Atividade pedagógica estimula a criatividade e a pesquisa em trabalho interdisciplinar de História e Geografia para os 1º Anos

Trata-se da atividade “RPG Civilizações”. A atividade utiliza de elementos dos denominados “Role-Playing Game (RPG)” nos quais os participantes interagem entre si para encontrar a melhor civilização. O objetivo pedagógico principal é aplicar na área da geografia saberes e conhecimentos adquiridos no campo da cartografia básica, de conceitos de clima, relevo e biomas. Na área da História o objetivo está relacionado a compreensão do desenvolvimento de civilizações, sua organização política, social e cultural, pautando-se a construção de novos modelos de sociedades em experiências históricas concretas. Os temas se correlacionam no desenvolvimento social e equilíbrio ambiental.

As atividades iniciaram ainda no final do mês de Setembro de 2019. Todas as turmas do 1º ano do ensino médio integrado foram dividas em 6 equipes por turma. Cada equipe precisou elaborar um mapa baseado em seus conhecimentos de cartografia adquiridos na disciplina de Geografia. O mapa precisava contemplar 6 regiões (com explicações sobre clima, relevo, flora, fauna, etc. ) que serviriam de tabuleiro base para a fase seguinte da atividade. Em cada turma foram apresentados 6 modelos de mapas e as turmas escolheram mediante votação qual o mapa a ser usado nas fases seguintes do RPG. Abaixo alguns mapas que foram elaborados pelos alunos.

Em seguida foram distribuídas as equipes em cada uma das regiões do mapa escolhido pelas turmas. As equipes criaram uma civilização com nome, mitos, deuses, estrutura social, instituições, moedas, línguas, dentre outras tantas variáveis. Esse trabalho foi baseado nos conteúdos ministrados durante o ano na disciplina de História. Ao apresentarem suas civilizações os colegas da turma também votaram na melhor das equipes da sala. Além de apresentarem as civilizações, as atividades incluíam apresentar bandeiras e objetos que representassem a civilização de cada equipe.  Após essa etapa as equipes estão se enfrentando para descobrir qual é a melhor civilização de cada turma.

Mas não acaba por aqui. No dia 27 de Novembro, quarta-feira, das 14h30 às 16h30, as equipes vencedoras de cada turma irão se enfrentar para descobrir qual é a civilização campeã de 2019. Para tanto será realizado um grande debate no auditório do campus. Todos os presentes poderão votar, sendo especialmente importante a participação dos alunos do primeiro ano. Para tanto já solicitamos aos responsáveis que autorizem a participação de seus filhos nesse dia. Professores e alunos do segundo e terceiro ano poderão assistir caso exista espaço no auditório para comportá-los. E todos nós ficamos no aguardo para ver civilizações das mais diversas inspirações. Quem sabe nesse dia aparecem alguns vikings, egípcios, espartanos, cavaleiros medievais e outros personagens pelo campus?

Texto e imagens: Ivan Furmann

IFC Camboriú conquista 4º lugar na Mostratec

Os alunos Yohanam Igor Spagnol Rech, Yasmin Maisa Wachholz e Amanda Geraldo Andrighi, do curso Técnico em Controle Ambiental do IFC Camboriú, conquistaram o 4º lugar na categoria “Ciências ambientais”, na premiação da Mostra Internacional de Ciências e Tecnologia (Mostratec), realizada em Novo Hamburgo/RS. Sob orientação dos servidores Letícia Flohr e Joeci Ricardo Godói, o trabalho “Diagnóstico da qualidade do ar atmosférico do município de Camboriú/SC” ainda recebeu o primeiro lugar geral na X Feira de Iniciação Científica e Extensão (FICE).

A colocação na Mostratec foi uma surpresa para os alunos. “Ainda não caiu a ficha, não esperávamos”, ressaltou Yohanam. “Foi surpreendente recebermos a premiação. A participação na Mostratec trouxe o sentimento de pertencimento à comunidade científica”, destacou Yasmin.

Competindo com 17 países e 21 estados, os estudantes do campus Camboriú trouxeram na bagagem a experiência de conhecer projetos desenvolvidos pelo mundo e ter contato com outras culturas. “Tivemos a oportunidade de conhecer vários projetos, que também podem ser aplicados no nosso campus”, destacaram Joeci e Amanda. Entre os assuntos abordados na Mostratec, os alunos perceberam a forte presença de trabalhos relacionados à questão ambiental, saúde e bem-estar.

