Docente do IFC relata experiências de ensino de Física para deficientes visuais em livro

O professor do IFC Fábio Evangelista, que leciona Física no Campus Concórdia, escreveu e publicou os volumes 1 e 2 da obra literária “Física para Pessoas com Deficiência Visual – Ensino de Corrente Elétrica” – o último, lançado no dia 29 de outubro. A obra, direcionada a docentes e entusiastas da área, descreve e analisa atividades experimentais sobre corrente elétrica desenvolvidas especialmente para estudantes cegos.

“A ideia dos livros surgiu da necessidade de se atender devidamente este público tão específico. A lei ampara sua entrada e permanência nos centros educacionais; no entanto, geralmente o educador não dispõe das técnicas e ferramentas necessárias para ensinar os deficientes visuais”, explica o autor. Diante disso, o professor tratou de verificar a bibliografia existente sobre o tema – que, segundo ele, é escassa e, em alguns casos, não confiável, já que os métodos descritos não foram aplicados de fato com os alunos.

“Fui então propor uma parceria com a Associação Catarinense para Integração do Cego (Acic), em Florianópolis. Me ofereci para atuar de graça, durante um ano, com aulas de reforço escolar”. conta Evangelista. Durante este tempo, ele trabalhou com três estudantes do curso supletivo da Acic. “Aprendi muito sobre o universo que os envolve. O feedback dado pelos alunos ao final de cada encontro foi essencial para o desenvolvimento das atividades relatadas no livro”, ressalta.

O trabalho de elaboração do projeto prosseguiu depois deste período. “Propus construir uma sequência didática sobre o assunto de Física que eles escolhessem – que, no caso, foi a Eletrodinâmica. E, juntamente, pesquisar a melhor forma de ensinar a matéria para deficientes visuais. Esta segunda etapa demorou três anos, e é ela que descrevo nos dois livros”, conta o professor. “O primeiro volume fala da proposta inicial: montar um tabuleiro em que fosse possível construir circuitos elétricos em série, paralelo e misto, montados pelos próprios alunos. Já o segundo volume fala de uma reestruturação do que foi estudado no anterior e da subsequente reelaboração das atividades. Ao final, foi elaborada uma prova – o que também foi um desafio, que inclusive relato no livro, pois eles não sabiam Braile”.

Os dois livros estão disponíveis para aquisição na plataforma de publicação sob demanda Clube de Autores.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Reprodução

Conselho Superior do IFC promove 11ª reunião ordinária

O Conselho Superior do IFC (Consuper) realizou sua 11ª reunião ordinária, no último dia 17/10, no Campus Araquari. O encontro ocorreu no auditório da unidade, nos períodos da manhã e da tarde. 

Os dois primeiros pontos discutidos foram a respeito da oficialização de alterações feitas na composição das comissões eleitorais durante o pleito – devido a pedidos de afastamento e outras situações similares. A pauta seguinte tratou da homologação pelo Conselho dos nomes escolhidos durante a Consulta Eleitoral, para envio ao MEC.

“A Comissão Eleitoral Central (CEC) apresentou um relatório final, com as informações básicas do processo – como percentual de votos, dados prévios sobre número de eleitores e urnas usadas etc. – e a apresentação do nome dos eleitos”, afirma a secretária da CEC, Bárbarah Sorgetz. “O relatório trouxe ainda dois encaminhamentos para avaliação do Consuper: a manutenção ou não das Comissões Eleitorais atuais e os processos para preenchimento de vagas que permaneceram não ocupadas no final do processo”.

As vagas que não foram preenchidas são a Direção-Geral do Campus São Bento do Sul e algumas posições no Conselho Superior. Quanto à questão do campus, ficou decidido que haverá um novo processo eleitoral para o preenchimento do cargo.

Os postos remanescentes do Consuper são relativos à representação discente e dos técnicos administrativos – e também dos membros da sociedade civil. “Não será deflagrado um novo processo de votação para escolha dos membros da comunidade acadêmica, uma vez que as vagas são de suplência e, portanto, não terão um impacto tão significativo no quórum das reuniões. Já as vagas para os membros externos são titulares; diante disso, os conselheiros deliberaram pela abertura de uma nova eleição.

