Estudantes conquistam ouro, prata e bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática

Uma medalha de ouro, uma de prata, duas de bronze e 13 menções honrosas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep 2019). Esse é o resultado da dedicação dos estudantes, somada à educação de qualidade ofertada no Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Blumenau.

Em um universo de 18 milhões de alunos que passaram para a segunda fase da Obmep, o campus classificou 31 estudantes. A segunda fase consistia em uma prova discursiva, composta de seis questões valendo até 20 pontos cada. A edição deste ano registrou um recorde de escolas participantes, foram 54.831, entre instituições públicas e privadas (desde 2017, a prova foi aberta para escolas particulares).

Além da Obmep, o campus classificou ainda 13 estudantes para a Olimpíada Regional de Matemática (ORM), que trouxe resultados também: duas menções honrosas. Os alunos que participam de ambas as Olimpíadas são dos cursos de ensino médio técnico integrado em Informática e Eletromecânica.

A aluna Tatiana Pasold, que levou o ouro, conta que sempre teve afinidade com Matemática, mas passou a gostar mesmo depois que participou da primeira olimpíada, em 2015. “Achei as questões interessantes, aplicáveis ao dia a dia, isso me aguçou a curiosidade”. Sobre a preparação, ela diz que treina muito a partir de provas anteriores, além de contar com um adicional: “o incentivo dos professores é essencial”.

Para o professor de Matemática Jeovani Schmitt, as possibilidades vão além do reconhecimento e da premiação com medalhas. “Os alunos premiados tornam-se referências positivas nas escolas, são preparados para participar de competições internacionais e podem receber bolsas para Programas de Iniciação Científica. A experiência é enriquecedora para a vida, para o currículo, e pode apontar direcionamentos para uma profissão do aluno”, observa ele.

Texto: Cecom/Blumenau| Gisele Silveira
Foto: Divulgação Obmep

Campus Blumenau é apresentado na tribuna livre das câmaras de vereadores da região

Nos meses de outubro e novembro, a diretora-geral pro tempore do Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Blumenau, Marilane Maria Wolff Paim, visitou câmaras de vereadores da região. Marilane ocupou a Tribuna Livre das Câmaras Municipais de Indaial, Timbó, Pomerode, Rio dos Cedros e Benedito Novo para falar dos cursos oferecidos e da importância do Instituto para o desenvolvimento da região. Em julho deste ano, a diretora também esteve na tribuna livre da Câmara de Blumenau.

Em um vídeo institucional, os vereadores puderam conhecer a estrutura do campus, como laboratórios, quadra poliesportiva, biblioteca e espaços de convivência, além das modalidades dos cursos oferecidos. Marilane citou o campus em números, ressaltando que, hoje, são ofertados dez cursos, do ensino médio técnico à pós-graduação, além de cursos de qualificação profissional. “São cerca de 1.100 estudantes em um espaço de aprendizado referenciado, que tem como missão proporcionar educação profissional, atuando em ensino, pesquisa e extensão, comprometida com a formação cidadã, a inclusão social, a inovação e o desenvolvimento regional”, afirmou.

As visitas às câmaras de vereadores são importantes para estreitar laços com o legislativo municipal e também para tornar o IFC cada vez mais conhecido na comunidade. “Câmaras e Institutos Federais são órgãos com objetivos em comum e, por isso, a intenção é caminhar de mãos dadas, buscando sempre o interesse dos cidadãos”, ressaltou Marilane.

Texto: Cecom/Blumenau | Gisele Silveira
Fotos: Setor de Comunicação de Indaial

Estudantes levam nove medalhas em Olimpíadas Nacional e Catarinense de Ciências e Química

Alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio do Campus Blumenau foram premiados na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) e na Olimpíada Catarinense de Química (OCQ). Ao todo, foram três medalhas de ouro, quatro de prata e duas de bronze, além de seis menções honrosas.

A premiação oficial da ONC ocorreu em 28 de novembro, na Universidade de São Paulo (USP). Já a cerimônia de premiação da OCQ ocorreu em 4 de dezembro, no salão nobre da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Os alunos com medalhas de ouro, prata e bronze receberam certificados e medalhas. Os alunos com menção honrosa receberam certificados.