O incentivo à iniciação científica presente no IFC Camboriú colaborou com a conquista no evento. “É um diferencial dos Institutos Federais (IFs), a iniciação científica faz parte da rotina da nossa rede. A gente está acostumado a ser curioso, fazer perguntas, investigar…O incentivo que temos aqui é muito grande”, finalizaram os alunos.

Confira aqui o trabalho na íntegra.

Sobre a Mostratec:

A Mostratec é uma feira de ciência e tecnologia realizada anualmente pela Fundação Liberato, na cidade de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil. Destina-se a apresentação de projetos de pesquisa em diversas áreas do conhecimento humano, realizados por jovens cientistas do ensino médio e da educação profissional técnica de nível médio.

O evento conta com a participação de 752 projetos de pesquisa: 420 do Ensino Médio e da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, 260 do Ensino Fundamental e 72 projetos da Educação Infantil, do Brasil e de vários países, além de eventos integrados como: SIET- Seminário Internacional de Educação Tecnológica,  Robótica Educacional e atividades esportivas e culturais.

A Feira promove integração entre as instituições de ensino, a pesquisa e o meio empresarial, possibilitando o desenvolvimento, a aplicação e a divulgação de novas tecnologias.

A cada ano, vem aumentando o número de visitantes e participantes, dentre eles empresários, autoridades nacionais e internacionais, profissionais de diversas áreas, educadores, estudantes, imprensa e comunidade em geral, tornando a Mostratec um dos principais eventos educacionais do país.

* Informações do site do evento

Confira as imagens da participação dos estudantes:

Texto: Cecom/Camboriú
*Crédito das imagens: Yasmin Wachholz

IFC promove debate sobre programas federais Future-se e Novos Caminhos

O Instituto Federal Catarinense promove, no dia 19 de novembro, uma reunião sobre os programas Future-se e Novos Caminhos, do Ministério da Educação. O evento, aberto a toda a comunidade acadêmica e à sociedade em geral, é organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) criado pelo IFC para discutir os projetos, e será realizado das 9h às 17h30 no Campus Camboriú.

O cronograma de atividades é dividido em dois momentos. Pela manhã, à partir das 9h, ocorre um debate sobre os programas, com participação do pró-reitor de Desenvolvimento Institucional do Instituto Federal do Espírito Santo e coordenador do Fórum de Desenvolvimento Institucional (FDI) do Conif, Luciano Toledo; do professor da Universidade Federal da Fronteira Sul e ex-diretor do campus Erechim daquela instituição, Anderson Ribeiro; e do professor do Campus Araquari, Fernando José Braz. O período da tarde fica reservado para a reunião propriamente dita, com participação do GT e dos representantes designados pelos campi para discutir o assunto, com início às 13h30.

“Assim que o Future-se foi anunciado, a gestão do IFC manifestou sua posição inicial sobre o tema e determinou a criação do Grupo de Trabalho para obter um posicionamento conjunto da comunidade acadêmica a respeito do programa – e também sobre o Novos Caminhos”, explica o coordenador do GT, Michel Goulart da Silva. “O grupo concebeu então esta primeira grande atividade, realizada em um campus grande e o mais central possível para facilitar a participação de todos os interessados, para depois ser reproduzida de alguma forma nos demais campi. Inclusive, um dos pontos de pauta da reunião do período vespertino é discutir como vai ser a metodologia de discussão nas demais unidades.

De acordo com Goulart, o MEC não estabeleceu um prazo formal para adesão aos programas. “No entanto, nossa intenção é que já exista um parecer sobre o tema, construído em conjunto pela comunidade acadêmica, para ser discutida pelo Consuper em dezembro”.

Sobre os Programas – O Future-se foi anunciado em julho pelo Governo Federal como uma iniciativa para estimular a autonomia financeira do ensino superior público federal no país, por meio (entre outros pontos) da simplificação da captação de recursos privados mediante o estabelecimento de contratos com Organizações Sociais – que são, de acordo com a lei 9,637/98, ” pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde”. A adesão ao programa por parte das universidades e institutos federais é facultativa.

