A estudante Gabriela Martins dos Santos, do Instituto Federal Catarinense — Campus Brusque, conquistou medalha de bronze ao defender o Brasil na 14ª edição da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) — competição para estudantes do ensino médio e alto desempenho de todo o mundo. Gabriela, que cursa o curso técnico em Informática integrado ao Ensino Médio, participou de uma equipe de dez estudantes, formada por meio de um extenso processo seletivo organizado pela Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e instituições parceiras — entre elas, o Observatório Nacional (ON).
Gabriela é a primeira catarinense a participar da IOAA. Este ano, a competição reuniu estudantes de 48 países, e foi realizada de forma entre 14 e 21 de novembro de 2021, sob coordenação da Colômbia. “A Olimpíada era pra ter acontecido na Colômbia mas, por causa da pandemia, cada país juntou os estudantes em um único local pra realizar as provas durante uma semana; no caso do Brasil, foi em Vassouras-RJ”, conta a medalhista. “Foi uma semana bastante estressante por causa das provas e problemas que surgiram pelo fato de ser em formato híbrido, mas também foi enriquecedor conhecer pessoas de várias partes do país e aprender mais com elas”, diz.
A estudante ressaltou aquele que, para ela, é o ponto mais positivo de toda a experiência. “Eu diria que é o sentimento de quando as coisas começam a fazer sentido na sua cabeça; quando você pega algum conceito e consegue aplicá-lo pra chegar em um resultado que você não esperava. Mas eu também tenho que falar da união entre os alunos durante toda a seleção, que tornou o processo mais ‘humano'”. Ela falou também sobre o processo de seleção para participar da IOAA. “A OBA é uma olimpíada não tão conteudista, focando mais em divulgar a Astronomia, então essa primeira parte foi mais tranquila. Já o processo seletivo após a OBA foi bastante longo e muitas vezes cansativo, mas o conhecimento adquirido e as pessoas que conheci fizeram valer a pena”.
De acordo com Gabriela, o interesse pelas Ciências Exatas teve início ainda no Ensino Fundamental. “No nono ano, eu tive um professor que me fez pensar criticamente e me motivou a aprender coisas novas. Aí acabei me identificando mais com a área de exatas”, explica, acrescentando que estudar no IFC também trouxe uma influência positiva. “O apoio dos professores, principalmente de Física, foi fundamental, além do apoio financeiro que tive para participar da Olimpíada”.
A medalhista da IOAA deixou ainda alguns conselhos para os colegas que pensam em participar dos eventos nos próximos anos. “Atualmente, existem vários projetos de estudantes que participaram dessas Olimpíadas na internet e que são muito úteis na preparação. No geral, você vai ter que estudar sozinho, por isso é importante se divertir com isso”.
O professor Marcos João Correia, responsável pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astrofísica (OBA) no Campus Brusque, elogiou a atuação da estudante. “A Gabriela é extremamente dedicada aos estudos e tem grande paixão pela área de Astronomia — e foram estas qualidades que propiciaram lograr êxito nesta missão”. “A dedicação e o desempenho da discente motivam muitos outros estudantes catarinenses”, acrescenta o diretor-geral do campus, Eder Aparecido de Carvalho.
Texto: Cecom/Brusque/Eddy Eltermann e Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Cecom/Brusque