O estudante Victor Henrique D’avila, do terceirão do curso técnico de Eletromecânica integrado ao ensino médio, conquistou duas medalhas de bronze, uma na ONC e outra na OCQ. Victor já havia ficado entre os 40 melhores classificados na Olimpíada Catarinense de Química (OCQ), em 2018, o que o levou à Olimpíada Brasileira em 2019. “Eventos como esse nos incentivam a estudar e fomentam a busca por novas descobertas. Fiquei ainda mais feliz quando soube que seria premiado”, comemorou.

Para o professor de Química Hélvio Silvester Andrade de Sousa, a Olimpíada estimula e promove o gosto pela Matemática. “E é importante para os alunos testarem seus conhecimentos e para adquirirem mais experiência em avaliações externas, como Enem e vestibulares”, considerou.

Confira os premiados:

Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) 2019

Pedro Romero Rodrigues (1º ano) – Medalhista de Ouro

Roger Henrique Maldaner (1º ano) – Medalhista de Ouro

Pedro Henrique Fontoura de Souza (3º ano) – Medalhista de Ouro

Kaio Haruta (1º ano) – Medalhista de Prata

Melissa Radatz (1º ano) – Medalhista de Prata

Lucas Henrique Falk (2º Ano) – Medalhista de Prata

Victor Henrique Davila (3º ano) – Medalhista de Bronze

Vinicius Leite Bortolon (2º Ano) – Menção Honrosa

Bruno Gabriel Ronchi (3º Ano) – Menção Honrosa

Cássio Antônio Filippi (3º Ano) – Menção Honrosa

Olimpíada Catarinense de Química (OCQ) 2019

Pedro Romero Rodrigues (1º ano) – Medalhista de Prata

Victor Henrique Davila (3º ano) – Medalhista de Bronze

Roger Henrique Maldaner (1º ano) – Menção Honrosa

Fernanda Borges (1º ano) – Menção Honrosa

Guilherme Lettmann Penha (1º ano) – Menção Honrosa

Texto: Cecom/Blumenau| Gisele Silveira
Foto: Divulgação

Campus Blumenau tem assento no Conselho Municipal de Inovação

O Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Blumenau tem agora assento no recém-criado Conselho Municipal de Inovação da cidade. As entidades foram selecionadas em agosto. A posse dos integrantes ocorreu em setembro, na Universidade Regional de Blumenau (Furb). A primeira reunião ocorreu em 24 de outubro, no salão nobre da Prefeitura, e marcou a escolha de presidente e vice do conselho. Representam o IFC, os professores Ríad Mattos Nassiffe (titular) e Luiz Ricardo Uriarte (suplente).

A próxima etapa do conselho é formar Grupos de Trabalhos (Gts). A principal função do órgão será a de promover discussões em prol da fomentação a geração de emprego e renda na cidade, por meio do desenvolvimento de políticas públicas estratégicas que articulem poder público e setor produtivo. Para Nassiffe, o conselho tem a importante tarefa de estimular o desenvolvimento da região, propondo projetos e ações que foquem na inovação e no empreendedorismo. “A participação do IFC no conselho auxiliará na aproximação da academia com o mercado de trabalho”, observa ele.

Assume a presidência do conselho o responsável pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Empreendedorismo (Sedec), Móris Cleber Kohl, e a vice-presidência, Ilisângela Mais, da Associação Comercial Industrial Blumenau (Acib).

Confira os integrantes do conselho:

IFC
Titular: Ríad Mattos Nassiffe
Suplente: Luiz Ricardo Uriarte

Ufsc
Titular: Ana Júlia Dal Forno
Suplente: Marilise Luiza Martins dos Reis Sayão

Sedec
Titular: Moris Cleber Kohl (presidente do conselho)
Suplente: Tiago Alexandre Bottos