Já o Novos Caminhos  tem por objetivo, segundo o MEC, impulsionar a educação profissional e tecnológica no Brasil. O programa tem três eixos principais – “Gestão de Resultados”, “Articulação e Fortalecimento” e “Inovação e Empreendedorismo” – e propõe, entre outras medidas, a atualização do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos em relação às novas tendências do mercado. Por meio da iniciativa, o Ministério pretende aumentar em 80% o número de matrículas em cursos de formação técnica até 2023.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Cecom/Reitoria/Andréa Freitas

Saiba como entrar em um mestrado profissional em 2020

Para quem já terminou o Ensino Superior, ou está finalizando neste ano de 2019, o Instituto Federal Catarinense Campus Araquari oferta duas opções de cursos de pós-graduação stricto sensu:

Ambos os cursos possuem duração de 18 a 24 meses, tem seus próprios processos seletivos para ingresso e são totalmente gratuitos. Por se tratarem de mestrados profissionais, estes não exigem dedicação exclusiva, podendo o estudante manter seu vínculo empregatício (se o tiver).

Os estudantes interessados podem ingressar em duas modalidades diferentes: como aluno especial (cursando apenas uma disciplina, sem a necessidade de prova de seleção), ou como aluno regular (passando por todo o processo de seleção).

Editais abertos ou previstos

Aos interessados, já é possível fazer a inscrição para ingresso como ALUNO ESPECIAL no Mestrado Profissional em Produção e Sanidade Animal. As inscrições vão até o dia 25 de novembro e são feitas apenas on-line, o edital e o link para inscrições estão disponíveis no endereço eletrônico: ppgpsa.ifc.edu.br/aluno-especial-2020-1. O lançamento do edital para aluno regular do PPGPSA está previsto para o mês de fevereiro de 2020.

Em breve será lançado o edital para ingresso como ALUNO REGULAR no Mestrado Profissional em Tecnologia e Ambiente (inscrições até final de janeiro de 2020). A seleção necessitará de pré-projeto, a ser elaborado com aceite prévio de pretenso orientador. Àqueles que tiverem interesse podem procurar os docentes do curso que atuam em linhas aderentes ao projeto. Para conhecer os docentes, acesse: ppgta.araquari.ifc.edu.br/permanentes

Para mais informações, é possível entrar em contato com as coordenações dos cursos através dos contatos:

  • PPGPSA – ppg.psa@ifc.edu.br
  • PPGTA – ppgta@ifc.edu.br

Texto: Cecom/Araquari

Trabalhos desenvolvidos no IFC Rio do Sul foram premiados em congresso nacional

Estudante de Agronomia Eduardo Affonso Jung e a professora Alexandra Goede de Souza, ambos do Instituto Federal Catarinense – IFC Campus Rio do Sul, apresentaram trabalhos no 22º Congresso Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais (CBFPO) e 9º Congresso Brasileiro de Cultura de Tecidos de Plantas (CBCTP). Os congressos foram realizados conjuntamente nas cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), entre os dias 7 e 11 de outubro de 2019.

Trabalho “Durabilidade pós-colheita das hastes florais de gladíolo tratadas com diferentes soluções conservantes”, apresentado por Jung, conquistou o 1º lugar do Prêmio Melhor Trabalho Técnico-Científico na área de Floricultura e Plantas Ornamentais, na categoria graduação. “Efeito do sistema de cultivo na produção de gladíolos na região do Alto Vale do Itajaí, SC”, apresentado por Souza, ficou em 3º lugar na categoria pós-graduação.

“Os trabalhos de pesquisa e extensão com a cultura do gladíolo vêm sendo realizados no IFC Campus Rio do Sul, desde 2017, com objetivo de se estudar a adaptação da cultura na região do Alto Vale do Itajaí, bem como melhorar a durabilidade pós-colheita das hastes florais. Desta forma, são oferecidas alternativas de diversificação e renda às pequenas propriedades rurais da região, fortalecendo os arranjos produtivos locais”, explica Souza.

Durante os congressos, a professora também contribuiu em um minicurso e uma mesa-redonda sobre a cultura do gladíolo, com informações dos trabalhos realizados sobre a cultura em Santa Catarina, em especial no IFC Campus Rio do Sul. 

Sobre os congressos

Congresso Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais (CBFPO) e o Congresso Brasileiro de Cultura de Tecidos de Plantas (CBCTP) são realizados conjuntamente. O evento é uma promoção da Sociedade Brasileira de Floricultura e Plantas Ornamentais (SBFPO) e da Associação Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP). 