O Consuper deliberou ainda pela recondução dos membros das Comissões atuais para estes futuros pleitos, ao invés de reiniciar o processo de composição. “Pra promover a escolha,  seria preciso montar comissões executoras, para fazer a seleção em cada campus… é um processo extenso. Considerando todos estes trâmites, os conselheiros decidiram por reconduzir as comissões atuais”, conta a secretária da CEC. 

O Conselho vai realizar uma reunião extraordinária em dezembro para tratar destes novos certames. “A Comissão Eleitoral Central deverá apresentar neste encontro as propostas de edital para a eleição do Campus São Bento do Sul e dos membros externos do Consuper. O início do processo em si está previsto para fevereiro de 2020, considerando o Calendário Acadêmico – uma vez que é inviável abrir um procedimento como este no período de férias”, explica Bárbarah.

O assunto seguinte abordado pelo Consuper foi a proposta, aprovada unanimemente pelos conselheiros, de extinção do curso superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, sediado no Campus Blumenau. A justificativa é que o curso foi criado para atender uma demanda específica e que, com a aprovação do Bacharelado de Ciências da Computação (que também foi uma das pautas discutidas durante a reunião), haverá duplicidade de oferta de formação. A proposta de extinção garante a conclusão dos estudos pelos discentes que ainda estão fazendo o curso, bem como abre a possibilidade de migração destes para o novo curso.

Em seguida, o Conselho aprovou dos projetos pedagógicos do supracitado Bacharelado em Ciência da Computação para oferta no Campus Blumenau e também do projeto pedagógico do curso de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa, a ser oferecido no Campus Ibirama – este último, com a condição adicional de que o PPC e a autorização final para abertura do curso deverão ser novamente avaliados pelo Conselho quando do preenchimento das vagas docentes necessárias para sua execução. O projeto pedagógico seguinte a ser analisado e aprovado pelos conselheiros foi o do curso de Agronomia do Campus Videira.

O órgão aprovou ainda a Política de Comunicação do IFC, desenvolvida pela Coordenação-Geral de Comunicação (Cecom), bem como o Regimento Interno do setor. A pauta seguinte tratou de minuta de portaria normativa visando à regulamentação para implementação da jornada flexibilizada de trabalho para os servidores no IFC e da manutenção dos representantes sindicais dos técnicos administrativos nas comissões consultivas central e locais referentes ao tema, que foi aprovada.

O Conselho aprovou também a nomeação do auditor-chefe Sandro Borges para o cargo da Unidade de Auditoria Interna do IFC (e também do seu substituto, Roberto Miyashiro Junior) e o calendário de reuniões do Conselho para 2020. A reunião foi encerrada com informes sobre a situação das matrizes orçamentárias dos Institutos Federais para 2020 e sobre as novas regras para concessão de licenças para capacitação dos servidores.

Sobre o Conselho – O Consuper é o órgão máximo do IFC e tem caráter consultivo e deliberativo. As reuniões do órgão são transmitidas ao vivo pela Internet e, depois, disponibilizadas na página do Conselho – permitindo-se, assim, que a comunidade tenha acesso às discussões e decisões tomadas pelos conselheiros.

Assista abaixo à integra da reunião:

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Cecom/Araquari/Laís Tedesco (estagiária)

Mestrandas do IFC apresentam trabalho no maior evento nacional de educação

As alunas do Mestrado Profissional em Ensino do IFC Campus Blumenau Karem Resende e Luana Tillmann participaram da 39ª Reunião Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), maior evento nacional de educação, que ocorreu de 20 a 24 de outubro, na Universidade Federal Fluminense (UFF). Pela primeira vez, cegas usuárias de cães-guias apresentaram trabalho em uma reunião da ANPEd.

Elas apresentaram o trabalho Didática e Inclusão Educacional: Contribuições para o Trabalho Docente no Âmbito do Ensino Médio Integrado com Estudantes Cegos, que tem orientação da professora e reitora do IFC, Sônia Regina de Souza Fernandes. “Abordamos a didática na relação com os processos de inclusão educacional, especialmente no contexto do ensino médio integrado, fazendo um recorte dos nossos projetos que estão em andamento, que tratam de materiais táteis didáticos acessíveis e de tecnologias assistivas para favorecer o processo de ensinagem para alunos cegos. Estes estudos serão organizados, ao final do mestrado, na forma de produto educacional”, explicou Karem.

