folha de papel. Algo que tambA�m me ajudou muito foram os projetos de extensA?o com a professora Vera Maria de Carvalho, nesses projetos eu via a realidade, de diferentes pessoas, uma realidade pura, sem mA?scaras, e o que A� a escrita senA?o um retrato de nossa realidade?
CECOM: Como surgiu o interesse pelo tema do seu artigo de opiniA?o?
ZimbA?bwe: Bom, nA?o diria que me interesso por este gA?nero textual. Eu sinceramente prefiro crA?nica ou redaA�A�es, textos em que vocA? aborda o assunto sem interferir de forma ativa na decisA?o do leitor, A� uma caracterA�stica dos meus textos, eles sA?o mais suaves do que os artigos de opiniA?o, o leitor tem a possibilidade de se a�?deixar levara�? ou discordar do que digo.
CECOM: Como foi trabalhar este tema: a pesquisa, o processo de escrita, o texto finalizado?
ZimbA?bwe: Pesquisei alguns dados sobre a cidade, mas estes eram escassos, atA� mesmo no site da Prefeitura Municipal A� difA�cil de achar algumas informaA�A�es. EntA?o uni os dados que encontrei com os dos meus amigos e os fatos que presenciamos na cidade jA? que minha famA�lia A� bem a�?familiarizadaa�? com o municA�pio e passei tudo para o papel. NA?s tivemos duas aulas para fazer o texto mas nA?o consegui terminar o meu na escola e levei para casa. No dia seguinte pedi para minha amiga (Maria Eduarda Fortunato) corrigir a ortografia, pois odeio esta parte da lA�ngua… Umas duas semanas depois fui informado que meu texto tinha sido selecionado e entA?o comeA�aram os ajustes sem, A� claro, alterar a essA?ncia do texto.
CECOM: O que vocA? sente ao ver o seu artigo de opiniA?o na OlimpA�ada de LA�ngua Portuguesa?
ZimbA?bwe: NA?o sei responder esta pergunta, A� como se a a�?ficha ainda nA?o tivesse caA�doa�?, quer dizer, as pessoas me dA?o parabA�ns e eu sempre pergunto: Aaah porquA?? E entA?o lembro- me automaticamente que sou finalista OLP… nA?o sei bem o que eu sinto A� uma mistura de satisfaA�A?o, felicidade, empolgaA�A?o… tudo girando dentro de mim como um roda vento.
CECOM: VocA? pretende continuar escrevendo?
ZimbA?bwe: Sim. Para falar a verdade tenho um projeto de um livro inacabado, mas sA? tem um capA�tulo, A� sobre ficA�A?o cientA�fica, adoro ficA�A?o, muitas pessoas fazem crA�ticas a esse gA?nero, mas eu sou apaixonado, A� uma forma muito interessante de fazer com que jovens e crianA�as se envolvem na leitura.
O tema dos textos (desenvolvimento acelerado de Araquari) foi trabalhado pela professora LA�ngua Portuguesa e Literatura, Leila Mattos Sombrio, a 120 estudantes do CA?mpus Araquari. Segundo ela, ao trabalhar a escrita crA�tica e investigativa com os alunos busca-se, principalmente, tornA?-los crA�ticos e sensA�veis ao meio em que vivem para que possam, alA�m de perceber os problemas na sociedade, analisar e propor soluA�A�es.
a�?O ambiente escolar A� um espaA�o, sobretudo, de aprendizagem. Dessa forma, na prA?tica da escrita, espera-se que os alunos aprendam a organizar aquilo que pensam e possam materializar ideias por meio de seus textos. A escola A� o espaA�o propA�cio para isso. Os alunos escrevem e A� papel da escola,
como receptora dessa escrita, aprimorA?-la. tambA�m A� papel da escola comentar os textos, nA?o apenas
indicar os equA�vocos ortogrA?ficos, como muitos de nA?s, professores, fazemos. Por essas razA�es, entendo que a prA?tica da escrita A� essenciala�?.
Ainda conforme Leila, o ato de escrever um texto A� sempre difA�cil, pois os alunos, muitas vezes, demonstram muito conhecimento oralmente, mas quando precisam escrever nA?o se sentem preparados e nA?o sabem como comeA�ar. a�?Partindo desta constataA�A?o, procuro sempre comeA�ar pela oralidade: peA�o que eles comentem uma reportagem, que faA�am um debate… Depois, construo alguns esquemas em conjunto no quadro, com palavras-chave para que os alunos aprendam a organizar suas ideias e sA? entA?o A� que comeA�amos a falar na redaA�A?o de um texto, mas antes de redigi-lo, cada aluno jA? organizou o que apelidei de esqueleto do textoa�?.
* Texto e entrevista: CECOM/Reitoria.
** Fotos: CECOM/Araquari.