Tema central do evento em 2019 foi “Propagando Inovações para o Florescimento de Novos Mercados”, buscando contribuir não apenas com a cadeia produtiva, principalmente de flores e plantas ornamentais, mas também de outras espécies de interesse econômico e ambiental, como frutíferas, hortaliças, florestais e grandes culturas, pelo uso de tecnologias inovadoras de produção, em que a cultura de tecidos de plantas tem sido fundamental. 

Para saber mais, acesse aqui o site do congresso.

 Texto: Cecom/Reitoria/Rosiane Magalhães
Fotos: professora Alexandra Goede de Souza

Docente do IFC relata experiências de ensino de Física para deficientes visuais em livro

O professor do IFC Fábio Evangelista, que leciona Física no Campus Concórdia, escreveu e publicou os volumes 1 e 2 da obra literária “Física para Pessoas com Deficiência Visual – Ensino de Corrente Elétrica” – o último, lançado no dia 29 de outubro. A obra, direcionada a docentes e entusiastas da área, descreve e analisa atividades experimentais sobre corrente elétrica desenvolvidas especialmente para estudantes cegos.

“A ideia dos livros surgiu da necessidade de se atender devidamente este público tão específico. A lei ampara sua entrada e permanência nos centros educacionais; no entanto, geralmente o educador não dispõe das técnicas e ferramentas necessárias para ensinar os deficientes visuais”, explica o autor. Diante disso, o professor tratou de verificar a bibliografia existente sobre o tema – que, segundo ele, é escassa e, em alguns casos, não confiável, já que os métodos descritos não foram aplicados de fato com os alunos.

“Fui então propor uma parceria com a Associação Catarinense para Integração do Cego (Acic), em Florianópolis. Me ofereci para atuar de graça, durante um ano, com aulas de reforço escolar”. conta Evangelista. Durante este tempo, ele trabalhou com três estudantes do curso supletivo da Acic. “Aprendi muito sobre o universo que os envolve. O feedback dado pelos alunos ao final de cada encontro foi essencial para o desenvolvimento das atividades relatadas no livro”, ressalta.

O trabalho de elaboração do projeto prosseguiu depois deste período. “Propus construir uma sequência didática sobre o assunto de Física que eles escolhessem – que, no caso, foi a Eletrodinâmica. E, juntamente, pesquisar a melhor forma de ensinar a matéria para deficientes visuais. Esta segunda etapa demorou três anos, e é ela que descrevo nos dois livros”, conta o professor. “O primeiro volume fala da proposta inicial: montar um tabuleiro em que fosse possível construir circuitos elétricos em série, paralelo e misto, montados pelos próprios alunos. Já o segundo volume fala de uma reestruturação do que foi estudado no anterior e da subsequente reelaboração das atividades. Ao final, foi elaborada uma prova – o que também foi um desafio, que inclusive relato no livro, pois eles não sabiam Braile”.

Os dois livros estão disponíveis para aquisição na plataforma de publicação sob demanda Clube de Autores.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Reprodução

IFC faz parceria com Universidade Dallhousie do Canadá

Através de edital específico, ofertado pela CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, para seleção de projetos conjuntos de pesquisa desenvolvidos por grupos brasileiros e canadenses, docentes do IFC – Instituto Federal Catarinense conquistaram a possibilidade de realização de um projeto em parceria com a Universidade Dallhousie, localizada no Canadá.

O edital lançado pela CAPES teve como objetivo fortalecer a cooperação entre instituições dos dois países (Brasil e Canadá), bem como o intercâmbio científico e a mobilidade de docentes e estudantes de pós-graduação. Apenas 10 projetos foram selecionados para financiamento, dentre eles, o projeto intitulado do qual o IFC faz parte: “Effects of the red seaweed Kappaphycus alvarezii on the growth and gut health of marine shrimp” (“Efeitos da alga marinha vermelha Kappaphycus alvarezii no crescimento e na saúde intestinal de camarões marinhos”), sob coordenação da Prof. Dra. Leila Hayashi da Universidade Federal de Santa catarina (UFSC).

Além de docentes do IFC, participam ainda deste projeto pesquisadores e doutorandos ligados à UFSC e à FURG. A parceria entre estas universidades brasileiras foi criada por meio de colaborações científicas entre os grupos de pesquisa que os professores responsáveis fazem parte, firmadas desde 2011.

Em 2018 e 2019, pesquisadores das instituições brasileiras, dentre eles  Delano Dias Schleder e Adolfo Jatobá do IFC, colaboraram na execução da pesquisa sobre o uso da alga marinha vermelha Kappaphycus alvarezii na dieta para camarão marinho, e o efeito sobre a microbiota intestinal e resistência a doenças, como parte do Projeto CAPES/DFATD.