Ambos cães-guias, Dallas e Mambo foram treinados pelo Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-guia do IFC Campus Camboriú. Elas contam que, desde a abertura do evento, até o último momento em que estiveram nas dependências da UFF, os cães foram o fator socializador. “Não houve um momento sequer em que as pessoas deixassem de perguntar de onde eles vieram, como foi o período de socialização e treinamento, e, é claro, se podiam fazer carinho, momento no qual explicávamos todo o processo”.

Sobre o evento, elas consideraram a experiência de estar na presença de grandes nomes, inclusive de nomes que compõem o referencial teórico do mestrado, como Boaventura de Souza Santos, Maria Ciavatta, Demerval Saviani, Gaudêncio Frigotto, Maria Izabel da Cunha e Celso Ferreti, “indescritível”. “Nós só temos a agradecer à orientadora Sônia, por acreditar em nosso potencial e por ensinar e aprender com nossas particularidades, resultando nas pesquisas que apresentamos; à coordenadora Inge Suhr, que nos acompanhou e que proporcionar tamanho aprendizado nesses dias, estreitando laços e respeitando a individualidade de cada uma de nós e dos cães-guia. E ao IFC, por nos proporcionar educação pública, gratuita e de qualidade”.

Texto: Cecom/Blumenau/Gisele Silveira 
Imagem: Divulgação

IFC integra missão técnica à Alemanha sobre Educação Profissional e Transição Energética

A reitora do IFC,  Sônia Regina de Souza Fernandes, representou a instituição em uma visita técnica a universidades, empresas e institutos tecnológicos na Alemanha, realizada de 29 de setembro a 4 de outubro, com o objetivo de trocar experiências e aprofundar conhecimentos em novos desenvolvimentos tecnológicos no âmbito da transição energética e nos reflexos na educação profissional e superior. A programação foi organizada pela Agência Alemã para Cooperação Internacional (GIZ) e faz parte do projeto “Profissionais para Energias do Futuro”, desenvolvido pela entidade em parceria com os Ministérios da Educação (MEC) e de Minas e Energia. A comitiva brasileira contou também com representantes do MEC, das universidades federais, dos Institutos Federais Sul Rio Grandense, do Ceará e de Rondônia, e do Sistema S.

Está não é a primeira vez que o IFC participa de uma missão técnica junto à GIZ. Em 2016, o pró-reitor de Extensão, Fernando Garbuio, integrou a equipe que foi à Alemanha para uma visita semelhante, tendo como tema “Educação Profissional e Capacitação na Área de Energias Renováveis e Eficiência Energética”.

“Por meio da visita, foi possível ter clareza da importância de se estabelecer uma cultura institucional no âmbito das energias renováveis e das iniciativas que devemos adotar para a sustentabilidade do planeta no futuro”, conta a reitora, “tanto nas ações administrativas – como, por exemplo, a viabilização da aquisição de placas fotovoltaicas para os campi – quanto no âmbito dos currículos de nossos cursos, especialmente daqueles que trabalham diretamente com tecnologia, para os quais questões como energias renováveis adquirem uma dimensão ainda maior”.

“A missão foi muito importante para o estabelecimento de parcerias de mobilidade e internacionalização para nossos estudantes e professores”, prossegue Sônia. “A presença in loco de uma representante do IFC ajuda na aproximação com as instituições que nos receberam na Alemanha. E já existe, no Instituto, um trabalho de preparação para isso; um exemplo é a criação do Centro de Línguas, para que os intercambistas já tenham a facilidade do idioma”.

Educação Dual – Outro objetivo da visita foi conhecer de perto o modelo alemão de formação profissional dual, que envolve a oferta de 60% do currículo nas instituições de ensino e 40% dentro das companhias – nas quais os alunos estudam e trabalham, recebendo inclusive bolsas de estudo. A parcela da formação que cabe às empresas é financiada pelas mesmas e têm currículo próprio, acompanhado de perto pelo Ministério da Educação da Alemanha.

