Reitora do Instituto Federal Catarinense (IFC), Sônia Regina de Souza Fernandes, está em Córdoba, na Argentina, onde participa da III Conferência Regional de Educação Superior (CRES) 2018, realizada entre 11 e 15 de junho na cidade onde, há 100 anos, ocorreu a Reforma Universitária.
Além da participação geral na conferência, a reitora do IFC integrará a mesa “O papel das universidades tecnológicas e politécnicas no desenvolvimento futuro da AALyC”, nesta quarta-feira, dia 13, às 17h. Sob coordenação de Rubén Soro (reitor da Faculdade Regional de Córdoba da Universidade Tecnológica Nacional, Argentina), a mesa será composta ainda por Héctor Aiassa (reitor da Universidade Tecnológica Nacional, Argentina); Mario Alberto Rodriguez Casas (diretor-geral do Instituto Politécnico Nacional do México); Roberto Giordano Lerena (reitor da Faculdade de Engenharia da Universidade Fasta e presidente do Conselho Federal de Diretores de Engenharia, Argentina) e José Cuozzo (decano da Faculdade de Engenharia da CRUC-IUA da Universidade Nacional de Defesa, Argentina).
Conferência é um espaço para discutir e coordenar critérios e formular propostas e alinhamentos de ação com a finalidade de consolidar a Educação Superior como um bem social, direito humano e universal, e responsabilidade dos Estados. Os resultados da CRES integrarão a Declaração e o Plano de Ação que os países da América Latina e do Caribe apresentarão à Conferência Mundial sobre Educação Superior, em 2019 na sede da UNESCO, na França.
Como preparação para o evento, em abril, Fernandes participou do seminário “Proposta da Educação Pública Superior do Brasil à CRES 2018”, em Brasília, realizado pelo Conif para elaboração de propostas para Educação Superior na América Latina e Caribe.
Abertura da CRES 2018*
Cerca de cinco mil pessoas, entre acadêmicos, dirigentes de universidades e de instituições de ensino superior, estudantes, trabalhadores, representante de redes, de associações profissionais e centros de investigação, sindicatos, organizações governamentais e não governamentais e interessados na educação superior, estiveram na cerimônia de abertura, iniciada com uma mesa inaugural formada por dirigentes da UNESCO e autoridades políticas argentinas.
Francisco Tamarit, coordenador-geral da CRES 2018, o primeiro a se dirigir ao público, afirmou que a educação superior precisa ser reconhecida e reafirmada como “direito universal e compromisso público”. Tamarit defendeu que, “como os jovens reformistas de 1918, devemos lutar por liberdades que nos faltam. Encontremos sempre a força de trabalharmos para acabar com a pobreza. Esse deve ser o propósito da educação superior em nossa região”.
Em tupi-guarani, o diretor do Instituto da UNESCO para a Educação Superior para a América Latina e Caribe (Iesalc) e coordenador da CRES 2018, Pedro Henirquez Guajardo, saudou os presentes. Em seu discurso, com trechos em português, espanhol e inglês, ele afirmou que a adoção de políticas públicas na região é um desafio em razão da heterogeneidade dos sistemas educacionais. “Efetivamente, somos diversos, mas, da mesma forma, somos assimétricos”, destacou. Para Guajardo, a terceira Conferência Regional de Educação é determinante para assumirmos que há compromissos pendentes em nossos sistemas em torno da cobertura, da qualidade, da inclusão. “É preciso debater, dialogar, reconhecer consensos e dissensos”, reforçou.
Conferência*
A Conferência Regional de Educação Superior da América Latina e do Caribe 2018 (CRES 2018) é uma reunião de dimensão regional organizada em conjunto com o Instituto Internacional para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (IESALC) da UNESCO, a Universidade Nacional de Córdoba, o Conselho Interuniversitário Nacional da Argentina (CIN) e a Secretaria de Políticas Universitárias do Ministério de Educação e Esportes da República Argentina (SPU).
É o evento mais importante do Sistema de Educação Superior da América Latina e do Caribe. Reitores e reitoras, diretores e diretoras, acadêmicos, docentes, estudantes e representantes de numerosas organizações governamentais e não governamentais reúnem-se para analisar e discutir sobre a situação do sistema educativo na região e delinear um plano de ação para a próxima década, orientado à necessidade de reafirmar o sentido da educação como bem social, direito humano e responsabilidade do Estado.
Texto: Cecom/Reitoria / Rosiane Magalhães
*Fonte e fotos: organizadores da CRES 2018