Além disso, em Setembro de 2019, durante a missão de trabalho no Canadá, o professor Delano D. Schleder, juntamente com professora Leila Hayashi e Walter Q. Seiffert (UFSC) e o professor Luís Henrique S. Poersch (FURG), ministraram o curso “Tropical Aquaculture” para docentes e discentes de graduação e pós-graduação do campus de ciências agrárias da Dalhousie University (DAL – Truro, Canadá). Em Outubro, a Dra. Stefanie Colombo (DAL – Truro, Canadá) veio ao Brasil e ministrou a palestra “Research in Nutrition in Aquatic Animals at Dalhousie University” (Pesquisas em nutrição de organismos aquáticos na Dalhousie University) e falou sobre as oportunidades de intercâmbio científico com a DAL, durante o SINPós na UFSC.

Como desdobramentos deste projeto há o enriquecimento científico e fortalecimento de cursos como o Mestrado Profissional em Produção e Sanidade Animal, ofertado pelo IFC. As parcerias criadas fomentam ainda o intercâmbio de estudantes entre universidades e a mobilidade científica de pesquisadores. Projetos como estes criam novas possibilidades e fortalecem as linhas de pesquisa já existentes, em todos os níveis de ensino.

Texto: Cecom/Araquari – Raquel Rybandy
Imagens: Arquivo pessoal – Delano Schleder

Conselho Superior do IFC promove 11ª reunião ordinária

O Conselho Superior do IFC (Consuper) realizou sua 11ª reunião ordinária, no último dia 17/10, no Campus Araquari. O encontro ocorreu no auditório da unidade, nos períodos da manhã e da tarde. 

Os dois primeiros pontos discutidos foram a respeito da oficialização de alterações feitas na composição das comissões eleitorais durante o pleito – devido a pedidos de afastamento e outras situações similares. A pauta seguinte tratou da homologação pelo Conselho dos nomes escolhidos durante a Consulta Eleitoral, para envio ao MEC.

“A Comissão Eleitoral Central (CEC) apresentou um relatório final, com as informações básicas do processo – como percentual de votos, dados prévios sobre número de eleitores e urnas usadas etc. – e a apresentação do nome dos eleitos”, afirma a secretária da CEC, Bárbarah Sorgetz. “O relatório trouxe ainda dois encaminhamentos para avaliação do Consuper: a manutenção ou não das Comissões Eleitorais atuais e os processos para preenchimento de vagas que permaneceram não ocupadas no final do processo”.

As vagas que não foram preenchidas são a Direção-Geral do Campus São Bento do Sul e algumas posições no Conselho Superior. Quanto à questão do campus, ficou decidido que haverá um novo processo eleitoral para o preenchimento do cargo.

Os postos remanescentes do Consuper são relativos à representação discente e dos técnicos administrativos – e também dos membros da sociedade civil. “Não será deflagrado um novo processo de votação para escolha dos membros da comunidade acadêmica, uma vez que as vagas são de suplência e, portanto, não terão um impacto tão significativo no quórum das reuniões. Já as vagas para os membros externos são titulares; diante disso, os conselheiros deliberaram pela abertura de uma nova eleição.

O Consuper deliberou ainda pela recondução dos membros das Comissões atuais para estes futuros pleitos, ao invés de reiniciar o processo de composição. “Pra promover a escolha,  seria preciso montar comissões executoras, para fazer a seleção em cada campus… é um processo extenso. Considerando todos estes trâmites, os conselheiros decidiram por reconduzir as comissões atuais”, conta a secretária da CEC. 

O Conselho vai realizar uma reunião extraordinária em dezembro para tratar destes novos certames. “A Comissão Eleitoral Central deverá apresentar neste encontro as propostas de edital para a eleição do Campus São Bento do Sul e dos membros externos do Consuper. O início do processo em si está previsto para fevereiro de 2020, considerando o Calendário Acadêmico – uma vez que é inviável abrir um procedimento como este no período de férias”, explica Bárbarah.

O assunto seguinte abordado pelo Consuper foi a proposta, aprovada unanimemente pelos conselheiros, de extinção do curso superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, sediado no Campus Blumenau. A justificativa é que o curso foi criado para atender uma demanda específica e que, com a aprovação do Bacharelado de Ciências da Computação (que também foi uma das pautas discutidas durante a reunião), haverá duplicidade de oferta de formação. A proposta de extinção garante a conclusão dos estudos pelos discentes que ainda estão fazendo o curso, bem como abre a possibilidade de migração destes para o novo curso.