Gapref
Titular: Paulo Henrique S. Koerich
Suplente: Nilton Antônio Spengler

Segg
Titular: Julio César de Souza e Silva
Suplente: Juliano Guilherme Petry

Furb
Titular: Vinicyus Rodolfo Wiggers
Suplente: Alejandro Knaesel Arrabal

Feesc
Titular: Diego Paulin
Suplente: Diego Joceli Serpa

Senac
Titular: Fabio Peçanha Ricci
Suplente: Lucélia Lopes Hartmann

Senai
Titular: Rodrigo Afonso de Bortoli
Suplente: Luciana Testoni

Acib
Titular: Ilisangela Mais (vice do conselho)
Suplente: Everaldo Artur Grahl

Ampe
Titular: Amarildo Nazário
Suplente: Jacir Luiz Lenzi

CDL
Titular: João Paulo Taumaturgo da Silva
Suplente: Kleiton Stiven Finger

Blusoft
Titular: Sergio José Tomio
Suplente: Henrique Marcos Fava Bilbao

Instituto Gene
Titular: Udo Schroeder
Suplente: Fabiano Conrado Odebrecht

Simmmeb
Titular: Dieter Claus Pfuetzenreiter
Suplente: Diogo Gustavo Jung

Seprosc
Titular: João Luiz Kornely
Suplente: Carlos José Pereira

REX.CO
Titular: Alexandre Adoglio
Suplente: Julio Rodacki

Texto: Cecom/Blumenau| Gisele Silveira
Foto: Prefeitura de Blumenau

Alunas do IFC desenvolvem glossário audiovisual de Eletromecânica em Libras

Luana tem 15 anos. Ela está no primeiro ano do curso de Eletromecânica integrado ao ensino médio do Instituto Federal Catarinense Campus Blumenau. Luana possui uma perda de audição mista bilateral, ela é oralizada, e também usa a Língua Brasileira de Sinais (Libras), e conta com o apoio da intérprete Samara dos Santos, que a acompanha em sala de aula.

Durante as aulas no curso de Eletromecânica, Luana percebeu que alguns termos seriam melhor compreendidos se fossem utilizados sinais icônicos em vez de datilologia (alfabeto manual). “Os equipamentos têm uma forma de funcionamento, então os sinais precisam ser icônicos, representando o movimento do equipamento”, explica Luana.

Para além de sua própria experiência, a aluna relatou para o grupo do projeto integrador que muitos surdos usuários da Libras trabalham na indústria metalmecânica e sentem dificuldades no trabalho, devido à falta de sinais específicos na área. Para isso, Luana trouxe o exemplo do cunhado, que é surdo. “Ele trabalha em uma empresa metalúrgica e quando o questionei como fazia para pedir uma peça a um colega, ele disse que não sabia o sinal da peça, então imitava o movimento do equipamento”, relata.

Foi aí que ela e as colegas de grupo, Samira e Laura, resolveram pesquisar o assunto e trabalhá-lo no Projeto Integrador do curso. Elas contam que já existem glossários disponíveis, voltados a equipamentos, mas perceberam que muitos desses sinais não eram práticos. “Então, desenvolvemos glossários de Libras em formato audiovisual. Pegamos configuração de mãos, movimento e a área do corpo para criar novos sinais e adaptá-los para maior praticidade dentro da Eletromecânica”.

Glossário já tem 64 sinais

O glossário audiovisual desenvolvido pelas estudantes possui 64 sinais, todos voltados a equipamentos. Elas gravaram em dois dias e editaram o vídeo em um dia. A ideia, contudo, é ampliar o material. “A gente não encontrou glossários para outras áreas da eletro, como materiais de construção mecânica. Para o termo ‘ductibilidade’, por exemplo, não existe sinal. Por isso, o objetivo é ampliar o glossário, para tratar de outras disciplinas da Eletromecânica.” Como a pesquisa ainda está em desenvolvimento, e o vídeo será apresentado em eventos, elas não pretendem divulgá-lo na íntegra ainda. No futuro, a ideia é disponibilizar o material para todo o IFC e também para empresas.

Para Samira, estudante e colega de classe de Luana, Libras é uma língua, e não deve ser adaptada a partir do Português. “A Libras tem sua própria gramática. Muitos surdos não têm conhecimento do Português escrito e só usam Libras, por isso, é essencial projetos como este que desenvolvemos”.

A intérprete Samara explica que a Libras foi reconhecida pela Lei 10.436, em 2002. “É uma conquista muito recente, que vem possibilitando diversos avanços para a comunidade surda brasileira. Um exemplo do avanço está na garantia de acessibilidade por meio da Libras aos mais variados contextos sociais, contudo, alguns desses espaços não haviam sido explorados pela comunidade surda, ocasionando uma carência de sinais para representar inúmeras terminologias”.