“Foi um processo de muita aprendizagem, principalmente para uma compreensão mais profunda do modelo de educação dual alemão; como essa formação básica obrigatória se dá no contexto também da formação técnica em parceria com as empresas e indústrias daquele país”, afirma Sônia. “Eu pude conversar diretamente com os responsáveis em universidades e institutos que trabalham com a formação dual e também conhecer o centro de formação profissional da Bosch. No dia em que fomos à empresa, os estudantes estavam lá, trabalhando, e pudemos ver com é que dá a sua inserção no mundo do trabalho. E, no último dia de viagem, o vice-ministro nos recebeu e explanou as dimensões jurídica, administrativa e pedagógica da formação dual”

A reitora do IFC ressalta que o sistema não compreende qualquer tipo de subsídio estatal ou isenção fiscal. “Quando o vice-ministro da Educação foi perguntado sobre qual é a contrapartida do modelo dual para as companhias, ele foi taxativo: ter à disposição um profissional qualificado, formado dentro dos padrões exigidos por aquela empresa e pela indústria como um todo”, diz.

“A partir deste contato próximo e rico com um modelo consolidado e bem sucedido da aproximação com o mundo de trabalho, pode-se traçar um paralelo com a educação profissional no Brasil”, prossegue Sônia, “no sentido de que temos tradição na área, mas ainda há a necessidade de uma relação melhor com os diferentes atores do mundo do trabalho. A partir daí, é possível pensar em uma reorganização futura dos currículos brasileiros, levando em conta a legislação e a realidade do país, para que esta necessidade seja suprida”.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagens: Divulgação

Programa de Integridade do IFC implementa medidas de combate a fraudes e corrupção

O Instituto Federal Catarinense dá início nesta quarta-feira (30) a uma campanha informativa sobre seu Programa de Integridade Pública e os diversos aspectos sobre os quais ele atua.  

Com o tema “Quem se Compromete não Compromete”, a ação busca esclarecer o servidor público, por meio de postagens no Informativo Universo IFC e nas redes sociais oficiais da instituição, a respeito do Programa – que tem como objetivo estimular ações e propor medidas para prevenir, identificar, corrigir e penalizar eventuais situações que levam a fraudes e atos de corrupção.

A campanha foi desenvolvida pela Coordenação-Geral de Comunicação (Cecom) do Instituto, com auxílio da Unidade de Gestão de Integridade (UGI) – órgão criado para desenvolver documentos e trabalhar questões referentes à Integridade no IFC. O grupo é composto por representantes da Diretoria de Desenvolvimento Institucional, da Comissão de Ética, do gabinete da Reitoria, da Corregedoria, da Pró-Reitoria de Administração, da Coordenação de Gestão de Pessoas e da Ouvidoria.

A iniciativa é uma das ações previstas no Plano de Integridade – que é o documento que apresenta as atribuições das estruturas de gestão de Integridade do IFC e delimita um conjunto de ações para evitar ocorrências de fraudes e corrupção na instituição.

“O Plano de Integridade foi desenvolvido pela UGI seguindo orientações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ele propõe uma série de ações, para execução ao longo de 2019, para concretizar essa busca por prevenir e evitar a corrupção e a fraude”, explica a diretora de Desenvolvimento Institucional do IFC e coordenadora da UGI, Fani Lúcia Eberhardt.

“Dentro destas ações, está a campanha – que divulga situações relativas à integridade – como nepotismo, conflito de interesse, abuso de poder, vantagens indevidas, entre outras”, acrescenta Fani. “A ideia é trazer para os servidores alguns cuidados e situações que precisamos monitorar para prevenir estas as situações indesejáveis”.

Além da campanha, o Plano de Integridade delineia outras atividades, como a divulgação do Sistema Eletrônico de Prevenção de Conflito de Interesses (SeCI) – no qual é possível esclarecer dúvidas a respeito do tema -, a entrega de cartilhas educativas para os novos servidores no momento da posse e a ampliação da carga horária da Comissão de ética, entre outras.

Conheça abaixo as artes gráficas da campanha:

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagens: Cecom/Reitoria /Andréa de Freitas e  Poliana Souza, com ilustrações de Maria José de Castro Bonfim – Campus Videira

Divulgada primeira chamada da lista de espera do Programa de Auxílios Estudantis (PAE) – Edital nº43/2019

O Instituto Federal Catarinense publicou nesta terça-feira (29) a primeira chamada da lista de espera do Programa de Auxílios Estudantis (PAE) – Edital nº43/2019. As relações com os aprovados em cada campus estão disponíveis no link abaixo:

PRIMEIRA CHAMADA – LISTA DE ESPERA PAE 

Os estudantes contemplados têm até o dia 5 de novembro para fornecer seus dados bancários e entregar seu Termo de Compromisso na Coordenação de Assistência Estudantil (CAE), na Coordenação-Geral de Assistência ao Educando (CGAE) ou no Serviço Integrado de Suporte e Acompanhamento Educacional (Sisae) do seu campus.