Em seguida, o Conselho aprovou dos projetos pedagógicos do supracitado Bacharelado em Ciência da Computação para oferta no Campus Blumenau e também do projeto pedagógico do curso de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa, a ser oferecido no Campus Ibirama – este último, com a condição adicional de que o PPC e a autorização final para abertura do curso deverão ser novamente avaliados pelo Conselho quando do preenchimento das vagas docentes necessárias para sua execução. O projeto pedagógico seguinte a ser analisado e aprovado pelos conselheiros foi o do curso de Agronomia do Campus Videira.

O órgão aprovou ainda a Política de Comunicação do IFC, desenvolvida pela Coordenação-Geral de Comunicação (Cecom), bem como o Regimento Interno do setor. A pauta seguinte tratou de minuta de portaria normativa visando à regulamentação para implementação da jornada flexibilizada de trabalho para os servidores no IFC e da manutenção dos representantes sindicais dos técnicos administrativos nas comissões consultivas central e locais referentes ao tema, que foi aprovada.

O Conselho aprovou também a nomeação do auditor-chefe Sandro Borges para o cargo da Unidade de Auditoria Interna do IFC (e também do seu substituto, Roberto Miyashiro Junior) e o calendário de reuniões do Conselho para 2020. A reunião foi encerrada com informes sobre a situação das matrizes orçamentárias dos Institutos Federais para 2020 e sobre as novas regras para concessão de licenças para capacitação dos servidores.

Sobre o Conselho – O Consuper é o órgão máximo do IFC e tem caráter consultivo e deliberativo. As reuniões do órgão são transmitidas ao vivo pela Internet e, depois, disponibilizadas na página do Conselho – permitindo-se, assim, que a comunidade tenha acesso às discussões e decisões tomadas pelos conselheiros.

Assista abaixo à integra da reunião:

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Cecom/Araquari/Laís Tedesco (estagiária)

Mestrandas do IFC apresentam trabalho no maior evento nacional de educação

As alunas do Mestrado Profissional em Ensino do IFC Campus Blumenau Karem Resende e Luana Tillmann participaram da 39ª Reunião Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), maior evento nacional de educação, que ocorreu de 20 a 24 de outubro, na Universidade Federal Fluminense (UFF). Pela primeira vez, cegas usuárias de cães-guias apresentaram trabalho em uma reunião da ANPEd.

Elas apresentaram o trabalho Didática e Inclusão Educacional: Contribuições para o Trabalho Docente no Âmbito do Ensino Médio Integrado com Estudantes Cegos, que tem orientação da professora e reitora do IFC, Sônia Regina de Souza Fernandes. “Abordamos a didática na relação com os processos de inclusão educacional, especialmente no contexto do ensino médio integrado, fazendo um recorte dos nossos projetos que estão em andamento, que tratam de materiais táteis didáticos acessíveis e de tecnologias assistivas para favorecer o processo de ensinagem para alunos cegos. Estes estudos serão organizados, ao final do mestrado, na forma de produto educacional”, explicou Karem.

Ambos cães-guias, Dallas e Mambo foram treinados pelo Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-guia do IFC Campus Camboriú. Elas contam que, desde a abertura do evento, até o último momento em que estiveram nas dependências da UFF, os cães foram o fator socializador. “Não houve um momento sequer em que as pessoas deixassem de perguntar de onde eles vieram, como foi o período de socialização e treinamento, e, é claro, se podiam fazer carinho, momento no qual explicávamos todo o processo”.

Sobre o evento, elas consideraram a experiência de estar na presença de grandes nomes, inclusive de nomes que compõem o referencial teórico do mestrado, como Boaventura de Souza Santos, Maria Ciavatta, Demerval Saviani, Gaudêncio Frigotto, Maria Izabel da Cunha e Celso Ferreti, “indescritível”. “Nós só temos a agradecer à orientadora Sônia, por acreditar em nosso potencial e por ensinar e aprender com nossas particularidades, resultando nas pesquisas que apresentamos; à coordenadora Inge Suhr, que nos acompanhou e que proporcionar tamanho aprendizado nesses dias, estreitando laços e respeitando a individualidade de cada uma de nós e dos cães-guia. E ao IFC, por nos proporcionar educação pública, gratuita e de qualidade”.