O projeto Glossário de Eletromecânica em Libras foi apresentado durante a Mostra de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cidadania (Mepec) do Campus Blumenau, durante os dias 10 e 11 de outubro. Quem passou pela mostra pôde ver um pouco do que é desenvolvido no campus.

Texto/Foto: Cecom/Blumenau | Gisele Silveira

Visitas técnicas complementam formação de estudantes do Campus Blumenau

As visitas técnicas proporcionam ao estudante o acesso a atividades que contribuem para a formação geral, ética, cultural e para o desenvolvimento do senso crítico, da responsabilidade social e da cidadania. No Campus Blumenau, as visitas técnicas fazem parte da formação do estudante do ensino médio técnico à pós-graduação. Do segundo semestre de 2018 a abril de 2019, foram cerca de 10 visitas.

Uma aula prática de Segurança do Trabalho no Corpo de Bombeiros de Blumenau. Foi assim para os calouros dos cursos técnicos integrados ao ensino médio. Na teoria, eles estudaram “classes de incêndios” e “tipos de agentes de extintores para cada incêndio”. Na prática, participaram de técnicas de combate, conheceram a dinâmica do batalhão no uso de equipamentos de proteção individual e coletiva. Para a professora Fernanda Zendron, a visita técnica permite ao aluno mais proximidade com o tema estudado. “Além de ser instrumento de motivação para os estudantes, é uma forma dinâmica de vivenciar o conteúdo pedagógico”.

O acadêmico de Engenharia Elétrica Igor Henrique Firmino de Deus, que foi com a turma para a Usina Hidrelétrica Salto Pilão, em Apiúna, diz que já tinha estudado sobre o fornecimento de energia elétrica, mas nada foi tão grandioso quanto ver na prática uma unidade geradora de energia. “É impactante e certamente mudou nossa visão enquanto engenheiros”. Ele diz que foi possível desenvolver trabalhos a partir de conhecimentos adquiridos na visita. “Recentemente, tivemos que elaborar para uma disciplina o orçamento de uma Central Geradora Hidrelétrica, e o conhecimento complementar à teoria foi o que guiou a equipe no desenvolvimento do trabalho”, conta.

A visita técnica permite observar a realidade de uma empresa em pleno funcionamento, ver como é a dinâmica dos setores e a tecnologia aplicada pela organização em seus produtos e processos. Na visita à empresa Karsten, de Blumenau, a aluna do terceirão do curso técnico de Eletromecânica Ana Carolina Tozatti pôde ver toda a base teórica sobre máquinas elétricas, instalações elétricas e peças. “Tive a oportunidade de ver o funcionamento dos equipamentos que nós estudamos durante esses três anos. Cada etapa, com uma máquina diferente, com diferentes tipos de aços para que se tenha o melhor resultado nos produtos. Ver o trabalho sincronizado das inúmeras máquinas durante o processo de tecelagem, é fascinante”, relata.

Para o professor de Empreendedorismo Eduardo Villar, as visitas técnicas servem como instrumento para o professor ligar aos conteúdos que trabalhou em sala. “A importância está em dar vida ao conteúdo, mostrar a aplicabilidade do conhecimento e também quebrar a rotina da sala de aula. No caso do ensino médio integrado ao técnico, recebo relatos de estudantes que, por meio de visitas técnicas, motivaram-se para estudar algumas matérias percebidas como mais difíceis e que também se identificaram com a profissão ou atividade técnica que estão estudando”, observa ele.

Além das visitas ao Corpo de Bombeiros, à Karsten e à Usina Hidrelétrica Salto Pilão, houve ainda visitas técnicas à Rota das Cachoeiras de Corupá, à Termoelétrica Jorge Lacerda, à UFSC de Florianópolis, à empresa de Tecnologia AMcom.

Visitas técnicas no IFC – As visitas técnicas no IFC são regulamentas pela Resolução nº 21/2017. Dentre os objetivos estão promover integração teoria e prática, contextualizando saberes; proporcionar a interação dos discentes do IFC com o mundo do trabalho, processos e serviços in loco; propiciar o aprimoramento da formação profissional e pessoal; promover a ampliação do conhecimento de mundo e oportunizar o contato dos discentes com outros espaços de aprendizagem. A viabilidade financeira para as saídas é analisada pela Direção-geral do campus, de acordo com a dotação orçamentária.

Texto e Imagens: Cecom/Blumenau/Gisele Silveira