O cronograma inicial previsto no Edital não pôde ser executado devido ao contingenciamento orçamentário realizado neste ano pelo Ministério da Educação (MEC). Os estudantes que estavam em lista de espera estão agora sendo convocados devido à liberação de 100% do orçamento do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), realizada pelo MEC no último dia 18.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Cecom/Reitoria/Poliana Souza

Gestão do IFC participa de reuniões com deputados federais catarinenses e Setec

A reitora do Instituto Federal Catarinense (IFC), Sônia Regina Fernandes, e o pró-reitor de Administração, Stefano Demarco – acompanhados do diretor-geral do Campus Brusque, Hélio Maciel Gomes –, realizaram visitas aos 16 deputados federais de Santa Catarina entre 8 e 10 de outubro. Os encontros tiveram como objetivo apresentar o IFC aos parlamentares e, assim, promover a aproximação entre a instituição e a renovada bancada catarinense na Câmara – e, a partir daí, introduzir algumas demandas e pleitear a concessão de emendas parlamentares para o IFC e também para o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

“A bancada catarinense passou por uma extensa renovação nas últimas eleições. Então é importante buscar essa aproximação, para que os deputados tenham conhecimento da instituição, saibam no que a gente atua e quais são os nossos pleitos diante do parlamento”, explica a reitora. “A nossa ideia é que essas relações sejam cada vez mais estreitas. Quanto mais os deputados, enquanto representantes da população, estiverem a par da natureza e do objetivo dos Institutos, mais haverá possibilidade de apoio”.

Demarco reforça este ponto de vista. “Nossa visita foi muito além da prospecção de emendas e questões orçamentárias; fizemos um trabalho maciço de divulgação do IFC e convidamos os parlamentares para visitar nossos campi, conhecer nossos cursos e vislumbrar a qualidade do nosso ensino. Uma vez que eles integram o Poder Legislativo, é importante que nos compreendam a fundo, para que possam influenciar positivamente as leis que vão nos regulamentar daqui por diante”, diz.

De acordo a professora Sônia, os representantes do IFC foram muito bem recebidos. “Os parlamentares se mostraram abertos a contribuir, tanto por meio de emendas individuais quanto pela aprovação, pela bancada catarinense, de uma emenda impositiva para o IFC e o IFSC”.

O pleito de emendas individuais foi direcionado principalmente para investimento em tecnologia; mais especificamente, para laboratórios de informática bem equipados para todos os cursos – independentemente da vocação e do nível de formação. “O foco foi nessa direção: para que a gente dê mais robustez aos nossos laboratórios, com equipamentos de última geração, para que todos os estudantes do IFC, de cursos regulares ou não, possam fazer uso desse instrumento pedagógico e fazer o link com os novos desafios da contemporaneidade – como a indústria 4.0 e a inteligência artificial”, explica a reitora.

Já a possível emenda impositiva de bancada deverá ser direcionada a custeio e manutenção. “Não é para construirmos mais prédios ou comprarmos equipamentos, mas sim para fazer manutenção de nossas estruturas, reformas, comprar insumos etc.”, detalha o pró-reitor de Administração. “Uma complicação, porém, é que as emendas dessa natureza são limitadas a seis por bancada; então hoje, por força de lei, ela teria que ser destinada a um Instituto ou a outro – e isso, absolutamente, não queremos. Desejamos que tanto o IFC quanto o IFSC sejam contemplados. Estamos, então, buscando alternativas para essa questão técnica; uma das possibilidades aventadas é que a emenda seja destinada ao MEC, para que o órgão faça posteriormente o repasse”.