Texto: Cecom/Blumenau/Gisele Silveira 
Imagem: Divulgação

IFC integra missão técnica à Alemanha sobre Educação Profissional e Transição Energética

A reitora do IFC,  Sônia Regina de Souza Fernandes, representou a instituição em uma visita técnica a universidades, empresas e institutos tecnológicos na Alemanha, realizada de 29 de setembro a 4 de outubro, com o objetivo de trocar experiências e aprofundar conhecimentos em novos desenvolvimentos tecnológicos no âmbito da transição energética e nos reflexos na educação profissional e superior. A programação foi organizada pela Agência Alemã para Cooperação Internacional (GIZ) e faz parte do projeto “Profissionais para Energias do Futuro”, desenvolvido pela entidade em parceria com os Ministérios da Educação (MEC) e de Minas e Energia. A comitiva brasileira contou também com representantes do MEC, das universidades federais, dos Institutos Federais Sul Rio Grandense, do Ceará e de Rondônia, e do Sistema S.

Está não é a primeira vez que o IFC participa de uma missão técnica junto à GIZ. Em 2016, o pró-reitor de Extensão, Fernando Garbuio, integrou a equipe que foi à Alemanha para uma visita semelhante, tendo como tema “Educação Profissional e Capacitação na Área de Energias Renováveis e Eficiência Energética”.

“Por meio da visita, foi possível ter clareza da importância de se estabelecer uma cultura institucional no âmbito das energias renováveis e das iniciativas que devemos adotar para a sustentabilidade do planeta no futuro”, conta a reitora, “tanto nas ações administrativas – como, por exemplo, a viabilização da aquisição de placas fotovoltaicas para os campi – quanto no âmbito dos currículos de nossos cursos, especialmente daqueles que trabalham diretamente com tecnologia, para os quais questões como energias renováveis adquirem uma dimensão ainda maior”.

“A missão foi muito importante para o estabelecimento de parcerias de mobilidade e internacionalização para nossos estudantes e professores”, prossegue Sônia. “A presença in loco de uma representante do IFC ajuda na aproximação com as instituições que nos receberam na Alemanha. E já existe, no Instituto, um trabalho de preparação para isso; um exemplo é a criação do Centro de Línguas, para que os intercambistas já tenham a facilidade do idioma”.

Educação Dual – Outro objetivo da visita foi conhecer de perto o modelo alemão de formação profissional dual, que envolve a oferta de 60% do currículo nas instituições de ensino e 40% dentro das companhias – nas quais os alunos estudam e trabalham, recebendo inclusive bolsas de estudo. A parcela da formação que cabe às empresas é financiada pelas mesmas e têm currículo próprio, acompanhado de perto pelo Ministério da Educação da Alemanha.

“Foi um processo de muita aprendizagem, principalmente para uma compreensão mais profunda do modelo de educação dual alemão; como essa formação básica obrigatória se dá no contexto também da formação técnica em parceria com as empresas e indústrias daquele país”, afirma Sônia. “Eu pude conversar diretamente com os responsáveis em universidades e institutos que trabalham com a formação dual e também conhecer o centro de formação profissional da Bosch. No dia em que fomos à empresa, os estudantes estavam lá, trabalhando, e pudemos ver com é que dá a sua inserção no mundo do trabalho. E, no último dia de viagem, o vice-ministro nos recebeu e explanou as dimensões jurídica, administrativa e pedagógica da formação dual”

A reitora do IFC ressalta que o sistema não compreende qualquer tipo de subsídio estatal ou isenção fiscal. “Quando o vice-ministro da Educação foi perguntado sobre qual é a contrapartida do modelo dual para as companhias, ele foi taxativo: ter à disposição um profissional qualificado, formado dentro dos padrões exigidos por aquela empresa e pela indústria como um todo”, diz.

“A partir deste contato próximo e rico com um modelo consolidado e bem sucedido da aproximação com o mundo de trabalho, pode-se traçar um paralelo com a educação profissional no Brasil”, prossegue Sônia, “no sentido de que temos tradição na área, mas ainda há a necessidade de uma relação melhor com os diferentes atores do mundo do trabalho. A partir daí, é possível pensar em uma reorganização futura dos currículos brasileiros, levando em conta a legislação e a realidade do país, para que esta necessidade seja suprida”.

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagens: Divulgação