Com o auditório formado por professores da região e alunos do Campus Camboriú, a coordenadora do mestrado acadêmico em Educação, Filomena Lucia Gosller Rodrigues da Silva, participou da abertura da aula inaugural da pós-graduação e contou o percurso institucional para a conquista do primeiro curso nesse formato e área, presente em um Instituto Federal (IF). A docente destacou também a importância da pós-graduação lato sensu em Educação, ofertada pelo campus, na contribuição do processo de verticalização até a chegada do mestrado.
Na oportunidade, a diretora de desenvolvimento educacional, Sirlei Albino, ressaltou o papel dos Institutos Federais no atendimento aos arranjos produtivos locais. “É um compromisso muito grande formar profissionais da educação. Esse é um daqueles momentos em que percebemos que valeu a pena toda a nossa dedicação. Tenho certeza que é somente um início de um stricto sensu no campus. Vocês vão ajudar a construir a história da educação aqui”, disse.
A reitora do IFC, Sônia Fernandes, também destacou o papel dos IFs na verticalização do ensino e a importância da interiorização do ensino para ampliação do acesso à população. “Os IFs trouxeram a oportunidade para aqueles que estavam longe da oferta pública de educação presente somente nas universidades”, falou. A reitora ressaltou a relevância da pós-graduação lato sensu para a aprovação do mestrado. “Temos muita responsabilidade social por meio deste stricto sensu. Vamos produzir conhecimento e contribuir com o desenvolvimento do país. Temos que valorizar esse espaço de educação pública, gratuita e de qualidade referenciada. Os IFs valem a pena: educação é investimento”, disse.
Sobre a palestra – Para aula inaugural do mestrado acadêmico em Educação do IFC, a instituição recebeu a professora Maria Isabel Cunha, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), para palestrar sobre “A relação teoria-prática na formação de profissionais: implicações para a pedagogia universitária”.
Para iniciar o debate, Maria Isabel questionou os participantes sobre a escolha da profissão docente. Os motivos que induziram a essa profissão, a construção e inserção do “lugar como professor(a)”, pedagogia, entre outros pontos nortearam a conversa. “Hoje o professor é muito mais um organizador dos processos de aprendizagem do que um transmissor do conhecimento. E para organizar é muito complexo, exige compreender a estrutura cognitiva dos estudantes, da cultura onde estamos e muito mais. Envolve múltiplos saberes”, ressaltou a docente.
A palestrante destacou também os estudos do canadense Maurice Tardif a respeito da formação dos professores. “A formação docente vai além do currículo acadêmico, ela também é pautada nas experiências do percurso enquanto estudante e durante toda prática pedagógica, história de vida, cultura, entre outros fatores”, destacou.
Texto e imagens: Cecom/Camboriú/Marília Massochin