Os parlamentares visitados foram:

  • Angela Amin (PP)
  • Carlos Chiodini (MDB)
  • Carmem Zanotto (Cidadania)
  • Caroline de Toni (PSL)
  • Celso Maldaner (MDB)
  • Coronel Armando (PSL)
  • Daniel Freitas (PSL)
  • Darci de Matos (PSD)
  • Fabio Schiochet (PSL)
  • Geovania de Sá (PSDB)
  • Gilson Marques (Novo)
  • Hélio Costa (Republicanos)
  •  Pedro Uczai (PT)
  •  Ricardo Guidi (PSD)
  • Rodrigo Coelho (PSB)
  • Rogério Peninha Mendonça (MDB)

Visita à Setec – A comitiva do IFC esteve também na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), para discutir questões relativas ao Campus Abelardo Luz. Além do secretário Ariosto Culau, participaram da reunião o coordenador-geral de Planejamento, Orçamento e Gestão da Rede Federal, Weber da Silva Júnior, e a coordenadora-geral de Desenvolvimento de Pessoas da Rede Federal, Silvilene da Silva, entre outros membros do órgão.

“Como tivemos algumas mudanças de governo recentemente (no período 2016-2017 e também neste ano), é importante que haja encontros como este para alinhar ações e encaminhamentos”, diz Sônia. “Ficou bastante clara a importância de haver uma contextualização da Setec em relação ao campus – do porquê de haver uma unidade naquela região, da importância dela para a educação no campo – e da busca do IFC por condições concretas de atuação para nossos estudantes e servidores, por meio de planejamento e investimentos. E, diante disso, ficou muito claro que a Secretaria também tem interesse, assim como o Instituto, de que o campus se consolide onde está”, conclui.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagens: Divulgação

Fórum de Formação de Professores e Seminário Integrado Pibid e Residência Estudantil apostam no protagonismo estudantil

O Instituto Federal Catarinense realizou, nos dias 3 e 4 de outubro, o III Fórum de Formação de Professores e I Seminário Institucional Integrado Pibid e Residência Pedagógica. Os eventos, promovidos pela Pró-Reitoria de Ensino (Proen),  ocorreram concomitantemente ao 1º Siprotec – Seminário Integrado de Educação Profissional e Tecnológica – Desafios e Perspectivas, realizado nas dependências da Furb.

O objetivo do Fórum de Formação de professores foi promover a discussão sobre a formação de professores para a Educação Básica e socializar os trabalhos desenvolvidos nos cursos de Licenciaturas Pibid, Residência Pedagógica, estágios, prática como componente curricular e pesquisa e processo educativos.

Já o Seminário Institucional Integrado teve como meta promover a troca de experiências entre estudantes e docentes do IFC e das redes de ensino envolvidos e também avaliar e reavaliar o desenvolvimento das atividades, por meio da participação coletiva, objetivando a qualificação das ações quanto a formação inicial e inserção profissional.

Além de comunicações orais, rodas de conversa e reuniões dos cursos de Licenciatura, a programação dos eventos teve ainda apresentações culturais, com a palestra “O Papel da Educação Básica e do Professor na atualidade”, ministrada pela professora Débora Cristina Jeffrey (Unicamp) e a mesa-redonda “A Educação Profissional e Tecnológica no Brasil Atual”, com os professores Ivo Theis (Furb), Sílvio Ancisar Sánchez Gamboa (Unicamp) e Tânia Regina Raitz (Univali). O cronograma contou também com o lançamento do livro “Tempos e Espaços de Formação Docente e Inovação Pedagógica”, organizado pelas professoras Solange Aparecida Zotti e Deise Nivia Reisdoefer.

“O Fórum foi organizado de maneira a dar maior protagonismo para os estudantes”, explica a diretora de Ensino da Proen, Iris Weiduschat. “Nas edições anteriores, víamos principalmente os relatos de experiências dos docentes em relação ao próprio currículo ou à dinâmica da oferta do curso na formação desses alunos enquanto licenciados. Para esta edição, por proposta dos próprios professores, nós invertemos esses papéis, para buscar a percepção dos estudantes em relação à própria formação”.

Os discentes apresentaram seus trabalhos no formato de roda de conversa, relatando suas experiências práticas com componentes curriculares e a disciplina de Pesquisas e Processos Educativos, em relação ao estágio e nas atividades inerentes aos componentes curriculares de seus cursos.

Iris Weiduschat conta quais foram os resultados dessa nova abordagem nos trabalhos do Fórum. “A oferta de um curso deve ser baseada nas demandas das escolas de educação básica nas quais os nossos estudantes vão atuar como docentes. Quando o nosso aluno está no campo de estágio ou realizando uma atividade prática como componente curricular, ele cria, a partir daquelas metodologias e aulas que executa e da observação que faz da própria escola, oportunidades para se repensar o próprio currículo de formação de professores”, diz. “Iniciamos, em 2017, uma nova proposta de cursos de formação de professores do IFC,  que termina agora em 2020 – e ações como o Fórum permitem que esse trabalho seja feito não apenas com base na fundamentação teórica, mas também retroalimentada pela prática”.

O sistema de protagonismo estudantil também foi aplicado ao Seminário Institucional Integrado do Pibid e da Residência Pedagógica, que contou contou com mais de 70 trabalhos apresentados. Os programas discutidos pelo evento são de alcance nacional, vinculados à Capes, e têm como objetivo fazer a inserção formal dos estudantes nas escolas de educação básica. “São projetos que contribuem para a melhoria do processo educativo dentro destas escolas. Por meio do Seminário, os alunos participantes tiveram a oportunidade de fazer o relato de suas experiências e atividades formativas nas instituições – e, dessa forma, os discentes aprendem entre si e os professores também, por meio da troca, da socialização dessas experiências”, ressalta Iris.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagens: Proen/Divulgação

1º Seminário Integrado de Educação Profissional e Tecnológica reúne pesquisadores em evento entre IFC e FURB

O primeiro dia do evento contou com a participação do professor Silvio Gamboa, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Gamboa defende uma formação mais cidadã, que desenvolva no profissional um olhar consciente sobre as dimensões do seu papel na sociedade, e aponta a extensão como um caminho: “Se o aluno trabalha com projeto de extensão, ele desenvolve a consciência política e coletiva, e identifica quais os problemas são, de fato, relevantes. Então, fortalecer a extensão é fundamental”.

Também da Unicamp, outra convidada especial do evento foi a professora Débora Jeffrey. “A formação do professor precisa ser contínua. Não dá para pensar em uma formação que se encerre na graduação. Nós estamos envolvendo um processo de formação humana, em um processo histórico que está em constante transformação e, portanto, precisamos estar em constante atualização. E a Universidade e o Instituto Federal, são importantes, pois tentam aproximar e dar esse subsídio aos educadores”, disse.

Para a coordenadora do mestrado, Inge Suhr, o encontro possibilitou a troca de experiências entre estudantes e pesquisadores de diversos níveis, da graduação ao pós-doutorado. “Com isso, os estudos e as pesquisas sobre a EPT ganham força, se espraiam para além dos muros do IFC. Pudemos ouvir contribuições de pesquisadores de renome, como Silvio Gamboa, Tania Raitz, Ivo Theiss, Débora Jeffrey, mas o momento mais rico foi, sem dúvida, a troca de experiências na salsa de comunicações orais. Elas foram um espaço/tempo privilegiado para qualificar as pesquisas em curso, instigar novos temas de pesquisa e contribuíram para a formação de uma rede de contatos entre pessoas que se importam com a oferte de uma EPT emancipadora”, observou ela.

Texto: Cecom/Blumenau
Imagens: Inge Suhr

IFC promove programação especial para Semana Nacional do Livro e da Biblioteca

A Semana Nacional do Livro e da Biblioteca começa nesta quarta (23) e segue até o dia 29 de outubro. Criada no ano de 1980, a celebração tem como objetivo, de acordo com a Biblioteca Nacional, “incentivar a leitura e a construção do conhecimento através da difusão do livro, da informação e do acesso a diversas formas de manifestações artísticas e culturais”. A data pretende ainda divulgar a profissão do bibliotecário e incentivar a capacitação e desenvolvimento dos profissionais da área.

Durante a Semana, entidades públicas e privadas de todo o país promovem atividades informativas e culturais para celebrar a data. No IFC, o Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) organizou uma extensa programação – com concursos culturais, peças de teatro, exposições e conversas com escritores, entre outras ações – para que a comunidade acadêmica e a sociedade em geral possam conhecer e aproveitar melhor o acervo e as atividades que estes espaços oferecem.

Clique aqui e confira a programação da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca no IFC

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Sibi/Divulgação